03. Tragédia

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Fiquei ausente por uns tempos durante sete mêses de trabalho perigoso e com cheiro de sangue cobrindo todo meu corpo num banho infernal quase todos os dias,  os locais escolhidos pelos meus contratantes que localizavam alvos a serem execultados sem a mínima chance de sobrevivência por tiros ou meus punhos machucados cheios de lesões ocasionadas pelas pancadas em cada corpo,  vívidas a cada virar de madrugada ao relento.  Perguntavam-me o preço do serviço a ser feito com descrição e precisão absoluta,  sem erros ou chance de escaparem depois da ação.  Nove anos em serviços militares especiais resultaram na transformação no monstro que esses meu passado proporcionou a mim,  fundiram não um cara a serviço do governo ou até mesmo num daqueles que põe a mão na massa pra darem extinção às desavenças de organizações secretas assustadoras,  mas fabricaram o fantasma que destrói tudo não se importando com baixas civis e crianças brincando no meio da intensidade de cortes de balas riscando o ar e atravessando corpos desafortunados.
O último cara para quem eu apontei uma mira a laser estava sorrindo junto a sua família numa mesa enorme de jantar,  a fartura enchia os olhos os olhos de qualquer pessoa faminta daquela cidade dividida entre a pobreza a extrema riqueza,  subsídios eram o forte do local bem situado perto de umas montanhas rochosas cobertas com a neve de um tremendo inverno da época,  ao escurecer a cidade era linda com luzes e animais alegres por todos os cantos imperceptíveis no raiar do dia,  me desloquei pra essa missão clandestina com um rifle elegante e pouco discreto além de jogos de três facas e granadas se as coisas fugissem do controle,  mas o interessante foi que precisei de dez segundos para mirar e efetuar meu trabalho com sucesso.  Atirei num homem de idade mediana no mínino possuía uns cinquenta e poucos anos a parte de corpo esbelto e aparentemente com poucos músculos trabalhados em sua academia dentro de casa,  ele servia uma jarra de suco pra uma menininha de olhos azuis como o céu muito distintos com os do respectivo pai que eram negros bem arregalados pelo uso de substâncias tóxicas,  já os da mãe daquela criança eram iguais com toques a mais de puras águas de mares caribenhos ousando em bânha-los;  estranho em seu belo rosto delicado maravilhosamente apaixonante com um único olhar dirigido a ele por alguém eram marcas rochas e hematomas cobertos pelas maquiagens francesas de bom gosto vaidoso e careiro,  ela vinha sendo agredida ao longo de dois meses pelo mandão de seu marido que culpava a família principalmente a frágil aparentemente mulher de seu fracasso em decaimento profissional e eventual psicológico abalado por dívidas impagáveis,  fruto de maus negócios e transações ilegais feitas para salvar a empresa quebrada da atribuída família possuída pelo medo da falência e possível sarjeta,  deviam milhões.  Até que um dia aquela mulher me ligou de um número privado desconhecido,  pra minha sorte ela fazia parte da polícia federal como investigadora especialista em casos especiais como o meu,  que vinha sendo tentando ser resolvido durante a um bom tempo pela própria;  aquela mulher não desistia de nada nem de ninguém que se colocasse na linha investigativa dos federais,  usavam as melhores tecnologias já fabricadas para resolverem as dificuldades do governo político privado.  A polícia tinha suas máscaras escondidas através de empresas militares que davam fim a vida de servidores do país em questão,  e adivinhem só !!!,  Eu estava no topo desta lista assassina.
Já me monitoravam desde o meu segundo ano como militar,  fiz coisas das quais não sinto orgulho muito menos prazer em contar do meu convívio com armas e utensílios colocados a disposição de uso,  invadi casas de inocentes para apenas interrogar com violência praticando métodos sangrentos nos habitantes,  tirava tudo o que conseguia da boca de homens,  mulheres e crianças usando facas não me importando com nada no memento praticante de minhas ações cruéis.  Fama adquirida desses serviços podres recaíam sobre mim,  doei minhas qualidades a superiores de escalões nunca imaginados;  pagavam bem e não me enfiavam uma bala quando se cansavam de meus trabalhos,  era justo a mim e à eles,  só que escondiam como seria minha aposentadoria numa pasta preta dirigida ao batalhão passado e assim em diante,  após me afastarem de uma organização clandestina secreta depois de anos caminhados juntos,  chamaram uma excelente profissional em serviço para oferecer aposentadoria num homem fantasma,  sumido e escondido não por medo,  receio ou tormentos mas sim de sofrimento pelas grandes perdas causadas pela lealdade do homem que fui.

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