07. "Angélica"

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Enfim consegui um nome importante que participou da montagem do esquadrão assassino; "Angélica" mulher formada em muitas faculdades apesar de seu rosto belo não mostrar tais qualidades profissionais, tinha personalidade forte em quase tudo o que fazia pra conseguir manter uma identidade falsa aonde passasse e ficasse durante os seus trabalhos sujos, ela matou minha família sabendo que eu iria atrás dela e de seus comandados depois do ocorrido, ordem dirigida a Marcus pra cessar minha respiração partiu dessa mulher fria, não respeitaram meu luto até hoje enviando peões para derrubar uma peça importante, o último deles foi o Marcus que falhou feio para ódio de quem o mandou pra me aposentar naquele final de dia, mas mesmo com tal fracasso ele se redimiu a mim dando importantes informações e pedindo-me desculpas por matar minha esposa e filhos, Angélica nada tinha contra um fantasma mas recebeu ordens de cima para execultar-me na sombras oferecendo segurança e piedade para minha família querida, culpo a mim por não estar lá no momento de tamanho terrorismo para poder mudar o passado, isso ia fazer tanta diferença no presente alternando minha rota apenas de volta pra casa, para encontrá-la completa. Passei na frente dela tem mais ou menos três meses, no gramado havia uma placa de venda bem sofisticada e estranha pra casa não muito chamativa que o governo com seus interesses estava disposto a conseguir novos donos, como alguém se interessaria com o imóvel sabendo o ocorrido que ali havia passado ???, Acredito bem lá no fundo que todo esse complô envolvente da vida passada entre o militarismo e a socialmente vida domesticada pertencente a mim me levariam em voltar para relembrar da minha família.
Muitas promessas foram feitas naquela casa e entre nós seus habitantes, planejei queimar aquela casa após a curta passagem pra olhar para ela e assim o fiz do jeito almejado, eles ficariam felizes porque sonhos voaram na forma de cinzas esperançosas guiadas pela brisa charmosa da primavera local, as sirenes dos carros socorristas atrapalharam o momento magnífico que me aproximou da maravilhosa vida levada por mim, bombeiros não cessaram essa dor horrível dor encalhada dentro do peito cansado de lutar com água, molhar aquela casa ou meu corpo coberto pelo resto do imóvel adiantaria para os profissionais de resgate apenas pra apagar as chamas e tirar da grama um fantasma coberto de pó, no meio de tudo aquilo eu corri o mais rápido que pude para não ser reconhecido pelas câmeras em quadras a frente, desviei-me de todas usando o capuz da jaqueta que usava parcialmente banhada de resíduos do que sobrou da casa destruída pelo fogo. Voltando pouco antes disto pelo tempo apurei certo nome informado do homem caído naquele piso avermelhado, já tinha ouvido de relance uma agente com mesma graça dirigindo-se a base em que eu servia como primeiro tenente para levar informações governamentais aos meus superiores de alta patente, suspeitei desde o primeiro instante que ela pôs os pés naquela base apenas com o objetivo de levar ordens sinistras; estava certo em relação a isso porque descobriria meses depois quando fui procurar documentos numa gaveta do general que me dava ordens, anos depois disso a mesma mulher comandaria a equipe formada para me aposentar, erraram as pessoas que não mereciam esse julgamento, mexeram de forma distinta e sombria com um fantasma esquecido pelos torturadores escondidos nas sombras. Quando tomei a atitude de buscar saber mais sobre ela, descobri que segredos obscuros jamais devem ser revelados sem antes ter fundamentos necessários e apurados para saber guarda-los após ouvi-los e entender a todos os seus preceitos e consequências, dado a informação por aquele colega do passado fui de encontro o local aonde a agente Angélica residia perto de umas encostas, avistei do alto de um ponto alvo com a ajuda da luneta pertencente ao meu rifle por uma janela a família cuja felicidade era mostrada em mesa durante um jantar magnífico, infelizmente a pessoa a ser morta ali com uma jarra de suco na mão não seria respectiva mulher e sim seu marido.
A mulher e a criança sobre a mesa ficaram surpresas quando o viram morrer, a madura moça de entendimento nem tanto pois ela já estava ciente daquele ocorrido, olhavam fixamente para o cadáver se abraçando num gesto de sofrimento num ato falso mas consciente pra mãe que pediu-me para fazer justiça naquela noite. No meu mundo não há saída pra minha dor ou esperança de retorno para os meus pensamentos passados que eram amorosos e esperançosos partilhados com as pessoas rodeadas conviventes da vida harmoniosa que tinha, ressaltei sempre que tive a chance, o carisma para com pessoas que odiavam-me era fácil de distribuir mesmo assim, todos queriam meus sentimentos pra terem suas desculpas relacionadas a erros próprios, culpam o homem mas não sabem de seus medos, problemas e dificuldades que os assola. Dei corda para essa gente mascarada e cheia de si que a conta pesou sobre minhas costas e meus dias de forma impressionantemente assustadora, os comentários e as trocas de favores não são mais recebidas como antes. O medo anda de mãos dadas conosco quando as decisões difíceis passam por uma brecha pelo nosso corpo depois de fatos ocorridos, erros são usuais e as pessoas adoram abusar deles ao conseguirem o que desejam, a única coisa que me dá prazer hoje em dia é saber que eu penso e logo existo.
Dessa forma convicta cheguei muito perto de Angélica para resolvermos problemas antigos, lembrar deles como qualquer coisa me causa dores na alma, há consequências depois de um trauma insuportável como assim me ocorreu e desse modo ele me colocou frente a frente com meu destino, aquela fria mas delicada mulher viveu de maneira escondida colocando seus interesses profissionais por cima dos sentimentos para com a vida superficial; marido agressor, filha amorosa enfim uma bela família unida e inseparável que faz funcionar o ceio familiar com amor na base de raciocínio e diálogos, nada era de verdade naquela casa confortável, haviam brigas, poucos parentes os visitavam ou nem isso eu acho que era de verdade pois seus parentes não transmitiam satisfação em estar ali e para acabar com toda a mentira ela me propôs um acordo, primeiramente o marido e por fim sobraria a parte cabal de dar um fim na vida mentirosa dela; assim como o prometido do combinado, entrando na casa depois de eu ter executado o homem avistei ali mãe e filha confortando uma a outra; cena maravilhosamente encenada por Angélica que largando-a de sua cria veio até mim, dando a mim passagem de ir a um cômodo junto a ela para consumar o final do tratado, quando me preparava para matar aquela suja, ela colocou sobre o canto da cama do casal instruções detalhadas num papel de caderno pra fazer anotações referentes a casos policiais, escrito ali estava o nome dos avós maternos da criança para aonde eu deveria ligar depois que tudo fosse concluído, não hesitei em atirar naquele corpo belo capacho do governo secreto, apenas dois tiros de pistola silenciada derrubaram a moça perto de seu closet elegante, não tinha percebido que a porta do aposento em questão se encontrava entre-aberta e pela fresta a menina olhava tudo, isso me fez lembrar da última vez que a família mais linda desse mundo olhou para mim, quando abri a porta a pequena fixou os olhos sobre mim observando-me de cima pra baixo ofegante e pavorosa, peguei nos braços ainda choramingando a pequena Ester que faria parte da minha vida dali pra frente.

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