04. A casa

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A noite era calma, fria e gostosa de alguém a querer todos os dias tenebrosos passados acalmados pela brisa do clima, eu tinha uma esposa, casal de filhos saudáveis lindos de risadas marcantes jantando na pequena, mas abençoada mesa que tínhamos naquela época maravilhosa, minha mulher Sara estava trazendo uma travessa cheia de macarrão com queijo comida preferida pela família toda a mesa, agradecíamos por cada quantidade de mantimento colocado sobre o ceio familiar todos os dias a favor de Deus numa oração calorosa agradecida; o engraçado naquela noite foi que esquecemos da bebida pra acompanhar o prato para podermos nos alimentar, vendo isso me pus a ir comprar vinho e suco adocicado que meus pequenos saboreavam como nenhuma outra criança antes vista, pensava nisso olhando para eles sentados e comportados a mesa; quando minha esposa bela e sexy me disse voltando os lábios ao canto do meu ouvido.

-Sam, você precisa ir ao mercado pois quando tu voltar não sobrará comida pra você !!!.

Voltando aos olhos dela eu disse.

-Sei disso anjo. Já estou indo.

Falando isso eu arranquei um sorriso sincero do rosto de minha amada que deu a mim uma carteira que possuía com detalhes do exército e as chaves de uma Harley Davidson.

-Tenha cuidado na pista !!!, o caminho é curto mas pode demorar mais do que você imagina.

-Okay.

Levantei da mesa indo em direção aos meus dois pequenos tesouros que brincavam com o macarrão em seus pratos fundos, segurando em mãos garfos lindos de criança, dei um beijo na testa de ambos, cheguei em Sara minha raridade que depois de meia-hora dali estaria numa enorme poça de sangue ; falei a ela.

-Se cuida !, por que mais tarde nós nos cuidaremos.

Ela com um sorriso sarcástico e aproveitador me disse apertando meus ombros largos e musculosos devido anos de intensidade física por treinamentos pesados.

-Pode deixar meu amor.

Caminhei a porta, durante o fechar da mesma vi minha família a olhando feliz com o seu guardião indo percorrer um caminho sem ter a imaginação do que estava por vir. Já na estrada avistando o mercado depois de vinte minutos saídos de casa, recebo uma ligação do número da minha esposa, pensando que tal me perguntaria aonde eu estaria, uma outra voz doce chamou me pelo nome dizendo que eu tinha escapado da minha aposentadoria. Largando o telefone da mão sem mais o que saber voltei o mais rápido possível àquela residência pertencente a família Silva comentando imprudências pelas estradas e suas curvas, avistei no final da pacata rua que residia minha casa dois furgões de cor escura virando o quarteirão, a pé depois de largar a moto mau estacionada, vi nas escadas a mesma porta em que minutos atrás me olhavam amorosamente um buraco enorme causado por uma metida de pé na fechadura, ainda entreaberta com a parede também danificada, via cápsulas deflagradas de pistolas no começo da escada cobertas de minúsculas partículas de pólvora; chocado com aquela cena abri a porta numa ação desesperada de descobrir algo no interior da casa quando me deparei ao pé da porta da cozinha, o corpo jogado ensanguentado da mulher que amava banhado numa poça enorme de sangue escuro e fresco, meus pequenos ainda repousavam nas cadeiras conjunta a mesa, tinham buracos em suas frágeis cabeças, o sangue deles cobriram o fundo da travessa ou o que restou dela; terror e sombras maléficas pairavam acomodando-se por todas as partes daquela casa desde aquele acontecimento macabro.

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