08. Lugar bom

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Mudei um pouco meus objetivos quando levei a garota comigo para o meu mundo a fora,  carreguei aquela menina junto ao meu corpo com a intenção de acalma-lá em razão do teor momentâneo,  o que ela tinha acabado de presenciar poucas pessoas suportariam esse tipo de desgraça sendo ela ter visto seus próprios pais sendo mortos em sua frente,  passando eu pela mesma situação de amargura, decidi entender o sofrimento da pequena Ester do jeito que enfrento a minha a ajudando primeiro a conforta-la,  dando carinho,  apoio e algumas palavras de aconchego para acalmar aos poucos o choro dela.
Saindo da imensa casa ganharia novos padrões de horários e tendo que padronizar cada momento com Ester,  em volta da casa via luzes acesas das casas vizinhas ao lado e a frente por conta dos barulhos que causei dentro da moradia elegante em que quase todos os seus habitantes estavam sem vida.  Nem todos os motivos tem suas razões ou vantagens pra obtermos quaisquer atitudes para si,  é fácil agirmos pela vontade e o desejo de algo querido por nós desde o começo,  quando temos uma coisa em mente tomando espaço de tudo que sonhamos durante dia e noite,  nem todas as primícias neurológicas focam em uma base para podermos conclui-se junto ao nosso destino que é empregado,  mas depois de um duro trauma há mudanças extremas pra nós superarmos medos rondando a cada passo dado pela gente.
Quando distorcem a realidade de um homem ele tenta de todo jeito alcançar a solução para muda-lá sem olhar as maneiras das quais ele usará pra isso,  obstáculos e empecilhos que o possam faze-lo desistir do destino que pousa nas suas costas como pesos brutos não serão problemas,  a idéia descabida e clichê de muitas histórias contadas em livros,  descritas por autores nesse mundo encaixa perfeitamente com igualdade similar a minha vida,  sou uma jóia sendo moldada e talhada pelos caminhos que procurei seguir,  buscando algo pra encontrar ou seja a paz;  momentâneo sim,  pois não há comparações para a verdadeira paz que procuro,  aquela que cessaria minhas dores de uma vez num canto sossegado com seus gramados esverdiados e a brisa rasgando o tempo nesse lugar bom,  encontrei o começo pra trajetória dele naquela criança de olhos claros e rosto belo da idade consecutiva.
Após todo o choque vir a tona e os motivos dessa longa novela que nunca tem um capítulo final dar sentido para tudo o que fiz,  percebo a monstruosidade formada por essa vida injusta lançada sobre minha alma,  a menina nunca será e nunca foi um peso ou estorvo a ser carregada pra lá e pra cá nos meus braços,  conversei tanto com ela que não me achava mais como um assassino covarde e sim seu protetor até a situação se controlar e a poeira abaixar por uns meses porque já estavam procurando a garota de "boa família" com ajuda de seus avós que davam informações para os investigadores do governo e os privados contratados,  numa incessante busca após dez horas passadas do "rapto" ou suposto "sequestro" como assim o chamavam minha atitude como informaram pelos corpos televisores depois do amanhecer,  o tempo corria e eu buscava um local seguro pra mim e a criança que ainda abatida segurava minha mão.
A investigação já se encaminhava para ter um final como assim a polícia local dizia,  ao menos a desorganização dos órgãos públicos me davam um tempo excelente pra pensar no que deveria fazer com a criança,  entregá-la para as autoridades deixando-a na frente de algum local de importância pública ou próxima da casa onde a tirei,  essa criança merecia viver longos anos pois não sabia nada respectivo sobre tal criança,  familiares,  gostos,  até suas manias eram desconhecidas por mim mas eu via a mais linda sinceridade e pureza pairando naquela menina.

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