06. Remoendo o passado

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Muitas são as formas de se tirar informações de um homem acorrentado e amordaçado em situação de cativeiro,  já passei por esses momentos antes devido as porcarias que proporcionaram a mim desde espancamentos,  tortura e sofrimento constante beirando a morte.  Entendi a força que possuo dentro de meu corpo sofrido decorrente de tudo o que passei temporariamente,  segurei muita barra pesada aguentando firme de pé e seguro,  chorei rios de sangue sem fim atrás de bares e nos últimos segundos de apertar um gatinho,  chorava enquanto lembrava da minha família,  das nossas lembranças,  dos tempos de amor e felicidade;  quando meus alvos caem e por assim eu lembro da nossa mesa.
Não sou mal como alguns costumam julgar me sob seus discursos e afiadas palavras odiosas,  cheias de maldade com objetivos de conseguirem infiltrar suas informações desencadeadas para poderem levar gente a acreditarem em mentiras desenfreadas sobre meu respeito,  garanti promover ordem e política correta por onde estou passando, assim como fiz antigamente nos tempos militares da minha longa carreira dificilmente esquecida por superiores que comandavam um fantasma como eu.  Uma vez um cara era acostumado a ser meu amigo me disse.

- Cara abre o olho!, Não confie nas pessoas e nem mesmo em mim;  você não espera mas as pessoa tendem em te decepcionar você querendo ou não.  Se apegue apegue a alguém quando tiver certeza que você ama sem mais ou menos.

Aquilo me abriu os olhos para pensar na vida tendenciosa a preocupações que,  estar fixo em algo é sufocante quando é mentira,  quando te toma tudo,  tempo e esperança são os mais atingidos provocando sofrer,  destruição completamente irrecuperável de noções que você acreditava que funcionavam dando valor as coisas perdidas,  jurando se obter sucesso dentro de um enxame de merdas feitas no ontem e hoje.  Sinto até hoje a morte do Marcus,  o amigo que aconselhou-me sobre as pessoas dizendo que se acredito nas que eu amo ou amava para chegar no ponto de alegação,  o incrível dele é já ter tentado me matar depois de uns três dias que assassinaram minha família,  contrataram o cara pra não perguntar nada,  serviço rápido e sem pistas deixadas no local,  visavam uma aposentadoria de luxo com paredes de terra ao redor do buraco cobertas de umidade,  linda vala afastada longínquamente da cidade discreta e simples, almejavam morte súbita em razão nomial dirigida a mim pela fama que possuía.
Procuravam uma agulha num palheiro de cidade minúscula,  subestimaram o meu profissionalismo para serviços discretos,  a morte dele foi rápida ao ver da perícia examinadora do corpo,  disseram que o tiro transfixou seu peito o deixando vivo e imóvel mas com alguns segundos antes de morrer.
Você pensa que as pessoas boas nunca iram te virar as costas pra gente,  quando tudo se perder e aí nós despencando da boca até o fundo do poço,  juntando para si dor e castigo às vezes não merecido mas imposto pra gente sem culpa de nada a ser judiada,  acontece comigo varias vezes sabe!,  superei todas me tornado mais forte,  sábio,  sombrio  e cheio de segredos escondidos do passado.  Adivinharam o meu local de residência para levarem a minha aposentadoria naquela noite,  sempre me perguntei se era necessário arrancar meus amores da vida deste homem que aqui vos fala de forma destruidora e covarde,  saíram com as mãos defendo a sangue e pólvora,  determinados e com coragem quando cruzaram aquela porta de casa,  não sabiam que o dia deles chegariam mais rápido que entrega de fast-food a serem levadas para condôminos;  um deles ousou em me dar um conselho sem revelar as coisas que ele planejava para um fantasma;  eu no caso.
Perdemos a cabeça devido o que nos é acrescentado vindo a acumular por dentro,  fiz tudo isso por justiça dada aos meus pequenos não merecedores de uma atrocidade maldita dessas,  matei um cara que dizia baleado e espancado ser meu amigo,  o incrível foi o tal matar a esposa que eu amava,  única mulher que eu soube amar bem mais e nem menos pra acrescentar.  Olhei para ele agonizando no chão do lado de uma taça de cristal estilhaçada em meio a vinho e sangue derramado,  foi revigorante o matar,  não prazeroso vendo antigo companheiro militar morrendo a sangue frio mas ele foi merecedor daquilo,  trocamos socos e quebramos um pouco alguns móveis e utensílios da casa dele.  Tudo terminou comigo tomando uma pistola personalizada de sua mão apertada sobre ela,  quebrei alguns ossos dele pra isso enquanto lutamos agressivamente,  apenas um tiro dado no peito fazendo ele cair desajeitado numa mesinha de sala de estar,  empurrando consigo com seu choque uma taça cara e sua vida passada ao chão.  Misericórdia apenas para fechar seus olhos já estando ali morto,  sai daquela casa nas sombras ou a porta dos fundos como assim chamamos,  levei comigo alguns nomes para serem investigados.

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