Capítulo XIII

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E ali estava eu. No cinema com minha tia. Fomos assistir o filme na estreia! Eu nunca tinha assistido antes um filme no primeiro dia de lançamento!

A fila estava grande. Mas, minha tia têm aquele segredinho da fila. Compramos os ingressos e Milk shakes.

- Tia, tô com sede. -Disse eu

- Pera que eu compro água.

- Não precisa e eu não quero. Além do mais, só faltam cinco minutos para o filme começar.

- Imagina. Você tá com sede é não quer beber água.

- Eu odeio beber água. Não tem gosto de nada. Qual a graça de beber vento líquido ?

- Vento líquido?

- É. Vento não tem gosto de nada. E água é líquida. Então os dois formam uma combinação horrorosa!

- Pare de enrolação e vamos logo pegar sua água.

Soltei algumas palavras nada com nada e obedeci.

- O que a senhorita quer?- Pregunta a atendente do Mc'Donalds

- Uma água.- Eu digo secamente.

- UMA ÁGUA?? SÓ UMA ÁGUA??- Pergunta a atendente indignada.

- É minha filha, tá surda ou o quê? Eu sei que é o cúmulo da pobreza vir pro Mc'Donalds pra comprar uma Mc'água. Mas, já são 21:55 e é o único estabelecimento aberto na praça de alimentação. E você, como atendente tem o dever de me tratar bem e não fazer diferença se o cliente vai comprar uma água ou um Big Mac. Então volte a sua insignificância de atendente e me dê a minha água porquê eu estou pagando por isso.

- Oxe, que folgada. UMA ÁGUA.- Disse gritando pro povinho de trás.

- Minha roupa cabe perfeitamente em mim. Não está folgada não. Além de surdez, tem problema de visão, coitada.

- Toma sua água peste.

- Peste é a mãe do seus filhos.- disse eu saindo.Ela resmungou alguma coisa sobre educação mas, eu não estava afim de discutir. MENTIRA EU SEMPRE TÔ AFIM DE BATER NAS PESSOAS E DISCUTIR COM ELAS! BATER NAS PESSOAS É TÃO BÃÃÃÃOO...

- Vamos logo. Já deve estar no primeiro trailer.- Disse minha tia. indo em direção a escada rolante.

- SUA HORA ESTÁ CHEGANDO! ESTÁ MAS PERTO DO QUÊ NUNCA.- Disse uma moça com cabelos negros, dentro alinhados e olhos verdes. Tinha um sorriso que ia de orelha a orelha parecia que nunca o tirara do rosto. Me dava medo. Odeio pessoas com o sorriso muito prolongado. E além do mais ela estava falando aquela frase... aquela frase.

- Conhece ? - Perguntou minha tia.

- Não . Ox. Vamos logo quero assistir o filme.- E assim entramos na sala de cinema. Eu não a conhecia mesmo. Mas aquela voz... aquela voz era familiar.

Quando passou meia hora do filme e estava em uma cema de luta, a coisa mais inesperada aconteceu. Uma coisa que ninguém pensaria que poderia acontecer em uma sala de cinema...

...Um monstro! Não. O monstro do filme! O monstro saiu da tela do cinema! Mas do lado do monstro havia um humano, um homem e esse não era do filme. Quando as pessoas perceberam o que estava acontecendo, no mesmo instante elas começaram a gritar e sair pela porta de emergência do cinema. E o monstro e supostamente seu dono, estavam parados, apenas observando.

- CORRE POLLY, CORRE!- Disse minha tia em meio aos gritos das pessoas.

- Eu não vou te deixar aqui!- O barulho estava alto demais

- Eu sei me cuidar! Agora vá!

- Não sabe não!- Eu disse em tom irônico Como eu conseguia ser irônica com as pessoas gritando e correndo em uma sala de cinema?

No mesmo momento que eu disse, minha tia se transformou em... NÃO, Pera... ela não se transformou. Ou sim! Uma armadura dourada cobriu minha tia dos pés aos ombros, deixando apenas a cabeça descoberta. E ela ficou mais jovem, loira e seus olhos castanhos se transformaram em olhos vermelhos.

- Tem que eu não sei?- Não respondi nada. Estava paralisada, como ela conseguiu fazer isso? O monstro e o homem ainda estavam parados. O homem usava a mesma armadura que da minha tia, só que vermelha. Ele andou em nossa direção. O cinema já estava vazio.

- Então... essa é a menina. A escolhida.- Disse o homem com uma voz grossa que me dava medo.

- Sirus... o que está fazendo aqui?- Sirus esse é o nome do cara. Certo.

- Eu vim buscar a garota. O chefe adoraria Conhecê-la.- Sirius falou passando a mão pelo meu rosto.

- Tira a mão do meu rosto!- Eu disse a Sirus. Minha voz ecoou pela sala de cinema.

- Ui! Olha como ela é estressadinha. Pois acostume-se criança.- Ele falou olhando fixamente nos meus olhos.

- Você não vai encostar um dedo nela Sirus!- Disse minha tia se Colocando na minha frente.

- Não tenha tanta certeza disso Sarah.- Sarah? Por que ele a chamou de Sarah?

- Eu confio em mim mesma.

- Não teria tanta confiança assim.

Assim que ele terminou de falar, um círculo de vento se formou ao nosso redor. E o monstro começou a nos rodear. Ele era vermelho, tinha pequenos chifres na cabeça e grande garras.

De repente estávamos uma floresta. Mas não era uma floresta comum. No lugar de árvores havia metal. Metal pontiagudo e longo no lugar das árvores.

- Tem certeza que quer lutar Sirus? A última vez não foi uma boa recordação para você.- disse Sarah ou minha tia. Não sabia quem era mais. Mas, ela estava achando tudo normal. Como?

- Isso foi a 230 anos atrás! E eu estava fora de forma baby. Não foi umabluta digna. Agora eu estou pronto. E poderoso.

- Eu não diria isso...- Ela tirou uma espada de não-sei-lá-onde é apontou para as costa de Sirus. No mesmo instante apareceu uma outra espada na mão dele.

Eu sabia que haveria uma luta. Não sabia o que eu tinha a ver com isso . Mas sabia que isso seria ruim. Muito ruim.

Aprendendo a viver no mundo realOnde histórias criam vida. Descubra agora