Capítulo X

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TEMPOS DEPOIS...

Acordei, peguei meu celular para ver as mensagens do whats e vi que tinham me colocado nesses grupos de putaria novamente, tornei a sair desses grupos. Levantei e fui em direção ao banheiro, fiz as minhas higienes pessoais e tomei um banho.

Depois dessas funções todas, desci para tomar café com a minha tia, que parecia mais uma mãe.

- Bom dia Poly, dormiu bem?- perguntou minha tia com aquela alegria matinal, que só ela tinha.

- Bom dia- respondi com o meu mau humor diário.

- A Manu ligou e disse que era para você retornar, quando acordasse.

- Tá tia, e obrigado por me avisar- disse e voltei a comer

Depois que vim morar definitivamente com minha tia, e sucessivamente mudei de escola, conheci Manu, que virou minha amiguérrima, mas não esqueci as outras amigas como a Andressa, Elisa e Julia (a que mora longe).

Terminei de comer e retornei a ligação de Manu, que atendeu no segundo toque

- Poly, você não sabe...- falou toda esbaforida

- E vou continuar, se você não me contar.

- Nossa! Sua grosseria não muda né? Continuando, sabe o Jonathan, o pivete que to pegando?

- Sim, sei, mas o quê que tem ele?

_ Abriu uma balada nova, e ele me chamou para ir junto e disse que eu podia levar uma amiga, ai pensei em você.

- Eu sei todos pensam em mim - falei sabendo o que ela ia dizer

- Convencida! - ri

- Epa, convencida não, confiante o que é bem diferente - rimos

- Ta, ta, ta... Mas e ai você topa?

- Querer eu quero, mas o que você vai fazer pra eu poder entrar?

- O Jonathan tem um amigo, que é amigo do dono da boate, ai nós vamos entrar por trás. E não esqueci de se produzir.

- Você sabe que eu não preciso de produção, mas a ocasião pede

- Depois você não gosta, quando eu te chamo de convencida

- Tá, mas que horas você vem me pegar?

- As 22:00 .

- Tá bom, e tchau.

- Tchau.

*******

Acordei umas 19:00 , e desci para comer algo, preparei um sanduíche e tomei uma coca. Tomei uma banho demorado e escovei os dentes (porque nunca se sabe o que acontece quando saímos #FicaADica). Escolhi um vestido preto de paetê que modelava o meu corpo, uma sapato meio prata, modelei os meus cabelos ondulados e fiz uma make que marcava os meus olhos e minha boca. Estava pronta, eu estava linda, deslumbrante, detalhe não sou convencida, ou, me acho, sou uma mulher confiante e segura de mim mesma.

Desço as escadas e dou de cara com minha tia-mãe sentada no sofá lendo.

-Nossa! Como você está linda.

- Obrigada tia.

- Se cuida minha filha - senti que estava realmente preocupada,

- Ta bom tia... er... Obrigada por tudo... e...er... eu sei que não falo muito isso, quer dizer, eu acho que nunca falei isso, eu amo a senhora mãe -não sei por que mas eu sentia necessidade de dizer isso a ela, parecia que era a última vez que eu iria vê-la, uma sensação estranha, sei lá

-Eu também te amo filha -disse com lágrimas nos olhos, eu a abracei, como se fosse o último abraço.

Manu buzina, e eu me despeço de minha tia e saio, entro no carro e Manu faz uma avalição, senti que ela estava enxergando meu útero.

- Tá gostosa hein, juro que se eu fosse um homem estaria de pau duro agora mesmo - ri muito

- Obrigada, você também não está de se jogar fora.

- Obrigada.

- Finca o pé ai e partiu?

-Partiu- disse Manu

Pensando no que aconteceu lá em casa, nunca fui uma menina de domonstrar o que sentia, só quando esse sentimento é ódio, aí sim eu demonstrava o ódio dentro de mim...

- Terra para Poly... Ei piva? Estava pensando no que?

- Em nad...- vi o homem de capa preta e olhos avermelhados na frente do carro- FREIA!!! - gritei e Manu freiou na hora, mas não adiantou, o carro acertou ele, saí do carro correndo e fui para frente onde o homem devia estar, mas não estava, não tinha ninguém, olhei para Manu, que estava com uma cara de confusa.

- O que foi isso? - eu também me perguntava mentalmente

- Não sei o que deu em mim - e não sabia mesmo - Vamos?

- Cara, você é louca, quase matou a gente e ainda parou o trânsito

-Sempre foi o meu sonho- falei

-O quê?- perguntou Manu, super confusa

-Parar o trânsito -rimos

-Mas tu é imbecil mesmo- ri mais ainda

-Magoou- disse tentando parecer séria, só que não deu

-Beleza, vamos.

Eu não parava de pensar no que tinha acabado de acontecer, mas quando eu bati o olho na boate esqueci de tudo, nada melhor para extravasar do que uma boa dançada. Entramos por trás como o combinado e encontramos Jonathan.

- Olá meninas! - disse sorridente, dando um beijo em nossos rostos

- Oi - respondemos juntas.

- Querem beber algo? - perguntou Jonathan

- Uma vodka - respondeu Manu

- Um copo de coca - disse eu

- Tem certeza? - perguntou Jonathan indignado.

- Sim, absoluta - mal sabia ele que com apenas a coca eu ja ficava louca dentro da roupa.

- Vamos dançar ?- perguntou Manu.

- Vamos - respondi animadamente.

Fomos para pista e dançamos, sensualizamos e chamamos atenção de todos os homens, mas tinha um que eu precisava ver mais de perto, e quando cheguei perto era...

Aprendendo a viver no mundo realOnde histórias criam vida. Descubra agora