TEMPOS DEPOIS...
Acordei, peguei meu celular para ver as mensagens do whats e vi que tinham me colocado nesses grupos de putaria novamente, tornei a sair desses grupos. Levantei e fui em direção ao banheiro, fiz as minhas higienes pessoais e tomei um banho.
Depois dessas funções todas, desci para tomar café com a minha tia, que parecia mais uma mãe.
- Bom dia Poly, dormiu bem?- perguntou minha tia com aquela alegria matinal, que só ela tinha.
- Bom dia- respondi com o meu mau humor diário.
- A Manu ligou e disse que era para você retornar, quando acordasse.
- Tá tia, e obrigado por me avisar- disse e voltei a comer
Depois que vim morar definitivamente com minha tia, e sucessivamente mudei de escola, conheci Manu, que virou minha amiguérrima, mas não esqueci as outras amigas como a Andressa, Elisa e Julia (a que mora longe).
Terminei de comer e retornei a ligação de Manu, que atendeu no segundo toque
- Poly, você não sabe...- falou toda esbaforida
- E vou continuar, se você não me contar.
- Nossa! Sua grosseria não muda né? Continuando, sabe o Jonathan, o pivete que to pegando?
- Sim, sei, mas o quê que tem ele?
_ Abriu uma balada nova, e ele me chamou para ir junto e disse que eu podia levar uma amiga, ai pensei em você.
- Eu sei todos pensam em mim - falei sabendo o que ela ia dizer
- Convencida! - ri
- Epa, convencida não, confiante o que é bem diferente - rimos
- Ta, ta, ta... Mas e ai você topa?
- Querer eu quero, mas o que você vai fazer pra eu poder entrar?
- O Jonathan tem um amigo, que é amigo do dono da boate, ai nós vamos entrar por trás. E não esqueci de se produzir.
- Você sabe que eu não preciso de produção, mas a ocasião pede
- Depois você não gosta, quando eu te chamo de convencida
- Tá, mas que horas você vem me pegar?
- As 22:00 .
- Tá bom, e tchau.
- Tchau.
*******
Acordei umas 19:00 , e desci para comer algo, preparei um sanduíche e tomei uma coca. Tomei uma banho demorado e escovei os dentes (porque nunca se sabe o que acontece quando saímos #FicaADica). Escolhi um vestido preto de paetê que modelava o meu corpo, uma sapato meio prata, modelei os meus cabelos ondulados e fiz uma make que marcava os meus olhos e minha boca. Estava pronta, eu estava linda, deslumbrante, detalhe não sou convencida, ou, me acho, sou uma mulher confiante e segura de mim mesma.
Desço as escadas e dou de cara com minha tia-mãe sentada no sofá lendo.
-Nossa! Como você está linda.
- Obrigada tia.
- Se cuida minha filha - senti que estava realmente preocupada,
- Ta bom tia... er... Obrigada por tudo... e...er... eu sei que não falo muito isso, quer dizer, eu acho que nunca falei isso, eu amo a senhora mãe -não sei por que mas eu sentia necessidade de dizer isso a ela, parecia que era a última vez que eu iria vê-la, uma sensação estranha, sei lá
-Eu também te amo filha -disse com lágrimas nos olhos, eu a abracei, como se fosse o último abraço.
Manu buzina, e eu me despeço de minha tia e saio, entro no carro e Manu faz uma avalição, senti que ela estava enxergando meu útero.
- Tá gostosa hein, juro que se eu fosse um homem estaria de pau duro agora mesmo - ri muito
- Obrigada, você também não está de se jogar fora.
- Obrigada.
- Finca o pé ai e partiu?
-Partiu- disse Manu
Pensando no que aconteceu lá em casa, nunca fui uma menina de domonstrar o que sentia, só quando esse sentimento é ódio, aí sim eu demonstrava o ódio dentro de mim...
- Terra para Poly... Ei piva? Estava pensando no que?
- Em nad...- vi o homem de capa preta e olhos avermelhados na frente do carro- FREIA!!! - gritei e Manu freiou na hora, mas não adiantou, o carro acertou ele, saí do carro correndo e fui para frente onde o homem devia estar, mas não estava, não tinha ninguém, olhei para Manu, que estava com uma cara de confusa.
- O que foi isso? - eu também me perguntava mentalmente
- Não sei o que deu em mim - e não sabia mesmo - Vamos?
- Cara, você é louca, quase matou a gente e ainda parou o trânsito
-Sempre foi o meu sonho- falei
-O quê?- perguntou Manu, super confusa
-Parar o trânsito -rimos
-Mas tu é imbecil mesmo- ri mais ainda
-Magoou- disse tentando parecer séria, só que não deu
-Beleza, vamos.
Eu não parava de pensar no que tinha acabado de acontecer, mas quando eu bati o olho na boate esqueci de tudo, nada melhor para extravasar do que uma boa dançada. Entramos por trás como o combinado e encontramos Jonathan.
- Olá meninas! - disse sorridente, dando um beijo em nossos rostos
- Oi - respondemos juntas.
- Querem beber algo? - perguntou Jonathan
- Uma vodka - respondeu Manu
- Um copo de coca - disse eu
- Tem certeza? - perguntou Jonathan indignado.
- Sim, absoluta - mal sabia ele que com apenas a coca eu ja ficava louca dentro da roupa.
- Vamos dançar ?- perguntou Manu.
- Vamos - respondi animadamente.
Fomos para pista e dançamos, sensualizamos e chamamos atenção de todos os homens, mas tinha um que eu precisava ver mais de perto, e quando cheguei perto era...
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Aprendendo a viver no mundo real
RomanceUma garota normal, com espinhas, baixinha, cabelo cacheado, personalidade forte, e "Dona da verdade" (só pra ela). Mas a vida dela muda completamente quando descobre que não é totalmente humana ou pelo menos não é um ser humano normal.