No Vidigal

Capítulo 25

Acordo no hospital, não tenho boas lembranças assim.
Só espero que nada demais tenha acontecido. Já estou até vendo os esporros que o Kevin vai me dar, eu te avisei, você é muito teimosa e blá blá blá.

O médico entra, mede a minha pressão, me examina e me diz que o bebê está bem.

Graças a Deus!

Que susto meu Deus, nem me lembro o que houve. Só me lembro de ter chegado em casa, tomado banho e na hora que fui deitar, desmaiei.

Se eu tive medo de perder meu bebê? Muito.
Estou tão ansiosa pra saber o sexo logo, fazer o enxoval e tudo mais, se eu o perdesse agora, meu mundo ia desmoronar totalmente, não sei aguentaria de culpa.

Ponho a mão na minha barriga e começo a fazer carinho.
– Me desculpa meu amor, tá tudo bem agora.
Adormeço conversando com o meu bebê.

Horas depois

– FALEI PRA TU NÃO SAIR DE CASA VÉI, PUTA QUE PARIU VIU.

Estou sentada na cama penteando meus cabelos e o Kevin gritando comigo, ele esperou a gente chegar em casa claro. Pelo menos respeito pelos doentes do hospital esse troglodita tem.
O que aconteceu não tem nada haver com eu ter saído de casa, pelo contrário, foi o calor, minha pressão caiu, a culpa foi do calor, não minha por querer fugir dele.
Que droga!
Tudo minha culpa nessa merda, estou cansada disso.

– Acabou?
Ele me fuzila com os olhos. Credo!
– Mano, falo mais nada com tu jae? Fé pra tu.
Dou de ombros.

Eu morro de medo dele ainda, mais eu sei o amor que ele sente pelo nosso bebê e que ele não faria mal pra a gente.
Ele é um homem muito bom, apesar de tudo. Por isso quando fica estourado assim, ele sai de casa e só volta quando está mais calmo.

M

eses depois

Hoje eu completo sete meses, vinte oito semanas, de puro amor e carinho, tanto da dona Lurdes, quanto do Kevin, que tem sido um fofo, me mimando muito, como eu amo esse homem, não canso de dizer isso.