No Vidigal

Capítulo 7

Termino de me vestir e desço. Tô me sentindo nua com essa jardineira, mais ok.

– Dona Lurdes, cadê o Patrão?
– Falou que ia te esperar no carro.
Corro pra garagem. Mas antes ouço ela gritar.
– BOA AULA, KESS!

Lembro da minha mãe, ela sempre me dizia essa mesma frase, todos os dias. Confesso que pensar nos meus pais dói bastante, como não saiu de casa e nem sei se tenho permissão de ir pra outro lugar além da escola, creio que não vou ver eles nunca mais e isso dói, dói muita.

Entro no carro do Kevin, bom agora eu sei o nome dele.
Ponho o sinto de cabeça baixa, não quero que ele venha que meus olhos estão marejados, pela saudade dos meus pais.

Sinto ele alisar meus cabelos, sendo pegada de surpresa.
– O que foi Kess?
– Nada não.
Digo, mas a minha voz embargada me entrega.
Kevin levanta meu rosto e vê que estou com lágrima nos olhos.
– Que foi?
– Meus pais. Tô com saudades deles.

Ele me abraça e põe minha cabeça no seu peito. Só o seu perfume me acalma. Como pode? Foi ele que me tirou dos meus pais, a culpa disso tudo é dele.
Como posso estar começando a sentir esses sentimentos por ele?

– Não chora abelhinha, pra mim eles não merecem teu choro, eles não moveram uma palha pra tentar pagar a dívida e te ter de volta, eles não estão se importando muito com você, desculpa mais eu tinha que falar tá ligada. Sei que eu sou o mais errado nessa fita, mais teu pai tava me devendo e eu não quis matar ele na tua frente, nem sei porque aceitei essa troca.

Ele tem razão, não vou ficar mal por causa deles, as vezes foi até bom eu ter vindo pra cá, aqui eu sou amada de verdade, pela dona Lurdes, meus pais só me criaram como me criaram pra mim ser cobaia deles e dar um futuro bom pra eles. Ingratos, é isso que eles são, se me amassem de verdade já teriam dado um jeito de pagar a dívida ou vindo me ver aqui.

O Kevin é um homem bom, só não sabe demonstrar que se importa comigo.

– Que horas você entra na escola?
– Oito.
Ele olha no seu celular e sinto inveja, eu nunca tive um celular na vida.
– Ainda temos cinquenta minutos, você tem um problema aqui.
– Qual?

Ele aponta pra baixo e vejo o volume enorme na sua bermuda.

Eita!

Mas uma vez eu o deixei assim.
Se eu não fizer, ele vai caçar outra pessoa pra fazer e eu não quero isso.
Abro a sua bermuda e ponho seu membro pra fora e ponho na boca, arrancando de primeira um gemido dele.
– Isso ai garota. Porra...
Chupo seu pau, enquanto massageio suas bolas. Como é bom, chupar um cara, ainda mais esse cara aqui.

Minutos depois ele solta um gemido alto e goza na minha boca. Engulo tudo. Meu leitinho matinal, vou cobrar ele todo dia.