O sr. Charles alugou uma de suas casas para mim, no caso pra mim, por um preço bom. E as poucos montei minha vida à sós.3 meses se passaram, eu já não aguentava, não a empresa e sim o Bernardo, ao menos uma vez por semana a gente transava, eu era seu amante, ou melhor sua puta particular.
Nenhum dos outros garotos passou na "entrevista de emprego" por não serem gays.
Estou exausto de ser seu brinquedo, Já não basta que fiquei preso 18 anos da minha vida e logo mais faria 19 , quando seria livre?
Bernardo era lindo e tudo mais só que controlador e infiel até a mim que era só amante.
Ele pagava bem mas era basicamente pra me comer. Na empresa eu só organizava pilhas de processos abertos.Quero ser livre, viver pra mim, não quero ser mero objetivo de ninguém.
Minha alma grita por liberdade. É o bem maior que posso possuir.
É meu único sonho.Mas o que faria? Como sobreviveria?
Estava sem saída.Enfim meu aniversário de 19, somente Sophie e eu. Ouvimos músicas tomamos bebidas adocicadas misturadas de suco e
quando tocou Kodaline - All I Want chorei como se fosse uma criança boba.À noite saio sem pressa ando devagar, sem rumo, até passar em frente à uma balada, GLITTER BLUE certamente LGBTQ pelas personalidades que entram.
O que pode me aguardar atrás dessas portas, como serão os jovens livres dos olhos da sociedade preconceituosa, racista, homofóbica , machista, transfóbica?
Pago a entrada, quero me sentir vivo num verdadeiro clipe de música. Viver inconsequente essa noite.
Luzes azuis contrastam a multidão, diversas fantasias, cores, rostos, fumaça de cannabis e bebidas multicolor , é exatamente um clipe.
Me elevo em cada música, pela quantidade de bebidas e as batidas em minha cabeça deve ser Marshmallow Calvin Harris David Guetta de Allan Walker Alok da Silva.
Sem ideia de quantos beijei, já sem camisa, vejo marcas roxas em meu corpo, foi um vampiro ou o quê?
Bêbedos são imortais.
No banheiro me pego beijando um garoto bonito de cabelos loiros, será que era meu reflexo no espelho, mas lembro, não sou loiro, ele é muito gostoso, suas mãos alisam meu corpo.
- Eu amo essa música.
diz ele e eu sem nem entender o que está tocando.
- Cara sou Igor e você.
- Nicolas.
Saiu tão natural, como se realmente me chamasse assim, porque menti? Eu não entendia, e esse nome de onde saiu, era o nome de alguém que beijei?!.
Meu pau duro como uma rocha.- Vamos sair daqui,
- Pra onde vamos?
- Sua casa.
E seguimos pra minha casa mais bêbados que a caipora, acordando a vizinhança inteira com risos altos e exagerados de piadas sem graça e o vento que bate no rosto.
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CRÚ +18
Teen Fiction. O crú assusta. O sangue é doce. O gosto faz querer vomitar. Me alimento dos sentimos alheios. Da carne, pele, amor, medo. Você pode pagar pra me ter, nunca pra sempre, só por um momento. Ao mesmo tempo que quero ser e pertencer à alguém, não quero...