Já havia acontecido antes, minha mãe não acreditou em mim, me pediu pra esquecer e nunca contar pra ninguém.
Eu tenho vergonha de mim, porque no fundo acho que é culpa minha, mas não consigo entender o porque.
Os abusos eram mais frequentes, como uma sombra na noite, ele vinha, me segurava pra não fazer barulho e sem poder nada fazer, sentia muita dor, depois tinha que limpar o ele deixou em mim.
Choro até pegar no sono.
Sophie veio me visitar e sempre questionava sobre meus olhos inchados, eu nunca contei pra ela, tinha medo, até do que poderia pensar.
A porta abre e é Alberto, bêbado, provavelmente não tinha ido trabalhar, pede pra que Sophie vá embora e logo após a saída dela partiu pra cima de mim, me batia com tapas e socos até se cansar, eu chorava tanto, abusou de mim mais uma vez, fiquei alguns minutos jogado no chão, sem forças, até ele me levantar, me leva pro banho, me mastuba, isso me assusta, foco em gozar pra acabar logo essa tortura.
Ele me me põe pra dormir.
No jantar, Matheus pergunta o que aconteceu comigo.
- Isso, é pra aprender a não desobedecer, porque a regra é não trazer ninguém aqui, eu dou casa, comida, roupa, e me paga assim, desobedecendo, aqui não.
Respondeu Alberto
- coitado pai.
- o que foi Matheus tá comendo esse viadinho? Eu não aceito filho bixa,
prefiro um filho criminoso do que bixa!
Matheus fica calado.
Alberto vai dormir.
Matheus vai até a cozinha falar comigo.
- Angel, hoje eu vou dormir nos meu amigos, a gente vai beber, pode dormir na minha cama, esse chão é muito frio.
- Eu não posso aceitar Matheus!
- Aceita vai, não vai te acontecer nada, cedinho você volta pra cozinha e tá tudo bem. vem comigo.
Math me leva pro banheiro:
- Tira a roupa
- Po, Porque? (Eu trêmulo)
- Esse remédio vai aliviar as dores.
Math cuida das minhas feridas, eu alí, tão indefeso, me sentindo uma criança em suas mãos.
Ele me cobre,
- bons sonhos irmãozinho.
Ele nunca havia sido tão gentil comigo.
Vou adormecendo ao poucos, com uma música em mente.
- Será que realmente vale a pena?
Será que eu realmente mereço?
Isso acontece quando estou ferido
E me tira da superfície
Do meu coração...
Eu estou vivendo morto...
Apenas vivo
Quando finjo
Que morri...
Eu não vivi a vida, eu não vivi o amor...
Eu estou morto,
Estou vivendo morto...
Quando é tarde da noite
Estou muito insatisfeito
O peso de uma vida vazia
Que diminui à luz...
(Trechos) - Living Dead - Marina and the Diamonds
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CRÚ +18
Genç Kurgu. O crú assusta. O sangue é doce. O gosto faz querer vomitar. Me alimento dos sentimos alheios. Da carne, pele, amor, medo. Você pode pagar pra me ter, nunca pra sempre, só por um momento. Ao mesmo tempo que quero ser e pertencer à alguém, não quero...
