15. "Você é exatamente igual a mim"

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Depois de cruzarem o labirinto manchado com o sangue de vinte e três cachorros brutalmente assassinados, os três garotos seguiram até dentro da mansão antiga, sendo acompanhados por seu temível anfitrião

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Depois de cruzarem o labirinto manchado com o sangue de vinte e três cachorros brutalmente assassinados, os três garotos seguiram até dentro da mansão antiga, sendo acompanhados por seu temível anfitrião.

Com iluminação de velas e tudo feito de madeira, além de um grande tapete vermelho, o salão principal fazia jus à fachada da mansão antiquada. Edward sentiu-se como em um museu mesmo sem nunca ter ido a um, vislumbrando cada decoração dourada, estatuetas e quadros.

Sentaram-se à uma enorme mesa, mas sem qualquer comida em volta deles. Adams tinha seu rosto apoiado no queixo e somente os ficava observando, calado, com o velho sorriso assustador que sempre portava.

— Então... — Leoni disse, quebrando o silêncio que imperava à mesa.

— Tão lindo. O primeiro amor do meu bebê. É tão bom vê-lo apaixonado... — Adams, que agora vestia um suéter, disse, não tirando os olhos dos dois.

— Para de ficar falando isso — Leoni proferiu com vergonha. — O Edd é o meu amigo.

— Eu adoro quando cê fala que a gente é amigo — Edward disse, tímido, mas feliz. Depois, voltou-se para Adams: — Mas, sério, a gente vai ficá quanto tempo aqui? Eu preciso de í pra casa.

Calado, presa! — Jayden subiu em cima da mesa, visando ir na direção de Edward, que levou um susto e quase caiu da cadeira.

— Oh, pequeno bastardo, você não vai a lugar nenhum — Adams disse, puxando Jayden pela camisa para que voltasse a se sentar. — Eu moro longe daqui, na América, entenda que eu nem sempre tenho a oportunidade de estar com os meus bebês. Não, não, não. Vocês três vão ficar aqui comigo. Bem aqui. Para sempre.

— Por que cê fica usando esses apelidos e me chamando de bastardo? Eu nem sei o que é isso — Edward disse.

— Nomes dizem pouco sobre uma pessoa.

— Tá, mas—

Argh, que raiva! — Adams gritou, deixando seu bom humor de lado para bater a mão na mesa, com ira. — Cadê essa mulher com o bolo de aniversário?

— Num tem ninguém nessa casa além da gente — Edward disse.

— Oh, que descuido meu — Adams retrucou, com um sorriso vil. — Eu a tranquei no porão semana passada e esqueci. Ela deve estar morta agora. Ai, humanos são tão sensíveis...

— Eu disse que ela iria morrer — Leoni falou em um tom pouco emotivo. — Você disse que não queria mulheres dentro de casa. Eu não sei por que você trouxe ela pra cá.

— Ela deveria saber desse risco quando pisou aqui dentro. E mesmo assim, não parava de gritar. Tão burra...

Edward, já exausto de tantas conversas sem sentidos, bateu a mão na mesa e se levantou.

Diários de Assassinos em Série (Vol. I) - O Médico SujoOnde histórias criam vida. Descubra agora