16. Os... Médicos do Paraíso? Pt. 1 - Samantha Anders

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Samantha era uma médica legista de quarenta e um anos especializada em perícia criminal

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Samantha era uma médica legista de quarenta e um anos especializada em perícia criminal. Seu currículo extenso ia desde a escola de medicina até mesmo formação na Academia Nacional da Polícia Britânica e relações internacionais com mestrado em direito das relações sociais e trabalhistas, além de ter interrompido um doutorado em direito para ir trabalhar na Suíça.

Era uma mulher séria e reservada, com alguns vícios que incluíam uma rotina extremamente organizada e uma limpeza exemplar. Meticulosa, precisava estar sempre organizada para que pudesse se destacar em seu trabalho e era uma perfeccionista natural. Era por isso que em qualquer emprego que aceitassem suas exigências, era oferecida cargos altos em pouco tempo.

Ainda assim, o trabalho era uma das áreas mais instáveis em sua vida: Sempre que Samantha pensava não poder mais aprender nada de novo em seu atual emprego, a própria se demitia e recusava quaisquer benefícios que lhes eram apresentados.

Naquele exato momento, era diretora-legista do escritório da polícia Federal da Suíça, responsável por identificar a causas mortis de casos relacionados à diplomacia do país. Estava, entretanto, os avisando que viria a se demitir.

À tarde, ela gostava de almoçar em um restaurante um pouco mais afastado do centro, onde dizia que a paisagem natural era mais agradável. Recebeu um telefonema de um número bloqueado e resolveu aceitar a chamada:

Hallo?

— Boa tarde, doutora Anders. Aqui é departamento de RH do Instituto Kylle & Claire Kitle, de Londres. Você sabe quem somos?

— Ahn, eu... S-sim, claro que sim — gaguejou pela animação. — Que médico não conhece o Paraíso?

— Estávamos dando uma olhada no seu currículo e ficamos impressionados. Sabemos que você aceitou uma proposta de trabalho na Suíça recentemente, mas gostaríamos de saber se tem interesse em trabalhar no nosso Instituto.

— Pra ser bem honesta, eu pedi demissão justamente hoje. E essa proposta... bem, eu não conheço ninguém que recusaria.

— Excelente ouvir isso! Ainda tem assuntos pendentes aí ou está livre para discutir seu novo contrato de trabalho?

— Eu pedi um aviso prévio de duas semanas, assim, isso significa que eu ainda preciso ficar por aqui.

— Completamente compreensível. Nesse caso, vamos enviar pra você por e-mail a nossa proposta. Os funcionários do Instituto precisam passar por dois meses de treinamento até que se decida se estão, ou não, aprovados para começarem a trabalhar.

— E esse contrato de trabalho, os funcionários precisam trabalhar no Instituto durante um tempo mínimo?

— Estamos cientes acerca da sua fama. Não se preocupe, nós não especificamos um tempo pois acreditamos que nossos funcionários precisam trabalhar aqui por prazer, e não por obrigação. Mas estamos otimistas de que irá conseguir uma carreira de anos aqui, sem pensar em pedir demissão.

Diários de Assassinos em Série (Vol. I) - O Médico SujoOnde histórias criam vida. Descubra agora