eleven

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"Não Luke, eu não quero ir!" Protesto. "Estou cheia de dores de barriga." 

"Sabes que tens de vir comigo." Ele puxa-me da cama. "Eu dou-te chocolates e arranjo-te medicamentos par as dores." Ele diz de maneira doce. 

"Combinado." Ele sorri e eu levanto-me da cama. 

Calço as minhas botas e visto o meu casaco. Pego na minha mala e saio do quarto. Atrás de mim vem Luke, que fechou a porta.

"Podemos ir descer pelas escadas? Cada vez confio menos em elevadores." Peço.

"Por causa de o Michael e do Calum terem ficado presos ontem à noite?" Abano com a cabeça, confirmando. "Sabes como eles são. Eles estavam a saltar lá dentro e aquilo bloqueou." Ele ri mas eu mantenho a minha expressão.

"Por favor." Quase que me meto de joelhos e ele lá me faz a vontade. 

"Nós ainda precisamos de falar sobre ontem." Luke diz.

"Sobre o beijo?" Ele assente. "Sabes que eventualmente tínhamos de o fazer e até foi melhor ter sido ontem quando ambos queríamos." Confesso e ele para. "É verdade, se um de nós, ou até mesmo ambos, não quiséssemos, iria parecer mais falso do a gargalhada do Calum quando o Carter ligou hoje de manhã."

"Tens razão." Ele simplesmente diz e a sua mão é entrelaçada na minha. Já na recepção, consigo ouvir alguns gritos, como sempre. Acho que nunca me vou habituar. Não sei como é que os rapazes conseguem.

Enquanto o Luke fala com a rapariga que está do outro lado do balcão, eu aproveito e encosto a minha cabeça ao seu ombro. 

"Estás bem?" Confirmo. "Então vamos, a carrinha já está aqui." Afasto a minha cabeça do seu ombro e saímos do hotel. As fãs começam a gritar freneticamente o nome de Luke e ele, carinhosamente, vai ao encontro de cada uma. 

"Olá." Uma rapariga, com cerca de 5 anos, diz junto a mim.

"Olá, como te chamas?" Pergunto, baixando-me à altura dela. 

"Thalia." Ela responde, um pouco envergonhada. "És muito gira."

"Obrigada." Sorrio e reparo no seu braço, cheio de hematomas. "O que te aconteceu?" Noto que ela fica um pouco desconfortável e procuro mudar o mais depressa de assunto. Ela olha para uma mulher que está atrás dela e, pelas semelhanças à pequena rapariga, percebo que é a sua mãe. Esta manda-me um pequeno sorriso, embora transmita muita dor no seu olhar. "Sabias que Thalia é nome de princesa?" Vejo os seus olhos a brilhar e um sorriso a aparecer no seu rosto.

"Isso quer dizer que sou uma princesa?" Pego-a ao colo, com cuidado. A sua mãe abre mais o sorriso. 

"Claro que sim. Sabes porque é que não tens coroa?" Ela olha-me curiosa. "Porque o teu sorriso é muito mais valioso que isso."

"Olá." Luke aproxima-se de nós. "Como te chamas?" Noto que ela está envergonhada.

"Esta é a princesa Thalia." Digo e Luke faz uma espécie de vénia, o que provoca gargalhadas a Thalia. 

"Será que a Thalia gostaria de tirar uma foto comigo?" Ela esboça um enorme sorriso. A sua mãe pega no telemóvel e prepara a câmera. Uma vez que ela ainda estava no meu colo, ia colocá-a no chão, mas ela falou antes.

"Eu também quero uma foto contigo." Eu sorrio e aproximo-me de Luke. Depois de uma foto normal, Luke começou a fazer caretas juntamente com Thalia.

Infelizmente, o segurança chamou-nos e avisou-nos que estávamos a ficar sem tempo. Despeço-me da pequena Thalia e, enquanto ela troca as últimas palavras com Luke, a sua mãe veio ter comigo e agradeceu-me pelo gesto. Eu disse que não era nada de especial e que Thalia era uma menina fantástica. Fiquei a saber que os hematomas no seu braço foram provocados por uma doença que ela tem, Leucemia. Despedi-me com alguma tristeza e entrei no carro. Luke sentou-se ao meu lado.

"És boa com crianças." Luke comenta.

"Ela é uma menina espetacular." Sorrio.

"O que ela tinha?" Luke mostra a sua curiosidade.

"Leucemia." Surge um silêncio entre nós, mas é logo quebrado por Luke.

"Estás mais bem disposta?" Ele pergunta.

"Sim." Sorrio. "Carter não disse mais nada?" Ele nega e eu volto a encostar a minha cabeça ao seu ombro. Gosto do facto de estarmos a criar uma certa intimidade e de o ambiente entre nós já não estar tão mau como estava no inicio. Julguei mal Luke e a sua personalidade, mas ele não precisa de saber disso. Sei que vai ficar convencido e não se vai calar sobre o assunto.

"Já chegamos Lexi." Ele diz e eu acordo dos meus pensamentos.

"Lexi?" Olho-o confusa. "Geralmente chamam-me Lexis." 

"Eu tenho definitivamente melhor bom gosto para escolher alcunhas do que o resto do mundo."

Saímos do carro e entrámos logo na arena. Luke foi logo para o soundcheck e eu fiquei a conversar com Barbara no camarim dos rapazes. Luke fez com que chegasse até mim chocolates e o medicamento para as minhas dores de barriga. Eu e Barbara combinamos que, assim que chegássemos a Milão, iriamos comprar um novo vestido para mim, uma vez que usei o meu para o encontro com o Luke. Isso fazia-me sentir um pouco de pressão porque, logo depois do concerto em Milão, iriamos voar para a Austrália, para a entrega dos prémios. 

Passado cerca de uma hora, os rapazes apareceram e começou a típica comédia antes do concerto, Já me apercebi que os quatro rapazes são piores que vinte crianças juntas. O que acaba por ser positivo, pois deixam qualquer pessoa de bom humor. Luke recebe uma chamada e sai logo do camarim para atender. Tendo deixar a minha curiosidade de parte, focando-me na música que os rapazes meteram e na dança que os três estavam a fazer.

"O bebé é mesmo meu." Luke diz quando volta ao camarim.

Empty Wallets | Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora