twenty-six

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Depois do pedido de Luke, e claro aceite por mim, ficamos no parque a comer e a jogar xadrez durante a tarde toda. Ao contrário do que eu pensava, Luke depois de aprender, coisa que foi demasiado rápida, tornou-se ótimo jogador e até me ganhou em algumas partidas. Por volta das cinco horas da tarde, arrumamos tudo e regressamos ao hotel, pois o meu namorado disse que precisávamos de nos arranhar para o pedido de Carter. O meu namorado. Antes de voltarmos ao hotel, visitamos rapidamente alguns dos lugares mais conhecidos de Paris.

Decidi descansar um pouco antes de me começar a arranjar. Já Luke foi tomar banho e disse que, assim que saísse, me chamava para fazer o mesmo. Após a minha curta sesta, fui tomar banho e arranjar-me. Tinha calçado um sapatos formais para acompanhar com o meu vestido floral que, se falasse, gritaria Paris.

Até ao momento em que chegamos ao carro, eu não sabia onde íamos. Eu tentei insistir para que Luke me contasse mas, ele queria de tal maneira que fosse surpresa, não insisti mais. Eu puderia perguntar ao Carter mas Luke foi mais esperto que eu e durante o nosso piquenique, ele tirou-me o telemóvel. Ele apenas me deixava responder a mensagens de Barbara, pois não queríamos que ela desconfiasse de nós.

"Diz outra vez por favor." Durante a viagem de carro até ao lugar ainda desconhecido por mim, Luke pediu que lhe dissesse algumas coisas em fraancês para ele puder dizer no próximo concerto. 

"Bon soir! Comment allez-vous?" Ficamos breves momentos parados no trânsito.

"Boa noite, como estás?" O Luke diz e eu sorrio. "É esse o significado, certo?" Eu assinto. "Bon soir. Comment allez-vous?" Ele repete e eu rio um pouco do seu sotaque demasiado forçado.

"Chegamos." O motorista diz com o seu inglês rasco. Luke abre a sua porta e, quando eu a abrir a minha, ele já la estava pronto para me ajudar a sair também.

"Mon amour." Ele diz e entrelaça os nossos dedos. "Já viste onde estamos?" Eu olho para cima e sorrio.

"Sim. Estamos ao pé da estátua da liberdade." Eu e Luke caminhamos em direção à torre Eiffel.

"Não mon amour, isto é o Coliseu de Roma." Luke brinca. "Estás pronta?" Eu olho-o confusa. "Oh pois é tu não sabes. Nós vamos jantar lá em cima. Muito romântico não é?" Eu confirmo. "Pena estarem lá fotógrafos também." Há claramente um pouco de tristeza no tom de voz do Luke e eu até o consigo entender.

"Se não fossem os fotógrafos e o drama todo, eu não teria este emprego e nós não estaríamos neste momento em Paris." Lembro-o "E nem sequer nos conhecíamos."

"Verdade." Ele dá-me um beijo rápido no elevador. "Estás bem?" Eu assinto e aperto um pouco a mão dele.  

O jantar não podia ter corrido melhor. No início não houve muita conversa, mas o silêncio que estava presente era um silêncio confortável. Durante e depois do jantar, Luke insistiu para que tirássemos algumas fotos juntas. Resultado disso é o meu novo fundo de telemóvel. Tenho de admitir, a nossa foto que estava no fundo é provavelmente a foto mais feliz e genuína que alguma vez tirei. 

Como já se fazia tarde, voltamos logo de seguida para o hotel. Eu estava cansada, mas não tinha sono, talvez porque ainda dormi um pouco depois de voltarmos do nosso passeio. Já Luke adormeceu assim que chegamos ao carro. A sua cabeça estava pousada no meu ombro e os nossos dedos ainda se encontravam entrelaçados desde o momento que descemos da torre Eiffel. Aproveitei o momento para tirar e publicar uma foto, lembrando-me de todos os passos que Barbara me tinha ensinado. 

Breves momentos antes de chegarmos ao nosso destino, Luke desperta e eu sorrio. A entrada no hotel foi rápida pois, por já ser tarde, não se encontravam muitas fãs ali. Implorei a Luke para que tirasse algumas fotos com elas, pois pareciam estar à espera que o seu sonho se realizasse à horas. 

"Tu és um anjo vindo do céu, sabias?" Luke abraça-me assim que entramos na nossa suite. 

"Claro que sim. Tenho asas e tudo." O meu riso é abafado pelo seu peito. Ele cheira tremendamente bem.

"Nem todos os anjos têm asas bebé." Eu descalço os meus sapatos e Luke desaperta a sua camisa. Abraçá-lo por trás, mas rapidamente ele vira-se deixando-me de frente para ele. Nenhum de nós diz alguma coisa. Os nossos olhares falavam por si. A cor azul dos seus olhos tornou-se mais escura depois de nos termos beijado por breves segundos. Os nossos corpos chamavam um pelo outro, estava um ambiente intenso no ar.

(...)

"Bonjour mon amour." Digo quando vejo Luke a acordar.

"Parece que acordei de um sonho para viver outro." Ele diz ainda com a sua voz um pouco rouca, pois acabou de acordar. "Bom dia bebé." Ele beija-me.

"Mandei vir o pequeno almoço." Meto o tabuleiro em cima da cama e Luke ajeita-se para poder comer. "Sabias que eles têm uma ementa especial para suites românticas?"

"Não sabia mas adorei estes morangos com chocolate." Ele pega num e dá-me na boca. 

Comemos a nossa refeição com muitas trocas de carinho pelo meio. Depois de comermos e Luke se ter começado a vestir, bateram à porta. Eu e Luke trocamos um olhar desconfiado, pois não fazíamos ideia de quem era.

"Vai-te vestir na casa de banho que eu vejo quem é." Ele ajeita a sua camisola e eu pego na minha roupa. Antes de eu entrar na casa de banho, Luke dá-me um beijo na testa. Já com a porta fechada, eu ouço a voz de Luke.

"Carter?"

Empty Wallets | Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora