Os 13 Guardiões

IV

Chicago, 7 de Novembro

Depois dos acontecimentos de ontem, fomos para casa, de início não consegui dormir, pois estava pensando em tudo que Clarice tinha me falado. Ainda não compreendia que relação eu tinha com tudo aquilo, mas depois de algumas horas o sono me venceu.

Acordei quando os raios de sol que passavam pela persiana, bateram no meu rosto. Desci as escadas e fui até a cozinha, quando me deparo com Clarice e Susan conversando.

— Finalmente acordou! – Disse Susan, enquanto tomava um corpo de leite.

— O que ela ta fazendo aqui? – Eu não acreditava na audácia dela.

— Eu vim para continuamos nossa conversa – Ela me encarou

— Já que ontem eu atrapalhei vocês duas, então vou deixar as duas conversarem e vou aproveitar para ir no mercado comprar mais comida – ela passa por mim e sai pela porta da frente.

Depois de escutar o som do carro saindo, Clarice começou com o mesmo assunto que tinha falado ontem.

— Você se lembra de tudo que eu te falei?

— Daquelas loucuras? Claro que sim.

— Só por que você não compreende não te dar o direito de dizer que é loucura.

— Então termine sua explicação – Eu sabia que ela estava falando a verdade, eu enxergava a verdade em suas palavras, mas não conseguia acreditar.  

— Vou direto ao assunto... Você ainda se lembra, do que eu falei sobre os antigos deuses gregos, serem os guardiões do nosso mundo?

— Sim, como poderia esquecer...

— Então, toda vez que um dos guardiões morre...

Antes que ela termine a interrompo.

— Espera ai, Como assim Eles morrem? Eles não são imortais?

— Claro que não, isso é mito.

— Ok!

— Continuando, toda vez que um guardião morre, um novo nasce no mesmo instante, ou seja, os poderes são passados para uma criança que acabou de nasce e que tem a mesma genealogia que o deus. Entendeu?

— Mais ou menos...

— Resumindo, os poderes do deus ou da deusa passam para alguém da família dele, que nasceu no momento da morte sua morte. 

— Entendi, mas o que eu tenho a ver com isso?

— Tudo... vinte anos atrás, uma deusa por nome de Elizabeth morreu, salvando uma jovem de uma terrível criatura... Elizabeth era sua tia...

— Isso não é verdade, eu não tenho nenhuma tia – Não dava para acreditar em tamanha mentira.

— É claro que você não se lembra, pois quando ela assumiu seu papel como guardião, ela apagou a memoria de todos, fazendo assim como se ela nunca tivesse existido para sua família.

Não dava para acreditar, isso já era demais para mim. Eu me sentei para poder assimilar as informações, mas Clarice continuou a falar.

— Sophia... No momento que sua tia morreu, foi o mesmo que você nasceu... Portanto, você adquiriu os poderes dela e também o lugar dela como uma guardiã...

— Não pode ser, você deve está enganada – aquilo era muita loucura para um dia só.

— Eu não estou enganada, Você agora é uma guardiã.