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Brasil dia 5 de novembro de 2019

As nuvem estavam à esconder a lua. A iluminação do estacionamento era quase inexistente, só tinha algumas lâmpadas funcionando. O Professor Rodrigues se aproxima mais de Sophia, e coloca a mão sobre ombro dela.

— Sabe Senhorita Albuquerque... No primeiro momento que te vi, eu já sabia que você era especial – Falava enquanto colocava a mão sobre o ombro de Sophia.

— Ah... Obrigada, eu acho...

— Eu queria esperar mais tempo, sabe? - Sophia estava ficando confusa, não sabia do que o professor estava falando - Mas, nos últimos dias tenho sentido tanta forme. - Ao olhar nos olhos do Sr. Rodrigues, ela notou que as pupilas dele estavam totalmente dilatadas, em um grau fora do normal, a íris tinha desaparecido completamente. Um medo tomou seu corpo, tal sentimento impediu que ela se movesse.

- O senhor está me assustando.

- Não precisa ficar preocupada - Ele deu um sorriso. Os dentes que eram brancos e alinhados, se transformaram, ficando amarelados e irregulares. O seu hálito se assemelhava a o odor de um corpo em decomposição.

Aos poucos sua fisionomia foi mudando, seu dedos se alongaram, suas unhas viraram garras, a pele criou rugas e várias verrugas. Estava sendo assustador e horrível, para Sophia presencia aquela transformação.

- Aposto que será uma das minhas melhores refeições. - A língua da criatura, (que era extremamente longa e fina) começou a lamber cada centímetro do rosto da garota. - Que gosto bom...

- PARE! POR FAVOR... PARE! - Lagrimas escorriam do seu rosto. - Alguém... Alguém me Ajuda!

- Calma, não precisa chorar. - Limpando as lagrimas de Sophia. - Daqui a pouco, você não irá sentir mais nada... - Algo transpassou o braço da criatura. Fazendo-a gritar de dor. Quando ele puxou o objeto, deu para notar que era uma pequena adaga. - Quem está atrapalhando meu jantar?

- Acho que fui eu. - Uma figura humanoide surgia das sombras. - Hoje estou querendo brincar um pouco, sabe? - Ela empunhou outra adaga.

A criatura deixa Sofi de lado e corre em direção à mulher que aparecera, para a atacar com suas garras. Em uma ação rápida, ela desvia da investida dele.

- Pobre criatura. - No mesmo, sangue começa jorrar do pescoço do monstro. Ao que aparenta, ela tinha o cortado com a adaga no momento em que se desviou. - Eu já devia saber que um caniçal, não seria um bom brinquedo.

A atenção da mulher misteriosa voltou-se para Sophia, que estava caída no chão em estado de choque.

- Ao que parece você não se feriu. - Disse ela, enquanto se agachava, e pegou um pó amarelado de uma bolsa que estava em sua cintura. - Está na hora de dormir. Tudo isso será apenas um sonho. - Então, soprou o pó no rosto de Sophia, que na mesma hora caiu em um sono profundo.

Depois de alguns minutos, Susan volta ao estacionamento com a chave em mãos. Ela vinha com um sorriso no rosto.

- Agora pode ir para casa! - Falou Susan.

- Finalmente... Quero chegar logo em casa e me deitar na minha cama. - Sophia colocou a mão na cabeça. - Estou começando a ter uma dor de cabeça forte.

- Então vamos logo... Acho que tenho um remédio para isso no porta luva.

Durante a viagem de volta para casa, Sophia tirou um breve cochilo.

***

Brasil dia 6 de novembro de 2019

O som do bater à porta, quebrou o silêncio que estava na casa. Sophia, que estava à dormir, começou a despertar do seu sono. Como sempre, seu quarto estava escuro, e apenas um fino raio de sol passava pela persiana, os seus livros estavam empilhados em cima do criado mudo, e algumas peças de roupa se encontravam no chão. E novamente, Susan bate à porta, fazendo então Sophia responder.

- Um minuto! - Disse ela, enquanto levantava da cama. Sophia, sentiu por um breve momento náuseas, sua cabeça começou a doer e ela percebeu que sua temperatura tinha se elevado. Ela ficou por um minuto, sentada sobre a cama, para então ficar de pé. Saindo do seu quarto, desceu as escadas e foi diretamente para a sala de estar, onde Susan se encontrava sentada em uma poltrona, com alguns livros sobre o colo, ao perceber a presença de Sophia, ela se levantou e se pôs os livros sobre a poltrona.

- Finalmente! Demorou mui... - Ela notou que Sophia ainda estava de pijama. - O que você pensa que está fazendo ainda vestida assim?

- Não estou me sentindo muito bem, por isso vou ficar em casa hoje.

- Sophi - Susan raramente a chamava ela pelo apelido. - você quer que eu fique?

- Não precisa. - Ela olhou para o Relógio de parede. - É melhor você ir, antes que perca a primeira aula.

Depois que Susan foi para Universidade, Sophi voltou para seu quarto, e tornou a deita-se em sua cama. Com o decorrer do tempo, às náuseas foram sumindo, a febre e a dor de cabeça, também começaram a diminuir. Já era quase nove horas, quando o som campainha soou por toda casa "Din-Don", a cada minuto "Din-Don".

- Calma! - Gritou, enquanto descia as escadas. - Já estou indo! - Ao abrir à porta, ela teve uma surpresa. De vestido branco com estampa floral, com seu cabelo cor de cobre, preso por um rabo de cavalo, Clarice se encontrava-se com expressão de seriedade e com ela estava um cara alto, olhos verdes e magrelo. - Clarice? E quem é esse?

— Podemos entrar?

— Claro! – Ainda surpresa e intrigada. – Mas, o que te fez vim na minha casa?

— Vim aqui para falar algo muito importante. – Ela sentou na poltrona e o homem que veio com ela ficou em pé. – Mas, como não sou boa em explicar assunto complexos, trouxe o Léo para fazer isso.

— Olá! Sou o Léo e, é um prazer conhecer você. – Apresentou-se. – Acho melhor você sentar Sophia, pois vou te contar uma história que vai mudar sua vida.

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