IX

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Olimpo, 8 de novembro

A noite estava calma, não tinha nuvens no céu e nem estrelas, naquele quadro escuro só existia a luz da lua, que iluminava meu caminho até o Olimpo. Estava louco para chegar, os meus Pégasus, estavam ofegantes e cansados daquela jornada. Depois de um tempo vejo a névoa que protegia o meu lar, isso me deixa alegre e aliviado, pois logo poderia descansar.

Entrei na neblina e logo em seguida vejo toda a cidade, e logo a frente o grande castelo. Pousei e desci da biga, olhei para a entrada e vir minha amiga íris e como sempre ela estava alegre, desde quando a conheci nunca vir ela triste ou abatida, mas sempre com um sorriso, então vou até ela.

— Oi Íris!

— Quanto tempo! – Ela me deu um abraço. – Bom quero que você conheça a nova Afrodite.

Neste momento percebo a presença da garota que estava com Íris.

— Oi. Meu nome é Sophia. – Ela passa um das mãos por seus cabelos loiros e lisos, com seus olhos verdes me olhando, isso era sensual.

— Victor? – Falou Íris.

— Sim? – Tinha ficado um pouco distraído, mas voltei ao normal. – Meu nome é Victor, contudo sou mais chamado pelo meu Titulo como guardião.

— E qual é? – Perguntou Sophia.

— Hefesto.

— Eu preciso de um favor seu. – Falou Íris.

— Acabei de chegar e estou muito cansa... – Ela me interrompeu antes que eu pudesse terminar.

— Mas é uma favor para Sophia...

— Contudo, amo te ajudar Íris – Agora a situação era diferente. Pensei comigo. – O que você quer de mim?

— Precisamos de equipamento, para a missão que faremos amanhã.

— Ok. Venham comigo – Vou andando pelos corredores, até chegar na entrada da minha oficina. Fico diante da porta e espero o sistema de segurança me escanear, logo em seguida à porta se abre. – Sejam bem-vindas a minha querida forja.

— Nossa! – Disse Sophia impressionada.

Me mostre proativo, tirando algumas ferramentas e objetos do caminho, jogando tudo no canto da parede. fazia dois meses que estava e por isso o chão de mármore estava empoeirado.

— Não olhem a bagunça. Me digam o que precisam.

— De algo que controle a emanação de energia e uma arma para ela. – disse Íris.

— Entendi. – Vou até uma das caixas que estava no chão e procuro até conseguir achar o que eu quero. – Achei!

Vou até uma mesa, tiro tudo que estava sobre ela. Logo Sophia e Íris se aproximam, então começo a falar.

— Isso irá te ajudar no controle de energia. – Mostro um anel de prata com uma pequena esmeralda. - Impedindo que você emane descontroladamente.

— Interessante. – Falou Sophia.

— E para sua defesa... – Pego uma linda espada prateada, com cristais incrustados em seu cabo. – Essa espada tem a lâmina feita de amenite, que é o metal mais resistente de todo o Olimpo. E ela pode retrair-se totalmente, permitindo assim uma melhor mobilidade. – Aperto no botão que se encontrava na parte inferior do cabo, fazendo assim ela se retrair, dançando somente um cilindro de madeira.

— Como sempre suas invenções são incríveis! – Disse Íris, pegando a espada da minha e entregando a Sophia.

— Obrigado pelo elogio. E você Sophia o que achou?

— Achei impressionante cada uma de suas invenções. – Falava isso enquanto analisava a espada.

— Adeus. Já estamos indo. – Íris saí empurrando Sophia até a porta, me deixando sozinho na minha oficina.

Então começo a organizar algumas caixas que estavam no chão e ferramentas que se encontravam jogadas por toda parte. Depois de arrumar maior parte das coisas, saio do local e vou para o meu quarto, para tomar um belo de um banho, dormir e sonhar que a musa que era Sophia.

Quando estava andando pelo corredores, me deparo com Zeus e Poseidon conversando. Eles percebem minha presença e fazem um sinal com a mão para me aproximar.

— Não sabia que você já tinha chegado, meu amigo. – Falou Poseidon, abraçando-me logo em seguida.

— Como foi a viagem? – Perguntou Zeus.

Depois do breve abraço, repondo o meu amigo.

— Foi até que boa, contudo teve alguns momentos ruins.

— Mas diga como foi a missão? – Zeus ficou esperando um resposta e Poseidon ficou observando.

— Infelizmente, não encontrei as armas, mas achei um antigo livro que pode me ajudar a fabricar essas armas...

Poseidon me interrompe.

— Onde está esse livro?

— A história é meio engraçada. – Os dois me olham com seriedade. – Aconteceu um acidente e o livro foi destruído, mas antes de ficarem com raiva ou falaremos qualquer coisa, eu tirei fotos de todas as páginas...

— Então você está com as fotos no celular? – Perguntou Zeus.

— Sim. Tem um probleminha, a linguagem que foi escrito o livro, é muito antiga e eu não conheço.

— Sem problema. Mande todas as fotos para Atena. Ela saberá com traduzir.

— Tá certo. Já vou indo, estou bem cansado. – Saio andando pelos corredores.

Quando entro no meu quarto, vejo que tudo está do mesmo jeito que deixei. Vou logo me jogando em cima da minha confortável cama, fiquei alguns minutos, até criar coragem de me levantar. Fui para o banheiro, liguei a água quente do chuveiro, esperei alguns segundos para finalmente tomar meu tão sonhado banho.

Ao terminar aquela maravilhosa ducha. Me visto, colocando uma bermuda folga e uma camisa, me jogo na cama novamente e dou um comando de voz para as luzes se apagarem. Finalmente poderia dormir confortavelmente.

Naquela noite sonhei com Sophia, mas era estranho. Eu só conseguia ver ela chorando em meio a cadáveres, tentei me aproximar, mas não conseguia, o mas estranho era uma voz que dizia: Sobre sofrimento e dor, tudo irá terminar, sobre as mãos da menina, a luxúria dos homens cairá. Isso me fez acordar, me levantei e tomei com pouco de água. Pensei comigo, Queria tanto sonhar com ela, que acabei tendo um pesadelo. Depois de alguns minutos voltei a dormir, pois aquilo só tinha sido um pesadelo.

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