CAPITULO 5 - Senzar

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Mesmo sendo chamado de porto senzar se encaixaria mais como uma cidade portuária,no começo ela servia apenas como um local de embarque de ferro mas hoje ela se transformou na principal rota comercial de landloc pois ficava entre vila tempestade e Alcídia as duas maiores cidade, então era uma cidade que com o tempo se tornou cheia de comerciantes de todos os gêneros desde vendedores de tapete até contrabandistas assim, senzar pode ser considerada a maior cidade do oeste, não que ela tenha muita concorrência pois o oeste foi a última parte a ser povoada em landloc mas mesmo assim seu porto encanta até os nobres de vila tempestade com diversos navios ancorando dia e noite e o seu grande farol que ficava próximo ao porto, a cidade é cercada de muralhas e seu nome vem de Vithor senzar um explorador  que partiu de vila tempestade e desbravou grande parte do oeste.
   Mirdrem,Audrir,Mirthus e Alengar estavam cavalgando nas ruas de pedra da cidade a noite, mas isso não quer dizer que a cidade estava morta pois os tavernas e hospedarias estavam cheias de clientes , Mirdrem até pode ver um velho que provavelmente estava traindo a mulher , um jovem que estava tão bêbado que precisava de cinco amigos para conseguir andar e um cara que estava sendo roubado, o pior para Mirdrem era o cheiro ele sentia o cheiro de bosta de cavalo e mijo humano esse era um dos motivos para Mirdrem não gostar de cidades mas isso era comum já que estavam nos burgos (equivalente a periferia), Mirdrem então perguntou a Audrir:
- aonde estamos indo?
- a procura do nosso capitão.
Depois de dizer isso Audrir continuou cavalgando, até que alguns minutos depois eles pararam em um local que parecia uma taverna que tinha uma placa com um urso bebendo cerveja, eles amarraram os cavalos do lado de fora e entraram, a taverna não tinha nenhum cliente além de um homem gordo com uma barba Marron e calvo  que estava deitado sobre a mesa segurando um caneca de cerveja, de repente ele acordou olhou para a caneca e bebeu toda o resto de cerveja então olhando para a mulher que estava no balcão ele gritou:
- mas *cof* um. Ele disse enquanto dava um arroto
Audrir que estava observando isso se aproximou do velho e disse:
- tartus se levante, nós conseguimos encontrar ele.
O velho que aparentemente se chamava tartus semicerrou os olhos e olhou para Mirdrem e disse:
- esse é Mirdrem o matador de deuses haha não me  parece grande coisa.
  Disse ele enquanto dava um gole na caneca que tinha sido enchida pouco tempo antes. Tartus então se levantou e foi para frente  de Mirdrem o encarando como se quisesse o desfiar mas  logo depois ele saiu correndo para a saída da taverna e vomitou no chão, Audrir olhou para Mirdrem e falou:
- Ele fica um pouco alterado quando bebe não precisa se preocupar.
- eu percebi
Logo depois Audrir se dirigiu até tartus e segurando no seu ombro disse:
-Nós vamos dormir na estalagem boca de leão depois você nos encontra lá.
Então todos menos tartus e Mirthus, que ficou para impedir que tartus fizesse alguma besteira, foram para a estalagem .
A estalagem ficava perto do porto de onde Mirdrem podia ver os barcos ancorados e era pequena mas bem arrumada, só tinha 3 quartos livres, Mirdrem  tinha ficado com um quarto só pra ele enquanto Audrir teve que dividir com tartus e Mirthus com Alengar.
Mirdrem que já tinha tirado sua armadura de couro e sua capa preta e estava agora apenas com algumas roupas leve  se sentou na cama de palha que estava coberta com algum lençol branco e olhou para a mesinha de madeira onde ficava uma vela e a espada que Alengar lhe dera ele então a pegou e enquanto ficava tocando com suavidade na bainha de couro da espada se perguntava o que iria acontecer da li pra frente, pois ele já tinha percebido que partiriam rumo a vila tempestade para ver o rei e essa era uma cidade que ele não queria mais voltar, pois lá ele tinha lembranças, lembranças que ele queria esquecer, Mirdrem depois de pensar nisso guardou a espada próximo a sua cama, apagou a vela e dormiu de um jeito que não dormia a dias.
  O dia amanheceu nublado diferente do dia anterior, Mirdrem não conseguia dizer com exatidão que hora era mas mesmo assim ele botou suas roupas e saiu do seu quarto,ele bateu nas outras portas mas ninguém respondeu então ele foi até a entrada da estalagem e lá estava o dono da mesma, ele era um homem gordo mas alto e e com longos cabelos e barbas pretas, Mirdrem então se apoiou no balcão e enquanto via ele organizando algumas bebidas, já que lá também era uma taverna,perguntou:
- ontem chegou comigo mais  duas pessoas, você sabe onde elas podem estar eu bati no quarto  mas ninguém respondeu
O dono da estalagem então deixou de lado uma garrafa que estava segurando e respondeu enquanto acariciava a sua longa barba:
- você  deve estar falando daquele homem que pagou os quartos ontem um tal de  Audrir. 
- sim
- eles saíram mais cedo.
Disse o homem enquanto apontava para a saída, Mirdrem agradeceu e comprou um pouco de pão por algumas moedas de cobre, ele então comeu o pão ali mesmo e saiu da estalagem, estava chuvendo então ele botou o capuz para não encharcar seu cabelo com água e foi até os estábulos para conferir se os cavalos ainda estavam lá,depois de confirmar  ele limpou as botas que estavam com lama e foi andando até o porto para ver se conseguia achar eles.
O porto de senzar mesmo naquela chuva estava cheio de gente, tinha diversos barcos desembarcando tanto pessoas quanto mercadorias, e vendedores tentando a sorte em suas barracas, Mirdrem olhava pela multidão para ver se encontrava eles mas só viu alguns guarda apanhando um garoto magricelo de uns oito anos que tinha roubado algumas verduras de um vendedor e vários tipos de pessoas desde pobres camponeses até ricos comerciantes, Mirdrem estava surpreso  com o quanto senzar tinha mudado da última vez que tinha estado lá era apenas algumas dúzias de casas,  depois de ficar um tempo pensando ele voltou suas atenções para o principal objetivo então  ele continuou procurando, ficou assim até que viu um rapaz não muito alto o chamando, era Alengar que estava fazendo sinal para ele vir, Mirdrem apressou o passo e foi até Alengar chegando ele viu não apenas Alengar mas Audrir e tartus que estavam conversando, Audrir então viu Mirdrem e falou:
- ah bom dia, eu estava conversando com Tartus sobre os preparativos para a partida.
Então Tartus também olhou para Mirdrem e estendeu a mão para comprimenta-lo enquanto dizia:
- me desculpe por ontem esse velho aqui perde a cabeça com uma boa cerveja, eu acho que não me apresentei meu nome é tartus de vistoria eu sou o humilde capitão daquele barco.
   Tartus então fez sinal com a cabeça para apontar para um dos  barco que estavam no porto  Mirdrem olhou para o barco e apertou a mão de tartus dizendo:
- e meu nome é Mirdrem, mas acho que você já sabe disso.
  Audrir vendo Tartus e Mirdrem se apresentando falou :
- nós estamos vendo para partir amanhã de manhã, vamos para vila tempestade.
- hum entendo, mas se esse barco é o que nos vamos onde se encontra a tripulação?
Disse Mirdrem enquanto dirigia a sua pergunta a Tartus.
-  eu realmente não sei alguns devem estar preparando as coisas
No barco outros gastando seus dinheiros se é que você me entende haha. Mas gosto de deixar meus homem livres.
- uma boa ideia, então partiremos de manhã, não vejo Mirthus com vocês aconteceu alguma coisa?
-  não sei,ele saiu dizendo que ia beber por ai, se você vir ele pode falar para ele não beber muita já que vamos pela manhã ?
 - pode ser, eu já ia  dar uma volta pela cidade mesmo tem um tempo que não vinha aqui e ainda quero ir num epinemista(pessoa que se dedica ao estudo da medicina) para comprar algumas ervas. 
   Depois disso Mirdrem se despediu de Audrir, Tartus e Alengar e foi em direção a uma das ruas principais desaparecendo no meio da multidão.
   Ele finalmente tinha achado o local tudo graças a uma mulher a qual ele tinha perguntado onde ficava o epinemista mais próximo, ele agora estava de frente para a porta, então  abriu a porta para entrar na loja e sentiu uma baforada de calor que vinha de dentro isso o fez se sentir relaxado já que por conta  da chuva o dia estava relativamente frio.     Mirdrem fechou a porta atrás de si e a primeira coisa que viu quando entrou era uma prateleira cheia de plantas medicinais e diversos livros espalhados por todo o local ,Mirdrem  abriu caminho pelos livros tomando cuidado para não pisar em nenhum deles, até que quando se aproximou do balcão um homem que estava com um colete de lã preto e uma blusa branca por baixo perguntou:
-  Olá , desculpa a bagunça eu estava fazendo umas reorganizações,  Eu sou o epinemista Oscar Castino o senhor veio para uma consulta?
- Não, quero algumas ervas apenas.
-  quais?
-  um pouco de fosfezena, altarrão e mismerena.
- certo, deixa eu ver aqui
  Disse o homem enquanto abria diversas gavetas em busca das ervas e se inclinava para pegar  um pote que estava guardado bem no fundo, ele pegou o pote que estava cheio das folhas amarelas de fosfezena ( uma planta com propriedades anestésicas)
e o botou em cima de sua bancada, ele ficou encarando o pote por um tempo e então olhou para Mirdrem e segurando  o queixo com as mãos falou:
- então, como posso te dizer, estou com falta de fosfezena comum, tenho apenas a de alta qualidade então  vai sair um pouco mais caro .
- Sem problemas.
Oscar então abriu o pote,pegou um punhado de fosfezena e o guardou em um pequeno  saco branco, e foi assim por diante com o altarrão ( se ingerido pode  curar dor de estômago) e mismerena( se passado em uma ferida pode ajudar a desinfectar).
  Oscar entregou os três pequenos saco a Mirdrem e falou enquanto pegava um caderno onde anotava os preços dos produtos:
- deu cerca de 5 moedas de ferro.
Mirdrem guardou as ervas em uma pequena bolsa que ficava na parte esquerda do seu quadril enquanto pegava as 5 moedas de ferro e as entregava a Oscar. Depois disso Mirdrem agradeceu e saiu pela porta.
Agora do lado de fora Mirdrem percebeu que a chuva já tinha cessado mas mesmo assim o tempo  continuava frio e o  céu  nublado, ele então olhou pro céu para ver se tinha algum indício de que o tempo melhoraria, tudo parecia que continuaria do mesmo jeito mas tinha uma estranha nuvem que chamava a atenção de Mirdrem ele então forçou os olhos, já que sua visão não era das melhores, e percebeu que aquela nuvem que era estranhamente escura não era uma nuvem mas sim fumaça, não de uma lareira mas de algo maior, foi então que ele percebeu o leve cheiro de queimado no ar, curioso para saber de onde vinha a fumaça ele começou a seguir o cheiro de queimado até que chegou em uma praça, naquele momento os olhos de Mirdrem se encheram de espanto, ele viu uma multidão ao redor de um homem que estava com seus braços e pernas amarrados em um poste de madeira, tinha um monte  palha queimando intensamente, o  fogo começou a chegar cada vez mais perto do homem que gritava com todo a sua força e tentava se soltar, até que ele parou de gritar por desespero e começou a gritar de dor, Mirdrem então percebeu Mirthus na multidão e  chegando perto dele perguntou:
- o que tá acontecendo
  Mirthus com os braços cruzados olhou para Mirdrem e falou:
- Uma execução.

**obrigado por ter lido o capítulo 5 e  por favor se gostarem desse capítulo votem nele porque isso ajuda muito.**
 

   

MIRDREM - o matador de deusesOnde histórias criam vida. Descubra agora