Capítulo 3

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Um pequeno aviso antes do capítulo.
Muitos comentários perguntando sobre o livro do Enzo. Gente ele só será escrito após esse. Sei que estão ansiosos por ele, e fico muito agradecida pelas mensagens que vocês me mandam  empolgados, mas ele não será lançando ainda. Apenas quando esse for concluído. Boa leitura.

Manuela

Roupas, Shampoo, Condicionador, Necessaire de produtos de higiene e outra com maquiagem. Três biquínis. Meu notebook e alguns livros.

No fim da manhã eu já tinha lotado uma mala.

— Está levando roupa de frio? — Minha mãe termina de dobrar minhas roupas dentro da mala rosa choque.

— É uma casa de praia mãe, não um chalé na serra — Rio e ela dá de ombros.

— Pode fazer frio. Ainda mais tão perto do Mar — Ela faz questão de reforçar.

— Nessa época do ano não faz frio, mãe. Chove muito, mas frio não faz. Prometi levar apenas o necessário — Vou até meu armário e pego alguns pares de sapato — Qualquer coisa, tem uma cidade perto, posso comprar algumas roupas — Digo para deixá-la mais feliz. Ela assente e me ajuda a fechar a mala.

Deixo ela em pé do lado da cama. Passo a mão enxugando as gotas de suor da testa. Qualquer esforço extra me deixava suada e nojenta.

— Por que não toma um banho enquanto esquento seu almoço? — Afirmo indo para meu banheiro.

A água fria é muito bem-vinda e me deixa fresca e perfumada. Aliso minha barriga. Tenho me sentindo mais disposta, desde a minha tarde com o Gabe. Preciso esperar o momento certo para contar. Se eu esperar o momento certo, talvez, ele não me odeie tanto.

— Vem comer, filha — Escuto a voz da minha mãe e me enrolo na toalha.

Coloco um pijama fresquinho e vou para a cozinha, empurrando aquela barriga que não é nem pequena, nem grande, mas que me cansa muitíssimo.

— Come bebê — Me sento na bancada e encaro o prato repleto de beterraba, mais outros legumes.

Não questiono. Realmente minha alimentação precisa melhorar.

— Tem certeza disso? — Ela se senta com seu prato na minha frente.

— Sobre a beterraba? — Rimos. Eu sabia o que ela queria dizer.

— Sobre a viagem — Mordo um pedaço do frango e mastigo, pensando novamente que eu poderia contar a ela o meu motivo para ir, mas não podia pedir para ela guardar um segredo dessa magnitude do meu pai.

— Tenho. Por mais que o clima aqui em casa tenha melhorado, eu preciso desse tempo, entende? — Ela afirma um pouco triste.

— Às vezes tenho a sensação que não vai mais querer voltar para casa e eu me sinto perdendo minha caçulinha. Sei que é esquisito, até porque te criamos para ser independente como sua irmã, mas no meu coração você ainda é a mesma garotinha — Aperto sua mão.

— Eu te amo, mãe, mas preciso ir. Preciso fazer o que for melhor para nós dois — Digo, me referindo a mim e ao bebê.

— Eu sei, eu sei — Ela solta um longo suspiro e comemos em silencio.

***

Fiquei pronta bem antes da hora combinada. Não queria dar nenhum motivo para que o Gabe se arrependesse de me levar.

Aliso o vestido mais uma vez no corpo e ajeito a trança lateral que minha mãe fez nos meus cabelos. Passei até um pouco de maquiagem e me senti bem comigo mesma como a muito tempo eu não sentia.

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