Capítulo 2

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Só vou postar mais esse, porque ele não dá spoiler do livro da Isa e do Pedro. Espero que gostem e fiquem ansiosos hahaha


Gabe

Eu estava cansado e irritado. Andava trabalhando demais ultimamente para não deixar pendências. Tiraria trinta dias de férias para me adaptar a minha nova casa. Um sonho realizado. Mal dava para acreditar.

Foi um choque para meus pais quando contei que iria me mudar. Eles não gostaram. Acho que eles nunca pensaram que eu fosse sair de casa sem estar casado. Mas aqui estou eu, organizando tudo para minha mudança.

Meu celular toca. É Isabella, minha prima.

— Oi Isa, tudo bem?

— Sim. Enorme de gorda, toda inchada, mas estou bem — Ela brinca.

Isabella está quase dando a Luz a sua filha. A bebê pode nascer a qualquer momento e quando ela liga para qualquer um, entramos em pânico.

— Mas não te liguei por minha causa, é por causa da Manuela — Fala me preocupando.

— O que aconteceu com ela? — Pergunto preocupado passando a mão pelo cabelo.

— Ainda nada, mas se ela continuar do jeito que está, não sei o que pode acontecer — Meu couro cabeludo se arrepia. O que está acontecendo?

— Não estou entendo, Isa. Pode ser mais direta — Escuto seu suspiro.

— Manu não está bem, Gabe. Acreditamos que ela está depressiva pela gravidez. Já tentamos de tudo e nada a anima. Será que você podia dar uma passada lá? Tenho certeza que ajudaria muito.

Não conseguia entender em como eu conseguiria ajudar a Manu. Já que não somos tão próximos assim. Sempre nos demos bem, mas ela era mais nova e não participava das nossas farras. Olho o relógio do escritório e decido que já chega por hoje.

— Vou dar uma passada lá agora e tentar conversar um pouco com ela. Quem sabe levar ela pra tomar um sorvete? — Quase consigo ouvir seu suspiro de alivio dela.

— Seria ótimo. Obrigada, Gabe

— De nada. Qualquer coisa que precisar pode me ligar, ok?

— Pode deixar.

Encerro a ligação e coloco os papeis em ordem sobre a mesa. Desligo o notebook e guardo na minha pasta.

— Pensei que nunca fosse sair daí — Zoraide, secretária do escritório me repreende com um sorriso.

— Por hoje já chega, Zo. Só volto amanhã — O telefone da sua mesa toca e ela logo o pega para atender.

Aproveito para sair. Jogo a pasta no banco do carona e dirijo até o condomínio dos meus tios.

Sinceramente eu não estava preparado para o que presenciei. Manuela ficou deitada no meu peito por um longo tempo chorando e dormiu de exaustão. Me sinto mal por não ter feito nada a respeito, apesar de ter escutado várias vezes durante os jantares em casa que ela não estava bem. Que estava triste.

Mas nunca imaginei que ela estivesse nesse nível. Tia Fernanda estava arrasada e era de partir o coração o clima na casa.

Me senti feliz quando ela me convidou para a consulta, tanto é que mal me controlei quando a médica perguntou se queríamos saber o sexo do bebê.

É claro que ela me confundiu com o Pai e para não deixar minha prima ainda pior com isso, eu entrei na brincadeira.

Um menino. Não sei porque aquilo mexeu tanto comigo. Talvez porque ter um filho sempre tenha sido um dos meus sonhos.

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