Mais uma madrugada chegava, Jaemin estava a caminho para a sala de ensaios não havia combinado nada com Renjun como na noite passada ao menos trocaram algum diálogo após o de ontem, nenhuma mensagem, nenhum olhar nem mesmo um sinal de fumaça mas Jaemin estava disposto a mudar essa situação.
Ao se aproximar da enorme sala notou que a luz estava apagada, o silêncio estava presente e Renjun para a sua infelicidade não estava ali.
Ficou parado em frente a porta aberta raciocinando seus próximos passos, voltar para o dormitório, ir atrás de Renjun em seu quarto como na última vez, ele estava bem certo?
Não havia porque se preocupar, talvez Jaemin estava sentindo o peso da palavras que o entregou na noite anterior, cada frase agora vinha em sua mente o deixando confuso e culpado não deveria ao menos ter dito tudo de uma vez será que assustou Renjun? afastou Renjun? muitas indagações, muitas confirmações e condições se abrigaram na mente do rapaz que em passos lento caminhou para seu quarto.
A conversa com jeno não o ajudou muito só fez piorar sua situação porque agora Jaemin sabia, na verdade ele confirmou o'que seu coração estava lhe dizendo através de diversos efeitos Jaemin estava apaixonado perdidamente e completamente rendido ao sentimento que nutria a Renjun, sem ao menos perceber quando isso deixou de ser comum e se tornou um afeto desigual.
No começo o rapaz acreditava ser apenas um admirador da arte que Renjun produzia, sabia disso amava ver o corpo do menor em perfeita sincronia com a melodia que parecia se encaixar plenamente com os movimentos que ele criava.
Mas dessa vez Jaemin se pegou imaginando a imensa vontade que tinha em levar Renjun ao observatório novamente, em ouvi-lo falar sobre as coisas que acredita e desacredita, gostaria de ouvir a voz doce do rapaz cantando a sua música favorita, ansiava para vê-lo admirar as estrelas e ser tão encantador como elas Jaemin estava encrencado em uma grande confusão de sentimentos.
Com o celular em mãos rapidamente pos a ligar para Renjun.
— Renjun? - Disse calmamente, com certo medo de estar acordando o rapaz.
— Jaemin? - Respondeu o outro com a voz normal, não parecia estar acordando constatou Jaemin.
— Wow, você está acordado! - Jaemin disse mais pra ele do que para o garoto.
— Você também - Riu baixinho- e são tipo, três horas da manhã?
— Ta’ tarde mesmo - Jaemin se espantou e apressou a fala. - Desculpa te ligar uma hora dessas Renjun, desculpa eu nao quis te incomodar, hmm… vou desligar até mais.
— Jaemin calma - O garoto o tranquilizou - Tudo bem tá tarde mas voce não está incomodando. - Continuou com a serena voz.
— Tem certeza? você não vai dormir? está sem sono? - Sua fala ainda era rápida.
— Não, aconteceu uma coisa e eu tava mesmo querendo falar com alguém. - Renjun disse calmamente.
— Oque houve? - Jaemin soou preocupado e o menor achou adorável.
— Bom, eu estava na minha cama quase dormindo e senti muita sede, mas Jaemin era de madrugada e única coisa que eu tinha era minha garrafa de água que eu sempre deixo no degrau da escadinha da beliche.
Renjun contava com todo o entusiasmo e Jaemin ouvia cada palavra atentamente.
— Mas a garrafa não estava lá, e quando eu perguntei pro jisung ele disse que não a viu.
— Agora você está sem garrafa de água?
Jaemin não entendia aonde Renjun queria chegar mas tinha que admitir amava ouvir a voz do rapaz então se sentia confortável ouvindo ele falar sobre qualquer assunto.
— Não nana! na verdade sim eu estou sem garrafa de água - Sua voz parecia óbvia e Jaemin riu baixinho- Acontece que agora eu encontrei ela debaixo da cama…
— Ahh, ainda bem, né? - Jaemin percebeu que estava sorrindo bobo.
— Não nana! - Voltou a repetir com o tom óbvio - Não entende? Nem eu e nem o jisung colocamos a garrafinha lá.
— Ahhhh - Não, Jaemin não entendia.
— Você sabe? será que pode ter sido …
Chenle! Jaemin pensou mas nada disse.
— Eu não sei, oque você acha? - Jaemin gostava mais de ser ouvinte de Renjun.
— Talvez, um fantasma. - Disse por fim com a voz baixinha e Jaemin ficou em dúvida, ele estava mesmo falando serio?
Renjun parecia realmente estar falando serio e Jaemin não poderia achar tal pensamento mais adorável.
Desde que conheceu o chinês não tinha uma ocasião em que o menor deixou de ser tão amável a maneira como pensava era brilhante e sincera Jaemin se encantava por sua forma de dizer o que pensava tão abertamente foi assim quando conversaram com as luzes apagadas na primeira e única vez que dormiram juntos, foi assim no observatório quando Renjun não se envergonhou em dizer que acreditava na existência de aliens e agora estava ali confirmando que um fantasma havia de ter pego sua garrafa, Jaemin sorria e se sentia um bobo mas pelo menos não estava na presença física de Renjun então não precisa disfarçar que era realmente um bobo por Renjun.
— Sendo assim, é melhor você tomar cuidado Injunie. - Jaemin alertou.
— Não nana, acho que esse fantasma só quer se divertir comigo, não está afim de me assustar realmente. - Renjun parecia tranquilo com aquele assunto.
— Sendo assim espero que se divirtam juntos.
Assim seguiu a conversa até Renjun pegar no sono, falaram sobre tantos assuntos que Jaemin percebeu ser mais parecido com o outro do que imaginava.
Na manhã seguinte Jaemin se sentia completamente leve e se perguntou se esse era mais um dos efeitos que Renjun causava em seu sistema, tentou retomar o controle de sua silhueta que continuava a marchar para perto do chinês.
— Nana. - Renjun cumprimentou o rapaz que parou em sua frente.
Jaemin se arrepiou gostava muito desse apelido e passou a amar ainda mais quando proferido na voz melodiosa de Renjun.
— Oi Injunie, hummm eu tava pensando - Ditava calmamente pensando em cada palavra que escolheria para direcionar ao garoto. - Sabe, a gente pode ensaiar juntos essa noite?
Renjun com o olhar natural prestando total atenção na fala do outro respondeu com um aceno que foi o suficiente para Jaemin sentir um rubor tomar conta do seu rosto.
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obrigada por ter lido.
próximo capítulo será o último então por favor não desistam de ler juro que será lindo, farei o meu melhor.
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mercúrio. renmin
FanfictionOs olhos amendoados cintilavam ao contemplar tamanha arte que era observar a silhueta de Renjun. Esse vício já havia se tornado rotineiro não existia uma noite sequer em que Jaemin não caminhava em direção a sala de danças apenas espioná-lo em secre...