CRIMINAL MIND

UM. UMA FOLGA?

N/a: a inspiração bateu... e eu prometo a vocês uma estoria nada infantil, que tentarei ao máximo fugir dos clichês adolescentes, com vários plot twists...  vocês não verão uma Camila adolescente, frágil, boba nem pobre. então tem camren sim! porem a estoria não gira 100% em torno disso e sim pela ótica da jovem delegada, e seus conflitos internos e externos, do cotidiano, logo as coisas que acontecerão na fic sao consequências e não regras!

Espero que gostem...

Camila POV

Sentia como se meu corpo estive recarregando, repousando no meu macio sofá, Matthew fazia uma massagem relaxante em meus pés. Mas o cansaço estava em minha mente, a tv soava ao fundo com um filme qualquer que não versasse sobre ação, crimes ou assassinatos, porque disso minha vida já era cheia.

Apesar de estar saindo com Matthew a apenas 4 meses, sentia que ele poderia me proporcionar uma vida mais normal. Raramente conseguia conciliar minha vida como delegada da divisão de homicídios. Já era para eu ter me acostumado apesar de ter sido transferida a apenas três anos pelo bom desempenho...

Sempre tive bom desempenho em tudo que me dediquei na vida, desde e a faculdade até a dedicação pelas carreiras públicas, o orgulho dos pais desde o ensino médio, ao contrário da minha irmã que infelizmente era totalmente o oposto.

Me sentia grata por tudo que vivia, apesar de ter um trabalho complexo e um tanto difícil em vários aspectos, foi o que me proporcionou uma vida confortável. Um bom apartamento, um bom carro e independência financeira o que mais eu poderia querer?

O telefone vibrando e tocando na mesinha de centro me arrancou dos meus devaneios, logo estiquei-me para atender o smartphone sem ao menos identificar quem ligava.

_Alô?_ perguntei preocupada, aliás já se passavam das 01:00 da manhã.

_Camila sou eu o Jeremy, precisa vir até aqui, temos uma ocorrência e a equipe e está te aguardando. Comunicava o chefe do departamento de homicídios.

_Jeremy você sabe que hoje é A MINHA FOLGA! Não tem ninguém de plantão no meu lugar?_Perguntei extremamente irritada.

_Normani está no plantão, mas acredite é coisa séria! Esteja aqui o mais rápido possível!

_Mas Jer..._Droga ele realmente tinha desligado na minha cara?

Levantei-me do sofá bufando vestindo minhas botas de cano curto, e procurando minha jaqueta de couro.

_Camila quem era? O que aconteceu? _perguntou Matthew com olhar de espanto.

_O de sempre! Problemas..._que merda onde coloquei minha jaqueta?

_Mas você disse que hoje era sua folga... por isso vim pra cá!_ Tentava argumentar Matthew.

_Era! _respondi vestindo minha jaqueta.

O semblante chateado dele me deixava explicito que era impossível tentar conciliar meu trabalho com qualquer relacionamento. Não se pode ter tudo pensei.

_Me desculpe...eu realmente tenho que ir._ Lamentei me olhando para o fino relógio de couro em meu pulso.

_Ok, toma cuidado, e... me avise se precisar de algo_respondia sem me olhar, amarrando os cadarços do sapato.

Peguei as chaves na mesinha de centro e me dirigi até a porta, lançando um último olhar para ele que parecia estar de partida.

_Se quiser ficar aqui... eu não sei quando volto, mas...

_Não, não se preocupe já estou de partida._interrompeu-me.

_OK._respondi extremamente sem graça pelo situação. Antes de sair apressada até o estacionamento do prédio.

Eu nunca poderia fazer promessas sobre horário. Porque afinal de contas eu nunca tinha certeza se realmente voltaria para casa. Isso é um trabalho de risco, então o voltar para casa se chama esperança.

Com a mão sobre o coldre da minha cintura me dirigi a minha Bmw x1, olhei em volta e tudo estava seguro. Essa era minha rotina.

Trafegava em alta velocidade pelas ruas de Miami enquanto notava meu celular no banco do carona vibrar e tocar, Jeremy aparecia no visor sobre a foto do senhor de bigode e cabelos grisalhos.

_Estou chegando porra!_dizia pra mim mesma ao aproximar-se do semáforo, quando finalmente me aproximei o sinal fechou.

_Merda!_Exclamei ao socar o volante.

Bufei fazendo minha franja levitar. E em instantes estava estacionando ao departamento de polícia. Apelido pelos internos de : Samara... ''Ele nunca dorme''.

Nem eu pelo jeito.

Entrei desajeitada na sala de Jeremy, não tinha ao menos dado tempo de passar um batom!

_O que houve Jeremy?_perguntei com olhar de cansaço puxando uma cadeira para sentar-me.

_A onde você estava! Estou te ligando a meia hora!_exclamou intrigado.

Cerrei os olhos propositalmente para a pergunta retorica dele, e o mesmo se conteve.

_Houve o de sempre, homicídio violento._disse me repassando uma fixa de atendimento emergencial colhido por telefonema.

_Não poderia pedir para a agente Normani cuidar disso?_perguntei enquanto corria os olhos pela folha com as informações superficiais sobre o caso.

_Como pode ver parece complexo. Outro caso que se assemelha ao de Frederic Lombroso._olhava me como se eu estivesse encrencada.

Merda tomara que não se assemelhe como ele diz. Eu já estava com o caso de Frederic sem solução a três fucking meses! Era um quebra cabeça para mim. Literalmente. Nunca me esqueço daquela cena de crime dentro do próprio apartamento um pai de família brutalmente assassinado. Deixando duas filhas pequenas e uma esposa desolada. E sem solução até o momento. Solução esta que eu estava sendo cobrada no departamento e pela mídia incansavelmente.