O que pode acontecer quando um rio manso encontra a fúria de um mar revolto? Uma alma mergulhada em trevas pode encontrar conforto em alguém que a desafia e não demonstra medo? Em uma terra envolta de coisas inexplicáveis. Deuses com atitudes dúbias...
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(You and Me — LifeHouse ♪)
Sentada no grande quarto, a Rainha olhava à sua volta ainda com inúmeras dúvidas. Ela tinha sentido a presença de Ares na batalha, e certamente a influência do Deus da Guerra a havia feito perder o controle depois de muito tempo. A raiva, a dor e toda sua escuridão tinham vindo à tona, e por um segundo, ela achou que voltaria a matar sem controle e por diversão. Em partes, Lucius a fez não se perder por completo, mas havia sido o lobo de Emma, que a fez voltar a sua sanidade completa. E a experiência com Sif ainda estava fresca em sua mente, e ela não sabia como explicar, mas sentia Emma por perto.
— Você também a sente, não é menina? — Regina disse a Sif. Ela não precisava de uma resposta, pois já a sentia.
Ela havia pedido à Etérea que permitisse que o animal ficasse com ela. A jovem Lady da casa Solari não conseguiu resistir ao belo sorriso da Rainha e lhe concedeu facilmente o simples pedido. Agora em um lugar calmo e tranquilo e na companhia de Sif, Regina pensava incessantemente em Emma, o forte desejo de partir para vê-la, abraçá-la e poder olhar em seus olhos crescia como as chamas que ardem em meio a uma fogueira recém-acesa. Parecendo compartilhar do mesmo sentimento, Sif se aproximou da guerreira e sentou sobre seus pés, apreciando a sua companhia, enquanto continuava pensando em Emma.
Antes de voltar às obrigações diplomáticas, a guerreira tomou uma decisão difícil, mas que julgou ser a mais sensata. Poucas vezes em sua vida Regina tinha se mantido longe de seu falcão principalmente em épocas de crise, apenas quando Hórus estava doente ela se separava do pássaro. E embora a parte sentimental falasse alto, ela não voltou atrás em sua decisão. Escreveu uma breve mensagem, e chamou por Hórus. O falcão veio até a janela e pousou no parapeito, Regina foi até ele e lhe fez um pedido.
— Preciso que vá até ela e lhe entregue uma mensagem. — Ela pediu.
Hórus gritou baixo, como sempre respondendo do seu jeito, e a Rainha, sabia que era um, sim, em troca, afagou a cabeça do falcão e o alimentou. Minutos depois, a Rainha se despedia de Hórus. Era hora de partir.
