08 | Passado presente

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(Wrong — Zayn, Kehlani ♪)

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(Wrong — Zayn, Kehlani ♪)

Emma foi chamada por Lucila até a guarnição de Millos. O fato deixou a jovem serva completamente nervosa, ela se lembrou de que ser chamada pela cozinheira chefe da conquistadora não era boa coisa. Lucila não a tratava mais com rispidez ou lhe vigiava, mas Emma não queria arriscar ter feito nada de errado. Emma se apresentou no grande salão e Lucila a cumprimentou com certo sarcasmo.

— Bem, parece que você será promovida.

— Mas eu não fiz nada em especial, para ser promovida. — Emma tentou explicar.

— Eu sei, menina, você fez um bom trabalho na cozinha. — Lucila a interrompeu. — Só que agora não é mais um teste, você só cuidará das coisas da nossa soberana. Isso aqui é para você. — Ela ofereceu a Emma um belo vestido, mas a jovem permaneceu onde estava. — Não tenha medo, menina, pegue. Você precisará dele hoje à noite para a sua última tarefa.

— Hoje à noite?

— Sim. — Lucila lhe deu seu melhor sorriso e Emma acabou sorrindo também. — Você vai auxiliar no grande banquete.

Emma pegou o vestido e começou a olhar os detalhes. Há tanto tempo não, vestia algo de boa qualidade, ter aquele simples vestido era um luxo para ela.

— Ele é lindo.

— Espero que não haja reclamações. — Lucila confessou com uma falsa rudeza. — Eu mesmo o escolhi para você, então não reclame porque não estou com paciência para ouvir lamentações.

— Obrigado. — Emma agradeceu e Lucila sentiu a gratidão na voz da menina. E Emma pode perceber que aquela carranca emburrada da velha cozinheira era apenas superficial, no fundo Lucila tinha um grande coração.

— Pare de me bajular, menina, vá experimentar o vestido. Se precisar de ajustes já pedirei que me chamem uma costureira. Emma ignorou a falsa braveza da cozinheira e começou a rodopiar com o vestido nas mãos, ela estava encantada.

— Eu nunca tive nada igual, o tecido e a costura são lindos.

Lucila apenas observou a alegria da menina com algo tão simples. Ela percebeu que sua Rainha estava certa. Emma era uma boa pessoa, inocente e vítima de um destino cruel e ela jamais apresentaria perigo a ninguém. E muito menos a desobedeceria por maldade. Naquele momento a idosa se sentia culpada por julgar mal a menina, e esperava que o pequeno gesto pudesse marcar um recomeço entre elas.

As Cronicas dos Setes ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora