CAPÍTULO NOVE

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— ENTÃO VOCÊ VAI mesmo? — Charlotte me perguntou sem desviar os olhos da tela de seu celular, debruçada em minha cama

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— ENTÃO VOCÊ VAI mesmo? — Charlotte me perguntou sem desviar os olhos da tela de seu celular, debruçada em minha cama.

— É claro que vou. — Respondi enquanto espalhava algumas peças de roupas pelo tapete, pensando que seria mais fácil se eu pudesse ter uma maior visibilidade dos conjuntos assim. Porém, apenas resultou que eu deveria recolher os milhares de tecido mais tarde, parecendo uma criança mimada e emburrada quando não encontrava a perfeita.

Charlotte ainda não havia saído de seu jogo desde que entrara em meu quarto, e o barulho irritante e repetitivo quando o personagem atingia mais um nível não deixava de ecoar pelo quarto.

Ela me disse que também pretendia ir, e então, combinamos de nos arrumar juntas e evitar de chegar sozinhas no lugar. É sempre bom estar bem acompanhada nesse tipo de festas.

— Dou menos de cinco minutos pra você amarelar. — Ela disse virando de bruços, me provocando uma careta ainda mais carrancuda.

Não ter uma peça de roupa adequada era um motivo suficiente para amarelar, e então Charlotte estaria certa. Eu nunca havia me sentido tão encorajada a ir em algum lugar, e depois daquilo minha coragem toda fora embora.

Mas definitivamente não gostaria que pensassem algo assim de mim, não mais.

Não queria partir deixando uma imagem de uma princesa medrosa e sem atitude. Eu tinha que mostrar meu verdadeiro interior.

E então, quando bati os olhos na porta do closet uma esperança se ascendeu, talvez eu pudesse encontrar algo além de vestidos de bailes e eventos chiques. Peguei da cabeceira meu cartão-chave, o usando para destrancar a porta.

Charlotte pareceu revirar os olhos. Ela já estava pronta, de maquiagem feita e um vestidinho amarelo em um tom pastel muito fofo, deixando seu ar ainda mais delicado – O que não era verdade.

— Ahá! — Disse, vitoriosa quando sai do closet com dois vestidinhos mais curtos; um rosa claro, e outro azul marinho bem rodado, ambos de alcinha e saias por meio da metade da cocha.

— O azul, com certeza. — Ela disse, dando uma olhada rápida para o vestido.

Que também, por sorte fora o meu favorito.

— Vai ser esse mesmo. — Devolvi o outro para o cabide, e logo estava apenas de roupas íntimas, fechando o zíper do vestido com o maior cuidado, evitando que minha pele prendesse junto a ele.

— Ótimo, agora termine de se arrumar e vamos logo.

— Já estou pronta. — Disse retirando a toalha de minha cabeça e deixando livre os cabelos molhados e rebeldes.

Charlotte fez uma careta.

— Tá zoando. — Ela se levantou da cama, indo em direção a uma maleta de maquiagem e , depois de analiza-la por um instante e verificar seu conteúdo, pegou a caixinha de veludo azul onde eu guardava o colar que Adelina havia me dado. Presente que eu não usara até o momento que ela estendeu para mim, demonstrando que eu deveria usá-lo.

A princesa do jardim de borboletas Onde histórias criam vida. Descubra agora