Capítulo 27: Um Pedido de Socorro

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Haru narrando

O que as pessoas costumam lamentar no banheiro, enquanto a cabeça está debaixo do chuveiro e a água desde pela seu corpo, acompanhando o ritmo que ela mesma proporciona? Estudos? Família? Relacionamento? Decepções? E tudo isso leva ao mesmo lugar, onde de certa forma podemos tentar encontrar um conforto, alguma resposta do que fazer da vida. Cada vez que pesava no que poderia ter acontecido com Krystal socava a parede imunda e fria, não queria ficar pensando em desastres ou algo do tipo.

Fazia uma hora desde seu sumiço, ninguém havia chegado em casa ainda. Certamente devem está na polícia implorando ajuda.

Você não está errado Ken, e eu posso dizer isso. Sabia que toda culpa era minha, que tudo não passava de uma forma de me atingir de Ryu estiver envolvido, mas cair a minha ficha quando outra pessoa diz é extremamente perturbador. Como se não importasse o quanto você quisesse ser bom, tudo que é ruim acontece com quem está ao seu redor. Como se fosse uma maldição.
Me desapeguei do chuveiro, permitindo que meu corpo respirasse. Coloquei uma roupa casual, sabia que não ficaria em casa pois não conseguiria, então me arrumei de forma adequada.

Em seguida fui para o quarto de Krystal, onde tocando pela lateral da porta entrava devagar observando o que tinha lá. Bem do lado tinha uma mesa branca com algumas gavetas e um espelho na parte de cima. Um pequeno ursinho de pelúcia que talvez tenha ganhado no parque estava escorado no espelho, o peguei.

Krystal, eu falhei com você?

Passava o polegar nele enquanto meus olhos rodeavam pelo quarto, e era como se a visse fazer cada coisa, tocar em cada objeto, se olhar no espelho, deitar-se na cama. Estava sentindo culpa, culpa de não ter dado meu melhor por ela, pensei que ficando longe eu...pudesse protegê-la.

Meu celular vibra no meu bolso nesse momento. A atenção vem junto com um pequeno espanto por está concentrado.

Me encontre onde tudo entre a gente começou. E não envolva a polícia Haru, não queremos que sua namoradinha sofra. As 8:00 pm, não se atrase.

Ler aquela mensagem não me deu uma sensação de agonia. Ryu estava com ela e eu irei atrás, custe o que custar.
Sai do quarto determinado, coloquei aquele pequeno urso no meu bolso. Precisava que algo me desse força, e aquilo me lembrava ela. Ainda em restava 10 minutos e não era tão longe assim para onde tinha que ir, era um pequeno beco atrás do mercadinho perto do parque. Eu só sei que tinha ir.

Quase perto do local escondi meu celular muito bem escondido, para que ele não suspeitasse de nada. Entrando no beco me restava dois minutos para que me encontrasse lá. Estava escuro e apenas uma luz iluminava, não era o suficiente para aquela escuridão feroz.
Vi uma figura aparecer na ponta do beco, estava com uma máscara e não o reconhecia, não fiquei com medo. Então de repente ouvi um assobio atrás de mim e me virei, foi aí que recebi uma pancada forte na cabeça e apaguei.

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Estava sendo arrastado, não estava totalmente consciente ainda, porém aos poucos conseguia ver o teto e as falhas que tinha nele, estava um pouco escuro, mas bem nítido. Desmaiei novamente.

Abro os olhos gemendo de dor, minha cabeça doía, não lembro exatamente com o que eu fui acertado, mas me deixou muito destruído, confuso e perdido. Estava sentado no chão com uma corda grossa nos pulsos, presas em uma barra de ferro. Vejo Krystal na minha frente desmaiada.

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