Capítulo 17: Choro da "Morte"

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Hideki narrando

Eu gostava o jeito que se divertia, como se fosse o único dia que lhe restasse na vida, uma criança sem motivos para parar de se divertir. Aimi ia em quase todos os brinquedos infantis com Rin. Eu e Rina observando de longe os dois, ela ria vendo seu filho se divertir, mas isso não era tudo, sempre me fitava procurando alguma coisa.

ー Ela é incrível. ー Diz cruzando os braços delicadamente.

ー É, ela é. ー Poderia ter escorrido uma baba da minha boca.

Rina riu cobrindo a boca. Me toquei e tentei recuperar a postura.

ー Você está gamadinho nela. ー Dá um pequeno tapa no meu braço.

ー Apenas trabalhamos juntos, sou o chefe dela, tenho grande respeito e carinho por ela ー Me defendo.

ー Mas? ー Fez um gesto com a cabeça para que eu continuasse.

ー Eu não sei ー Cai na real ficando cabisbaixo.

ー Sabe o que eu acho? ー Faz o que eu fique atento ー Que você é péssimo nessa questão de mulheres ー Sorrir me fazendo fazer o mesmo ー Você é um garoto incrível, ela seria uma tola se não notasse isso. E eu acho que ela gosta de você.

ー Você acha mesmo? ー Levantei uma das sobrancelhas confuso.

ー Vai saber né, mas e você? Gosta dela?

Aquele pergunta me pegou de surpresa, porém nem tanto assim. Nossa conversa foi interrompida quando os dois se aproximaram e estavam exaustos. Rina de alguma forma tentou escapar com seu filho, fazendo de tudo para nos deixar sozinhos, ela piscou para mim quando tomou distância.
Chamei Aimi para andarmos um pouco.

ー Vamos na montanha russa? ー Diz toda animada.

ー Nem pensar ー Desvio do caminho.

ー Que foi? Tá com medinho? A criancinha vai chorar? ー Faz uma voz de dengo.

Boquiaberto ergo o dedo indicador me virando duro.

ー Olha aqui, queridinha ー Balanço o pescoço ー Eu não tenho medo ー Com o indicador a empurro no ombro.

ー Ah é? Então prova ー Retribui me empurrando no ombro com o indicador.

ー Tá bem ー Balanço a cabeça ー Vamos...nesse brinquedo ー Coloco as mãos na cintura.

Aimi sorrir e vai na frente dando pequenos pulinhos rumo à montanha russa, parecia a chapeuzinho vermelho pela floresta. Sorri sarcasticamente e comecei segui-la a imitando naqueles pulos. Tornei mais feminino acenando e mexia bem o quadril.

ー Isso, vamos dançando para a morte. ー Digo baixo imitando sua voz.

Desviava da multidão continuando com aquilo.
Apesar de termos ficado um tempo na fila, não parava de balançar minha perna e roer as unhas. Quando chegou nossa fez, me segurei para não sair correndo dali, aquele brinquedo era enorme. Íamos na ponta, antes de entrar, olhei o tamanho daquilo e colocando a mão no peito quase desmaio.
Entramos e olhava de um lado para o outro super nervoso.

ー Não precisamos ir se não quiser ー Aimi esclarece.

ー Tá bom ー Levanto rapidamente colocando a perna para fora.

ー A não ser ー Me fez parar ー Que queira ser zuado por mim por todo o ano, pó pó.

Respiro fundo e volto a me sentar.

ー Você é cruel mulher. ー Mostro negação.

Ela abre um sorriso de vitória fazendo seus olhos ficarem pequeninos e quase fecharem.

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