04 - so tired

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Pode conter erros de ortografia.
Boa leitura ;)

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O híbrido acorda com o barulho de algo estalando, quando levanta e caminha até a cozinha, ele vê que o barulho vem de uma caixa de metal onde á madeira dentro que está com fogo.

- Olá jovem, venha! O leite já está quente - Amélia aponta para um copo que contém algo de coloração branca.

Se aproxima dela e senta na cadeira que está na frente de uma bancada? Mesa? Realmente ele não sabe.

Sempre desconfiado, cheira o copo com o líquido dentro e gosta do que sente, assim bebendo todo o líquido e aos poucos se familiariza com o sabor.

- É bom - conclue.

A mesma assente e se senta ao seu lado, e isso faz o híbrido entrar em estado de alerta pela aproximação repentina.

- Acho que vocês gostam de carne fresca não é? - pergunta duvidosa - Eu fiz esse bife mal passado, espero que goste.

Carne.

Pega o pedaço de carne que ainda escorria um pouco de sangue e vai cortando os pedaços com suas unhas e em seguida come eles.
Para si, o sabor de uma carne com sangue é indescritível, porém, ainda sim o híbrido consegue sentir que ela não é fresca, no entanto, ainda é saborosa.

De repente um arrepio percorre por todo corpo, como se estivesse sendo observado.

Para ele o odor que está no ar é de...

- Pelo visto eu acertei - ela afirma - Você já a...

Sua fala é interrompida por um tiro que acerta sua testa. O soldado arregala seus olhos com a surpresa, logo se abaixando para que não esteja na mira do atirador.

- Amélia - sussurra com pesar.

Seus olhos se enchem de lágrimas, lágrimas que deixam suas orbes felinas brilhosas, porém, o menor não deixa elas caírem, ele engole em seco a vontade de chorar ao ver o corpo já sem vida da senhora que o ofereceu abrigo, seu coração não bate e sua respiração parou.
Seu corpo agora é só uma casca vazia, porque sua alma foi para um lugar melhor, um lugar tão bom quanto seu coração.

— Me desculpe — sussurra choroso — Você não merecia isso.

Lentamente levanta, deixando o corpo de Amélia sem vida sobre o chão frio, em seguida olha de relance para a senhora e depois desvia para a porta.
Seu corpo ferve de ódio.

Ela não merecia, era só uma pobre senhora bondosa.

- SAIA DESTE CASEBRE 72!!! - algum humano berra do lado de fora, pela sua voz o híbrido  calcula que o mesmo está a uns 10 metros de onde se abriga - SEI QUE PODE ME OUVIR, SAIA AGORA!.

A íris do globo ocular de Louis se estreita até que o mesmo consegue realmente o olhar semelhante a um animal selvagem, suas garras crescem absurdamente e suas presas também.
O híbrido corre para a frente da porta sem se importar se a mesma estava fechada, ele quebra a porta só com seu corpo.

Os soldados começam a ficar apavorados porque porra!, eles estão enfrentando simplesmente o híbrido 72, o único sobrevivente de incríveis nove guerras.
Eles sabem muito bem o monstro que criaram, as inúmeras cirurgias que fizeram em seu corpo para terem mutações genéticas extremamente parecidas com a de um tigre siberiano.

O que só eles sabem é que Louis é quase um híbrido de três espécies:

Humano;

Tigre siberiano

Projeto 72 / L.S (EM CORREÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora