| Capítulo 21 |

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Me levanto o mais rápido que posso e sigo para o hospital que fica à apenas um quarteirão daqui

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Me levanto o mais rápido que posso e sigo para o hospital que fica à apenas um quarteirão daqui. O médico disse que as enfermeiras ouviram os gritos de uma criança e quando chegaram no quarto Manu estava vomitando sangue.

Sinto meu coração bater cada vez mais rápido quando me aproximo do hospital. Por que tudo isso está acontecendo comigo? Por que simplesmente não podemos ter um momento de paz? Tento buscar forças, por ela e pelos meus filhos.

Assim que entro no hospital sou contido por dois seguranças.

- Me solta, minha esposa está aqui. - grito tentando me soltar dos braços de duas muralhas. Foda-se eles, eu vou ver minha esposa.

- Calma senhor. - fecho a cara para os dois homens que não tem expressão nenhuma no rosto.

- Derek. - desvio minha atenção dos homens e olho para a entrada do hospital onde surge Antony e Karol. - O que está acontecendo? - Karol pergunta encarando os homens tão puta quanto eu.

- Não querem deixar que eu veja minha mulher, mas eu vou entrar de qualquer jeito. - ameaço e então Karol se joga em meus braços.

- Ela vai ficar bem não vai tigrinho? - a repreendo com o olhar por me chamar assim no meio desses caras que estão segurando o riso. - Desculpa. - pede arrumando seu vestido.

- Eu estou tentando ter fé que tudo vai passar logo Karol. Eu preciso vê-la.

- E você vai não é mesmo Antony. - o vejo engolir seco porque ela está querendo que o pobre homem enfrente os valentões. Sinto vontade de rir, mas no fim o que vale é a intenção de ajudar.

- Tudo bem senhor, você pode entrar porque é o marido. Os demais terão que aguardar o horário de visitas. - Afirmo com a cabeça e agradeço aos meus amigos por estar aqui.

Dou um abraço nos dois e entro no longo corredor que leva aos quartos. Sinto muito medo, medo de perder a mulher que eu mais amei na minha vida e não saber lidar com isso.

- Desfibrilador. - ouço uma enfermeira gritar. Olho pela janela de vidro e sinto meu corpo gelar ao ver que se trata da minha pequena gatinha. 

Uma mulher me encara do outro lado do vidro, parece sentir a minha dor, talvez nesse momento ela seja mesmo palpável. Ela balança a cabeça e fecha com persiana. 

Vejo uma grande movimentação no corredor. Um homem corre com uma maca e entra no quarto, enquanto eu continuo imóvel. Posso ouvir o som dos meus batimentos tilintarem em meus ouvidos, minhas mãos estão suando como se estivesse sob um calor infernal, minhas pernas estão fracas e sinto que a qualquer momento elas podem ceder.

- Filho! - minha mãe grita quando bato meus joelhos no chão. Ela se abaixa e me abraça com toda a força do mundo, eu ainda me sinto vazio. É como se toda a esperança tivesse deixado meu corpo e meu coração, nenhum fio de fé restou em meu peito e sinto que meu mundo está caindo. - Meu menino, eu estou aqui.

Eu, você e eleOnde histórias criam vida. Descubra agora