PRÓLOGO

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A plateia estava paralisada, a cena tantas vezes ensaiada tomando vida, tirando o fôlego de todos na sala e mantendo dezenas de olhos vidrados no revólver calibre 38 que a vilã apontava para o mocinho. A atmosfera do local parecia densa e todos os atores sabiam o que estava por vir quando Florence puxou o gatilho.

O estrondo causado pela arma foi espantosamente mais alto do que o que estava acostumados a ouvir nos ensaios. Anson caiu de joelhos, levando as mãos trêmulas ao lado esquerdo do peito e levantando-as na altura dos olhos, lágrimas escorreram ao constatar o sangue que as manchava, a dor atingiu seu corpo com violência e o rapaz caiu.

Do outro lado do palco sua parceira de cena se encontrava em estado de choque, os olhos vidrados no garoto agora caído, e as mãos veementemente presas ao revólver com o qual ela acabara de ferir seu amigo. Ela também caiu de joelhos se rendendo a fraqueza que havia tomado conta de suas pernas, tremia da cabeça aos pés e com dificuldade conseguiu se livrar da arma que se encontrava presa em suas mãos pelo gatilho. O pranto tomou conta da menina e um grito apavorado escapou pela sua garganta. O grito pareceu acordar todos os presentes que até então não conseguiam se mexer de seus lugares por conta do espanto, e então, deu-se início ao pandemônio.

Pessoas corriam desesperadas em direção a saída do anfiteatro e outras simplesmente permaneceram em seus lugares ainda em choque, pais protegiam suas crianças como se houvesse ainda algum perigo no ambiente, professores pediam calma aos jovens desesperados ali presentes.

De trás da coxia saiam vários adolescente desnorteados, cada qual com um figurino diferente. Kevin foi o primeiro a correr em direção ao amigo baleado.

⎼ Vamos lá Anson levanta pelo amor de Deus... ⎼ disse em tom baixo dando alguns tapinhas no rosto do rapaz que se esforçava para se manter acordado, a cor se esvaindo de sua face. ⎼ ALGUÉM LIGA PRO SOCORRO! ⎼ Kevin bradou desesperado ao assistir o amigo se render a dor e seus olhos se fecharem.

Foi Vivian Forbes, a professora de teatro quem tomou as rédeas da situação. A mulher imediatamente sacou o celular discando o número da emergência enquanto se ajoelhava e com uma das mãos checava o pulso fraco que Anson mantinha.

⎼ Alô emergência?! Enviem imediatamente uma ambulância em direção a Rydell High, o filho do xerife foi baleado. 

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Nota das autoras: Olá, sejam bem vindos! Desejamos a todos uma boa leitura. Não se esqueçam de deixar seus votos e cometários caso tenham gostado deste capítulo inicial, criticas construtivas são bem vindas também! Continuem acompanhando, em breve daremos continuidade a história.


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