Ruggero:
As pessoas têm um sistema de proteção próprio. Algumas nascem com ele, outras o desenvolve com o tempo, mas todas, em algum momento, vão ignorar todos os alertas e fazer algo que sabem que não deveriam. E esse é o meu momento. Minha cabeça grita que eu não deveria deixar Karol me guiar para o quarto dela, mas só sinto a boca dela na minha, então deixo que ela o faça.
A encosto na porta assim que escuto o barulho da mesma sendo trancada outra vez. Sinto ela sorrindo enquanto suas mãos desabotoam, sem muita pressa, a minha camisa, que logo é jogada no chão ao mesmo tempo que o casaco que eu usava por cima. Ainda uso uma camisa preta e logo sinto suas mãos a adentrarem enquanto sua boca volta a minha para um beijo rápido antes de se afastar de novo para que minha camiseta conheça o chão.
Seu olhar percorre meu corpo e ela sorri mordendo o lábio inferior. Se isso já me descontrolava quando pessoas estavam ao redor, agora, sozinhos, que eu não consigo ouvir meus pensamentos mesmo. A seguro pelo pescoço e voltamos a nos beijar, agora com mais intensidade. Minhas mãos descem pelo corpo dela até suas coxas, Karol se impulsiona para cima e eu a seguro enquanto suas pernas rodeiam meus quadris. Não sei de quem é o ruído sôfrego que surge no meio do beijo quando nos chocamos.
Não consigo toca-la direito por causa da blusa de tela que ela usa. Sempre que toco sua cintura, sinto o tecido áspero. Tento puxa-lo para cima, mas está colado demais no corpo. Karol arfa e eu sei que ela está sem ar, eu também estou, apenas não tinha notado. Solto sua boca e desço meus beijos para seu pescoço, ela suspira e suas mãos vão até o meu cabelo, o puxando de leve. Seu primeiro gemido sai quando puxo a pele do seu pescoço e isso quase me enlouquece.
Volto para sua boca, em um beijo mais que desesperado. Toco tudo que posso do corpo dela, que faz o mesmo comigo. Para que eu, finalmente, consiga levantar sua blusa e tocar diretamente sua pele, Karol tem que descer do meu colo. Percebo que ela reclama baixinho por isso, mas quando seguro sua cintura com força e a encosto mais na porta, ela geme na minha boca e rodeia meu pescoço com seus braços. Então, escuto a maçaneta ser forçada. Paro e, no mesmo segundo, Karol chuta a porta com raiva. Escuto um "foi mal", mas não conheço a voz. Karol revira os olhos e tenta voltar a me beijar, mas eu me afasto. O barulho de quem quer que fosse, me fez voltar a ouvir os avisos da minha cabeça sobre não fazer isso.
Karol suspira alto em decepção.
— Serio? — não respondo e passo as mãos pelo meu cabelo, um pouco desesperado. - você não pode deixar uma garota assim e desistir. — ela aponta apara si mesma — Por que tanto autocontrole, Ruggerito? — meu nome sai com desdém da boca dela, mas seus olhos seguem mais negros do que verdes enquanto me olham de cima a baixo.
Suspiro.
— Isso não vai rolar. Já disse que não me controlo muito bem com emoções intensas. — e intenso é a palavra mais básica para descrever isso aqui.
− Eu não pedi controle — sibilou.
− Você não quer isso.
Ela ri em um suspiro e se aproxima. A palma da sua mão encosta no meu peito e transmite sensação de queimadura. Ela ri mais ainda quando percebe o efeito de seu toque. Karol me rodeia, ainda me tocando e eu fecho os olhos com isso. Já nas minhas costas, ela praticamente se pendura em mim para chegar a minha orelha.
— Eu quero que você não se controle — a voz dela sai rouca e sinto um beijo no meu pescoço e depois sua respiração fraca.
Suspiro. Ninguém pode dizer que eu não tentei pensar de forma racional por mais de dez segundos.
Viro e Karol é rápida em colar nossos lábios novamente. Suas mãos se enrolam no meu cabelo e nossas línguas exploram a boca do outro. Toco a cintura dela, mas sinto a blusa novamente e isso me irrita. Sem aviso, paro beijo a jogo contra a cama, ela cai sentada. A expressão de surpresa dura meio segundo antes de um sorriso divertido e cúmplice surgir. Ela é louca, é o que diz minha cabeça.
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There's Nothing Holding Me Back
RomansaAos 19 anos e com a carreira no auge, Karol Sevilla apenas faz sua musica e vive sua vida sem se importar com o que os outros podem pensar sobre ela. O titulo de "garota problema" não lhe incomoda, seria demasiado trabalhoso se importar com essas pe...