Dean saiu do banheiro, esfregando os cabelos curtos com uma toalha. Ele colocou a toalha de lado e olhou para o quarto onde estava hospedado.
O quarto era de grandes proporções e a decoração era de bom gosto. A cama enorme ficava no lado oposto da porta do banheiro, coberta com uma colcha vermelha de primeira qualidade. Havia seis grandes almofadas na cama e dois travesseiros de corpo, da cor de marfim (o que agradou o ômega de Dean).
O chão estava forrado com tapetes espessos de cor clara, macios aos seus pés. Havia uma escrivaninha perto da porta de entrada do quarto. Uma grande mesa de mogno estava no meio da sala, com seis cadeiras. As grandes janelas ficavam na parede oposta à porta de entrada e estavam cobertas com pesadas cortinas cor de creme. As paredes estavam forradas com papel de parede cor de areia. Havia também uma lareira na parede ao lado das janelas. Uma porta, também do lado oposto da cama, levava a um enorme closet. Na parede entre a porta do banheiro e a porta do closet, havia uma televisão de 50 polegadas, acompanhada de um sistema multimídia. Um espelho de corpo inteiro ficava do lado da porta do closet. Um sofá longo, estofado de um rico brocado vermelho e cheio de almofadas de cor clara, estava debaixo de uma das janelas.Dean terminava de se vestir, quando ouviu uma batida na porta. Era um dos empregados, um beta de aproximadamente 20 anos. Ele tinha os cabelos castanhos e compridos na altura dos ombros. Seus olhos eram cor de avelã e ele tinha o rosto aberto e amigável. E, garoto, ele era alto. Dean pensava que seu pai era grande, mas esse cara era um verdadeiro alce!
"Sua alteza, o jantar será servido dentro de 20 minutos." O empregado informou respeitosamente
"Obrigado." Dean agradeceu. E com curiosidade em seu rosto, Dean inclinou a cabeça e perguntou ao jovem. "Qual é o seu nome?"
"É Sam, Sua Alteza. Sam Campbell."
"É um prazer conhecê-lo, Sam." Dean sorriu.
Sam corou levemente, e sorriu também, um sorriso cheio de covinhas. Dean achou adorável e deu uma risadinha. Sam corou ainda mais, mas limpou a garganta e recuperou a compostura.
"Com licença, Sua Alteza." Sam se despediu respeitosamente e se retirou. Dean acenou com a mão ao acaso e sorriu.
Dean terminou de se vestir para o jantar e aplicou o bloqueador de cheiro.
O uso de bloqueadores de cheiro fazia parte do trabalho de Dean como um real, para que seu perfume permanecesse neutro, enquanto acompanhava o pai em encontros oficiais e eventos beneficentes. Alfas sempre perdiam a cabeça quando farejavam um ômega não acasalado, como Dean. Isso poderia causar grandes problemas para um ômega, realeza ou não.
Dean foi até o espelho para checar a sua aparência. Ele passou as mãos pelos cabelos curtos, de um loiro escuro. A pele de Dean era pálida e macia ao toque. O ômega tinha grandes e brilhantes olhos verdes, do mesmo tom de zimbro. Seus cílios eram grossos, longos e escuros. O nariz era bonito, salpicado de sardas. Seus lábios eram cheios e rosados, perfeitamente curvados. Seu corpo ainda não era tão bem construído quanto o do seu pai. Dean ainda era jovem, tendo apenas acabado de sair da adolescência. Mas ainda assim ele se esforçava para ter o físico parecido com o de John, frequentando semanalmente a academia.
Outro atributo de Dean que impressionava as pessoas, além de seu rosto bonito, eram as suas pernas arqueadas. Dean constantemente recebia galanteios, geralmente quando estava na academia, que faziam o ômega corar.
Dean estava vestido de forma casual, com calça jeans, uma camisa preta e um henley cinza, pois o jantar não era formal. O ômega deu mais uma olhada no seu reflexo no espelho e, satisfeito com o que viu, saiu do quarto.
Quando Dean entrou na sala de jantar, ele teve que parar por um momento para tentar absorver todo o luxo e pompa do lugar e apertar os olhos devido ao brilho que refletia dos talheres de prata, copos de cristais e dos lustres do teto.
Dean pensou seriamente que deveria ter pego os seus óculos escuros, mas afastou o pensamento, pois não ficaria bem e estaria fora do código de etiqueta.
A sala estava ricamente decorada e a mesa de jantar tinha capacidade para 40 pessoas, embora apenas 4 lugares estavam ocupados. Na opinião sincera de Dean, esse luxo todo era um exagero.
Dean se sentou ao lado de seu pai, após trocar cumprimentos com todos. Os garçons começaram a entrar e sair, servindo o jantar.
Durante a refeição, o ômega estava quieto, enquanto ouvia John e Chuck conversarem animadamente. Dean não encontrou coragem para levantar os olhos e olhar para Castiel, que interagia com o irmão. Dean ouvia a voz rouca e profunda de Castiel e quando estava começando a divagar, ele ouviu seu pai chamando sua atenção.
"Você está bem, meu filho? Você parece pálido." John perguntou, com preocupação em sua voz e em seu perfume.
"Na verdade, não me sinto bem."
Dean se desculpou para sair da mesa e voltou para o seu quarto.
Além do desconforto que estava sentindo, Dean também estava chateado pois, durante todo o jantar, Castiel não olhou para ele nem uma única vez.***
No dia seguinte, Dean acordou cedo, depois de demorar para dormir na noite passada. Ele realmente tentou entender o comportamento de Castiel e isso o fez rolar durante um bom tempo na cama. Nem os travesseiros de corpo macios conseguiram apaziguar o ômega.
Se Dean fosse honesto consigo mesmo, a admiração que ele tinha por Castiel começou desaparecer desde o momento que ele chegou a Caelum e conheceu o alfa pessoalmente. O comportamento frio e distante de Castiel deixava o ômega sem palavras e fez com que Dean começasse a perder o entusiasmo que ele tinha com o acasalamento.
Ele se desculpou em não descer para tomar o café da manhã na sala de jantar e preferiu fazer a refeição no quarto, embora estivesse quase sem apetite.
A cerimônia era às 10 horas e Dean teria cerca de duas horas e meia para tentar relaxar. Ele tentou ler, assistir televisão para se distrair, mas nada adiantou. Ele não conseguia se concentrar e seu estômago estava se revirando em nós. Dean resolveu tomar um banho quente para tentar relaxar.
Uma batida suave na porta foi ouvida às 9:15. Era Sam, acompanhado de outro empregado beta, Samandriel. Eles traziam as roupas de Dean para a cerimônia. Dean agradeceu os dois betas e começou a se vestir.
Dean olhou o seu reflexo no espelho. Ele estava vestido um smoking fino e elegante, de cor preta, assim como as suas calças. Os sapatos brilhavam assim como as abotoaduras de ouro, com o emblema da Casa de Winchester. O lenço e a gravata eram da cor dos olhos de Dean. Dean optou por esse tipo traje, pois ele não sabia como iria se sentir com uma roupa tradicional da realeza. Não era como ele fosse se vestir como o Príncipe Charles.
Dean ajeitou novamente os cabelos. Ele percebeu o quanto as suas mãos tremiam mas decidiu ignorar isso por enquanto. Ele aplicou o bloqueador de cheiro.
Dean poderia ter escolhido se casar na Catedral de Saint Michael, no centro de Caelum, mas preferiu se casar no Castelo, no luxuoso salão de festas. A fé do ômega já o havia abandonado há muitos anos. Desde o dia em que ele perdeu o seu raio de sol...
Dean voltou à realidade e respirando fundo, saiu do quarto. No meio do caminho para o salão, o ômega encontrou seu pai. John o abraçou forte, dizendo palavras encorajadoras no ouvido de Dean, que apenas acenava com a cabeça. John acariciava os cabelos do filho, enquanto Dean respirava o cheiro calmante de especiarias e couro do seu pai.
John colocou uma mão nas costas de Dean e o conduziu o resto do caminho. Eles pararam diante da porta dupla da entrada do salão.
"Eu estou muito orgulhoso de você, meu filho." John apertou Dean em seus braços novamente.
John beijou a testa de seu filho e com um olhar que dizia o quanto Dean era amado, o alfa entrou no salão.
Dean respirou fundo várias vezes, enquanto esperava as portas se abrirem.
Tudo vai ficar bem.
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O Vínculo (Destiel)
Storie d'amoreDepois de anos de crise diplomática, os reis de Libanon e Caelum finalmente deixam as diferenças de lado e para selar o acordo de paz, John Winchester e Chuck Novak concordam em acasalar os seus filhos primogênitos. Dean, da Casa de Winchester, é um...