Após darem os parabéns para Leandro, Ju deu o presente dele e saiu correndo para sua casa que ficava próxima ainda assim era perigoso por causa da chuva, então ela não pode ficar mais, Mateus se aproximou para desejar felicidades mas travou no caminho.
- Não vai me dar feliz aniversário? -perguntou Leandro abrindo os braços.
- Sim.
Quando eles se abraçaram o coração dos dois acelerou, até o momento Leandro não tinha tido nenhum sentimento além do de amizade, mas naquela hora quis prender Mateus em seus braços e não soltar nunca mais, ele o soltou e encarou com um ar diferente, Mateus percebeu que havia algo estranho e se afastou sorrindo para disfarçar, a chuva passou tudo ficou em silêncio por alguns instantes.
- Aqui está seu presente! -ele entregou uma caixa.
- Obrigado! -Leandro abriu a caixa e sorriu. - Você é muito atencioso, eu amo bombons azuis... -ele viu que tinha uma blusa junto dos bombons. - Ursinho! -disse rindo e olhando a estampa.
- Se não gostar pode trocar.
- Eu amei, acho que retrata minha personalidade!
- Que bom!
- Vamos comer bolo e bombons!
Eles sentaram na mesa e começaram a conversar sobre coisas aleatórias, de repente Leandro situou Rafael um rapaz que sempre levava seu cachorro lá, Mateus começou a sentir ciúmes, pois sempre que o rapaz ia lá dava em cima de Leandro de forma descarada e todos percebiam.
- Você gosta dele?! -perguntou meio revoltado, ciúmes era o nome do sentimento.
- Como assim?
- Ele claramente dá em cima de você... -Mateus se esqueceu que Leandro não sabia que Ju havia contado sobre ele ser gay.
- Você sabe de alguma coisa?
- Não... Sim eu sei, Ju me contou que você é gay.
- Ah... -Leandro ficou sem palavras e Mateus se sentiu mal por isso.
- Mas está tudo bem, eu não acho isso ruim, ninguém tem que opinar nessas coisas...
- Desculpa, é que geralmente eu escondo bem isso, eu deveria ter contado.
- Não, você não tem que se explicar, sempre foi um boa pessoa comigo e isso que importa.
- Então tudo bem eu gostaria de homens?
- Claro, você deve fazer o que faz você se sentir bem.
- Que bom. -Leandro se aproximou de Mateus e encostou a cabeça em seu ombro. - Estou feliz por me aceitar assim... É ruim ficar se escondendo.
- Tudo bem, afinal somos amigos. -Mateus se odiou por chamar Leandro de amigo sabendo que no fundo queria mais que amizade.
- É... Então você acha que eu deveria chamar o Rafael para sair?
- Se você quiser... -o coração de Mateus gelou, ele não queria que ver Leandro saindo com outro cara.
- Ele é legal, não sei...
- Não custa nada tentar. -"Para de falar Mateus, ele vai acabar chamando mesmo aquele feioso para sair!"
- É, acho que vou chamar ele para tomar uma bebida comigo!
"Não!!!" Gritou Mateus internamente enquanto dava um sorriso falso por fora, mas no fundo sentia uma lágrima querendo sair.
- Ok, eu vou dormir!
- Já?
- Sim, boa noite.
Mateus trancou a porta e deitou na cama. "Eu não acredito nisso, que merda eu fiz, convenci ele a sair com o Rafael, eu sou uma anta, não quero que o Leandro beije ele, ou faça outras coisas!!!" Ele ficou choramingando na cama, até que levantou com um olhar maligno. "Já sei! Vou estragar o encontro deles!" Pensou dando uma risada maligna. "Não eu não posso fazer isso, mesmo que eu estrague tudo e depois? De qualquer forma eu não posso ficar com ele, então é melhor ele ser feliz com outra pessoa..."
No dia seguinte Mateus estava na recepção ajudando Ju a encontrar uma ficha, quando Rafael entrou sorridente, Mateus o encarou como se estivesse vendo seu pior inimigo, o rapaz era bonito, moreno de olhos verdes e corpo sarado.
- Bom dia, o doutor Leandro está?
- Sim, ele está atendendo o último paciente. -respondeu Mateus de forma ríspida.
- Ok, quando ele acabar diga que estou esperando lá fora no meu carro. -o rapaz saiu calmamente.
"Ele chamou mesmo esse bagaceiro para sair."
- Que raiva!!! -gritou fazendo Ju se assustar.
- Que foi garoto?!
- O Leandro vai sair com esse cara feioso.
- Ele é lindo!
- De que lado você está?!
- Desculpa, mas é verdade...
- Gente vou sair! -disse Leandro passando pela recepção. - Já cuidei do último paciente, se precisar de qualquer coisa vou estar naquele bar perto do milharal, tchau! -ele saiu.
- Desgraçado, fica saindo com qualquer um, me deixando aqui sozinho, ele vai ver! -Ju encarou Mateus com medo enquanto ele falava igual um louco. - É assim, por isso nunca me envolvi com homens, são todos iguais, não dão valor a nossos sentimentos!
- Parou para pensar que ele nem imagina que você goste dele?
- Não importa, eu vou atrás deles, onde fica esse bar?!
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Meu Ursão!
De TodoApós o trágico fim de seu noivado, Mateus decide aceitar um trabalho longe da cidade grande em uma clínica veterinária que tratava os animais das fazendas locais, indo para lá Mateus tinha esperança de encontrar um pouco de paz e esquecer seu último...