Flashback On
- ... Esses pigmentos absorvem a luz nos comprimentos de onda entre o azul e o amarelo, refletindo diferentes tonalidades de verde nas folhas que estamos vendo. Inclusive - Alec se estica e tira uma pequena folha do cabelo perfeitamente arrumado de Magnus - tinha uma na sua cabeça... e essa é bem verde.
Magnus sequer prestava muita atenção às palavras referentes à biologia, pois já dominava o assunto, só dizia que precisava das aulas de reforço para que os dois passassem mais tempo juntos; mas quanto Alec se aproximou para pegar a folha em seu cabelo, tudo que Magnus conseguia se concentrar era em seus lábios tão convidativamente perto.
Magnus passa os dedos em um punhado de terra molhada perto de onde estavam e esfrega-os subitamente na bochecha de Alec, rindo de sua careta.
- As plantas são verdes, e você está marrom.
- Eca Mags! Isso é nojento!
Magnus tenta esconder o sorriso ao ouvir o apelido, mas falha, e rapidamente se esquiva da terra que Alec tentava jogar nele.
- Alexander! Você deixou minha roupa imunda. - Magnus gritou, tentando parecer sério, o que se mostrou uma tarefa árdua já que Alec não parava de sorrir.
- Meu rosto também, assim como a minha dignidade. - Alec dizia entre risadas, e Magnus jurar que aquele era o som mais gostoso de se ouvir.
Eles riam e seus corpos gravitavam para mais perto um do outro inconscientemente. No chão, sobre o pano, o dedinho de Alec encostava no de Magnus.
A risada parou progressivamente a medida que seus olhares se encontravam.
Alec não sabia bem o porquê, Magnus o fazia querer contar tudo sobre ele. Sabia que não seria julgado.
- Aconteceu ano passado - Alec começa, encostando a cabeça no tronco da árvore e fechando os olhos - Tinha uma festa... Eu nem queria ir, mas Jace e Izzy me obrigaram, diziam que eu passava muito tempo sozinho enfiado no quarto.Magnus ouvia tudo atentamente.
"A festa seria na escola. Estava de noite. Jace estava com CLary e Izzy com Simon. Eu não queria que ficassem presos a mim, disse que poderiam ir se divertir, que eu ficaria bem.
A maioria estava na quadra bebendo e dançando, então eu decidi ficar em um lugar afastado...
Eu estava no pátio, do lado de fora, quando Sebastian apareceu. Ele se sentou ao meu lado e ficamos conversando por um tempo. Ele me deu algo pra beber... A partir daí eu tenho cortes na memória. A próxima coisa que me lembro é dele me puxando para trás da escola, perto da casa do zelador, mas não tão perto para que ele pudesse ouvir qualquer coisa.
Eu não sentia minhas pernas e as coisas que via não faziam sentido. Sebastian me puxava impacientemente. Toda aquela simpatia de mais cedo havia desaparecido. Ele me jogou no chão e começou a tirar minha roupa."- Me diga que ele não... - Magnus balançava a cabeça negativamente - Alexander...
Alec lutava para conter as lágrimas, que a essa altura nem eram de tristeza, mas sim de raiva. Magnus agarra sua mão e fica de frente para ele, temendo o que viria a seguir e dando à Alec seu tempo.
- "Eu tentei... Tentei sair de perto dele mas sequer conseguia falar. A bebida fazia minha cabeça girar e eu não conseguia me mover. Eu senti ele se forçando pra dentro de mim. Senti ele me rasgando por dentro. Eu só sentia dor. Eu lembro que simplesmente parei de lutar. Quando acabou ele me deixou lá, jogado no chão, desacordado.
Era dia quando eu acordei. Eu cheguei em casa e meus pais estavam me esperando, assim como Jace e Izzy. Eu estava pronto pra contar o que havia acontecido, eu só queria desabar e esperava poder fazer isso quando recebi um tapa na cara.
Alguém havia filmado e de algum jeito isso chegou até os meus pais... Meu pai me olhava com desgosto, ainda não sabia que eu era... gay. Eu disse pra eles que Sebastian havia me embebedado, que não houve consentimento, mas meus pais não acreditaram em mim. Disseram que no vídeo eu parecia estar gostando, pelo fato de não ter tentado parar, mas eu não tinha forças."
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The cruelty of hope (Malec)
FanfictionSorri pra mim, por favor. Eu amo as covinhas nas tuas bochechas, amo o som da tua risada e amo o desenho que as pintas em suas costas formaram minuciosamente. Olha pra mim. Eu amo ver meu reflexo nos teus olhos azuis inebriantes e o modo como arque...