Protective Hugs

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 Magnus acorda com um som incomum. Ele abre os olhos com dificuldade. A primeiras coisa que registram é Alec balbuciando coisas sem sentido. Ele rapidamente se levanta e caminha até o lado da cama. Alec provavelmente estava preso em algum pesadelo.

- Alexander - ele sussurra, tocando seu rosto levemente, sem saber se o garoto estaria pronto para ser arrancado do sonho. Lágrimas solitárias escorriam pelos cantos de seus olhos.

Alec abre os olhos subitamente. 

- Alec, sou eu, Magnus. Está tudo bem. Foi só um pesadelo.

O garoto agora tremia e chorava, sua íris azul brilhando intensamente. Suas mãos vão até sua cabeça e ele enterra as unhas no couro cabeludo, começando a puxar os fios negros com força.

Ver Alec chorar partia o coração de Magnus. Cada lágrima que rolava por sua face era um soco em seu peito. 

- Alec, eu vou te ajudar a se sentar, okay?

Sem resposta. 

Magnus o pega pela cintura e ergue seu corpo, de modo que as costas do garoto ficassem contra a cabeceira da cama.

- Posso te abraçar? 

O garoto confirma com a cabeça de forma contida. 

Magnus se aproxima e o embala em seus braços, sua mão alcança a nuca do garoto e ali ele desenha círculos calmantes enquanto Alec lutava para controlar a respiração.

Naquele momento, sentindo o calor que emanava de Magnus contra seu corpo, ele se sentia envolto em uma névoa, e pouco a pouco alguma coisa parecia surgir em sua mente. 

Eu sou Magnus Bane.

Confie em mim.

Posso tocar em você? 

Se escolher confiar em mim, eu vou escolher confiar em você.

Prefiro Alexander. É um nome bonito.

O garoto aperta os braços ao redor de Magnus ainda mais, puxando-o para si o máximo que podia.

- Por favor, não me solte - Alec sussurra, e sente os pelos de Magnus se eriçarem.

- Nunca. Está tudo bem, pequeno. Fale comigo. 

- Eu me lembro... me lembrei de quando nos conhecemos. Me lembro de você me ajudar numa crise. Eu me lembro, Mags. 

Magnus não sabia o que dizer, então apenas apertou-o mais forte contra seu peito até que sua respiração normalizasse.

- Eu não quero ser um peso. 

Magnus se afasta apenas o suficiente para que pudessem se olhar nos olhos.

- Por que acha que seria um peso?

- Não posso andar, Magnus. Não consigo nem me lembrar da minha vida antes disso.

- Alexander, me escute com atenção - Magnus endireita a postura - Você não pode andar agora, mas vai poder. Eu prometo. Você vai voltar a andar, faremos a fisioterapia e eu cuidarei de você, pequeno. E você vai lembrar. Pode demorar um pouco, mas suas lembranças vão voltar gradativamente. Nunca mais diga que é um peso. Está terminantemente proibido. 

Alec emite um som semelhante a uma risada.

- Que horas são? 

Magnus olha o relógio na parede. 

- Quase 3h. Você está cansado, é melhor tentar dormir mais um pouco. 

Alec cora. 

- Você pode ficar comigo? - ele diz, num fio de voz.

The cruelty of hope (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora