𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟒

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Ninguém nunca está preparado para a morte

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Ninguém nunca está preparado para a morte.

Muito menos das pessoas que ama.

Quando vi meu pai deitado em sua cama, seu rosto pálido, seus lábios arroxeados e seus olhos dormentes, senti meu coração ser esmagado cruelmente.

Nem mesmo a presença de Jake, que eu não via há algum tempo, já que constantemente viajava com o meu pai, e que eu também tentava evitar como o inferno, desviou a minha atenção daquela cena.

Eu só queria fechar os olhos, voltar a dormir e fingir que nada disso estava acontecendo. Eu só queria que meu pai se levantasse dessa cama e dissesse que estava bem. Que foi apenas uma gripe, como aconteceu outras vezes.

Gabriel estava sentado à beira da cama, segurando sua mão, enquanto o papai conversava baixinho com ele. Sua voz era tão fraca que Henryk e eu, que estávamos um pouco mais afastados, no pé da cama, não conseguíamos ouvir.

Eu olhei para Jake, pela primeira vez desde que entrei no quarto. Ele estava na porta, a postura firme e ereta, as mãos uma sobre a outra na frente do seu corpo. Todo profissional como sempre. Seus óculos de sol me impediam de ver os seus olhos, o que era bom, mesmo que no fundo desejasse sentir o calor de seu olhar em mim, me confortando, me dando forças como ele fez tantas vezes no passado.

Ele não virou a cabeça em minha direção, no entanto. Mesmo sabendo que eu o estava observando... Ele sempre sabia. Sua postura continuou a mesma. Fria, impenetrável, seu rosto firme e reto, mirando o além. Ali, ele era apenas o Agente Price, o guarda-costas do meu pai. Doeu, mesmo que não devesse. Mesmo que eu tivesse tentado tirá-lo do quarto quando entrei porque não o queria tão próximo a mim quando estava tão vulnerável. O papai impediu, de qualquer maneira. Ele queria Jake ali com os seus filhos porque sempre o considerou seu filho também.

Eu não olhei em sua direção nenhuma vez, até aquele momento.

Eu não podia.

Eu não queria.

Não quando os sentimentos que lutei duramente para arrancar do meu peito, durante anos, ressurgiram tão bravamente no momento em que o vi, em um piscar de olhos. Meu estômago embrulhou e meu coração disparou em uma corrida parecendo que ia saltar do meu peito. Por isso era bom ele estar usando seus óculos de sol. Bastaria um olhar seu e eu desmontaria.

BROKEN PROMISES (BROKEN CROWN #01)Onde histórias criam vida. Descubra agora