17- Ajuda

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Eu começo a rezar porque era a única opção que me sobrava. Sinto que meu coração a qualquer momento poderia sair pela minha boca.

Meu celular começa a tocar e abro os olhos assustada. Puta merda!

— Eu posso ouvir vocês! — meu pai disse rindo e eu começo a chorar tudo de novo. Olho no visor e era de um número desconhecido. Desligo e olho em volta tentando enxergar algo. Pego na mão da minha mãe e a puxo para irmos pra fora da casa.

Corremos até o portão e eu abro rapidamente saindo de casa finalmente.

— Pra onde vamos? — minha mãe perguntou. Eu nego sem saber e me sento na sarjeta do outro lado da rua. Meu celular toca de novo e vejo no visor... era meu pai. Mostro para minha mãe que toma o celular de minha mão e atende.
— Seu monte de merda! Você vai se ver com a polícia! — ela grita e percebo que a chuva vai diminuindo. Aí merda, ele vai ver a gente aqui.

Puxo sua mão e vamos andando pra longe de casa. Até que ela freia e fica imóvel.

— Mãe? Vamos! — digo tentando puxar a mesma e vejo que seus olhos se enchem de lágrimas novamente. Ela solta minha mão e se ajoelha. — Mãe? — arregalo os olhos e ela desmaia. Caralho! Meu Deus! O que faço? — Mãe! — me desespero balançando a mesma e tentando fazer pressão no peito.

Olho em volta e começo a gritar pedindo ajuda.

— Alguém? Pelo amor de Deus! — imploro sem desistir de fazer pressão em seu peito.
Logo sinto uma mão tocar em meu ombro e me assusto no ato gritando.
— Hey hey hey! Calma! — com dificuldade percebo que era algum menino que nunca vi. — O que aconteceu ela desmaiou? — ele pergunta e eu assinto.
— M-meu pai quer matar a gente — respondo chorando e ele se espanta.
— Já ligou pra polícia? Cadê ele? — começa a perguntar e eu aponto pra minha casa e assinto concordando que já liguei.

Ele começa a ligar pra ambulância e me ajuda a levantar ela até a casa dele pra não ficarmos na rua.
No caminho a polícia começa a chegar e corro em direção aos mesmos.

— Ele está ali dentro! — aponto pra casa e eles correm entrando. Tinha três viaturas. Escuto tiros e quando percebo a chuva já havia diminuído e muitas pessoas saíram de suas casas observando o que estava acontecendo.
— Ele tá fugindo! — um dos policiais grita e três correm pra cima dele o segurando.
— Eu vou matar vocês duas! — ele grita e eu começo a chorar tudo de novo com medo..
— Cale a boca! Derek Deann você está preso por tentativa de assassinato, tem o direito de permanecer em silêncio, tem direito a um advogado e tudo o que disser será usado contra você no tribunal. Entendeu? — um policial grita pra ele e ele tenta se soltar, mas falha pois já estava algemado.
Um policial vem até mim e vê minha mãe sentada encostada na parede da casa do menino e ele fica sem entender.
— Ele a nocauteou? — perguntou preocupado.
— Não, ela desmaiou, o choque foi tanto que ela acabou apagando — explico em prantos.

Ele faz uma cara de decepção por causa do meu pai e então diz que depois irá ligar pra falarmos sobre o assunto é ir na delegacia. Eu assinto e logo em seguida aparece a ambulância. Começam a dar tapinhas no rosto da minha mãe, checam sua respiração, mas ela não acordava.

— Vamos ter que levá-la pro hospital, ela está respirando, mas sua respiração está fraca e lenta, e além do mais não está acordado! Precisamos ver o que aconteceu! — explicam e eu começo a quase sentir falta de ar com tudo isso acontecendo. Me despeço e agradeço o garoto da frente e entro na ambulância. Antes de fecharem a porta, o menino aparece e fala comigo
— Eu vou aparecer no hospital tá bom? — ele diz e eu sorrio de lado sem mostrar os dentes. Aceno e então fecham a porta.

HARRY'S P.O.V

Estávamos todos vendo série quando de repente um tipo de grito começa a soar na rua. Harrison, Sam e eu vamos na janela ver o que estava acontecendo.

Quando olhamos vimos a menina que o Tom quis convidar pra festa dele chorando no meio da rua com uma mulher no chão, e um menino falando com ela.

Logo em seguida apareceu carros de polícia, tiraram alguém lá da casa que estava ameaçando ela e a mulher. Depois de alguns minutos os policiais foram embora e a ambulância chega levando ela e a menina.

Que diabos aconteceu? Estávamos nós três em choque.

— Gente? Cadê vocês? — escutamos Tom gritar lá de cima e então subimos.
— Que que foi? — respondo.
— Que dor de cabeça, meu Deus! — ele coloca a mão em sua cabeça e se senta.
— Ouvi uns barulhos, o que aconteceu? — perguntou e nós três permanecemos quietos nos entreolhando sem saber quem contaria. Porque estava claro que Tom estava com uma quedinha pela menina. Ninguém comenta da mesma pessoa mais de três vezes no dia e ainda a chama pra festa sem estar afim dela.
— Levaram a menina lá que você quis chamar pra festa, ela e a mãe dela eu acho pro hospital, mas antes a polícia veio e levou um cara... — Sam conta e ele arregala os olhos.
— Como assim? Elas se machucaram? — ele já estava de pé e andando meio zonzo, mas se trocando.
— Onde vai cara? — Harrison perguntou o segurando.
— Hospital, eu tenho que ver se elas estão bem! — responde na maior normalidade.
— Cara, você nem conhece elas, vão te achar um maluco stalker! — respondi meio bravo com sua intenção.
— Eu quero que se exploda Harry! Se acha que eu ligo? Só preciso ver se ela tá bem! Não vou entrar na sala delas nem nada, só vou ver! — respondeu bravo e eu me calo.
— Coloca a roupa de disfarce pelo menos caramba, tá querendo ser parado milhões de vezes por paparazzis? — Harrison joga o boné e o óculos pra ele.

Tom pega e joga na cama isso tudo. Coloca uma calça, tênis, blusa e moletom preto. Coloca o capuz do moletom e pega as chaves do carro. Tomo as chaves de sua mão e ele faz cara de puto.

— Cala a boca e anda, vamos todos com você, eu dirijo, não quero que morra! Você tá bêbado ainda! — reviro os olhos e todos fomos juntos.

Só o que me faltava começar a bancar a mãe do role porque o Tom tá apaixonandinho e quer fazer as coisas sem pensar por causa de uma garota.

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⏰ Última atualização: Aug 04, 2019 ⏰

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