Capitulo 7 - Powerless

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CAPÍTULO 7 - POWERLESS

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CAPÍTULO 7 - POWERLESS

Você escondeu seus esqueletos quando eu lhe mostrei o meu

Você acordou o demônio que eu pensei que você tinha deixado para trás

Eu vi a prova, o carmesim imergindo

Dez mil promessas, dez mil maneiras de perder

E você suportou tudo

Mas você foi descuidado para deixar isso cair

Você suportou tudo

E eu estava ao seu lado

Impotente...

[...]

- Chanyeol, se acalme. A gente não vai chegar a lugar nenhum sem pensar direito. - Junmyeon tentava contornar a situação. As coisas estavam difíceis, e a cada segundo que se passava, só piorava.

Ninguém sabia muito bem como as coisas estavam como estavam, elas apenas estavam, e era sufocante pensar. Boa parte da equipe tinha sido apagada durante a missão, grande parte com golpes na cabeça ou uma bela chave de pescoço.  A grande verdade é que ver Baekhyun ser baleado praticamente a queima roupa por alguém que costumava ser um deles tirou tudo dos trilhos, e principalmente, tirou Chanyeol dos trilhos. As chances do Byun estar morto eram grandes, mas o Park queria acreditar que não.  Não podia ser, ele pensava.

Estavam agora novamente na casa alugada pelos dois, toda a equipe, se perguntando o porque de estarem ainda vivos, quando tiveram claramente a oportunidade de os matarem, mas não fizeram. Todos estavam reunidos na cozinha, pensando em qual seria o próximo passo, com exceção de Chanyeol e Junmyeon que estavam no quarto.

O Park não conseguia pensar em nada além de sua angústia que estava sendo descontada ao destruir tudo o que via pela frente. A única vontade que carregava consigo naquele momento era destroçar Minseok com suas próprias mãos, acabar com ele da forma mais agoniante fosse possível.

- Aquele desgraçado matou ele. Ele atirou nele sem nem pensar. - Chanyeol puxava agora seus cabelos em pura angustia. - Droga Baekhyun, porque você tem que fazer tudo sozinho. AAAAHHHHH!! - E mais um soco foi distribuído na parede, suas mãos já estavam praticamente em carne viva e exposta.

- Chanyeol, se acalma. Você não tem escolha. Ou você se recompõe agora e ajuda a gente, ou vai ter sido tudo em vão. Não deixe o Byun morrer em vão. - Junmyeon precisava fazer Chanyeol se acalmar, então resolver colocar a sinceridade acima de tudo, sabia que o Park ouviria assim.

E foi depois de longos quarenta minutos quando conseguiu se recompor quase como necessário que Chanyeol avistou um pedaço de papel ali, enfiado por entre uma das cômodas que havia movido em meio a sua fúria. Caminhou até ali como se o mundo girasse em torno daquilo, e naquele momento, realmente girava. Abriu o papel com as mãos ainda trêmulas, conhecia aquela caligrafia, conhecia bem, era a letra de Baekhyun.

"Tenho um longo caminho a percorrer e uma longa memória. Estive procurando por uma resposta, sempre fora de alcance. Sangue no chão, as sirenes se repetem. Estive procurando pela coragem para enfrentar meus inimigos. Quando eles desligam as luzes, eu ouço a minha sinfonia de batalha, todo o mundo na minha frente. Se a minha armadura quebrar, eu vou fundi-la de volta. Por favor, só não desista de mim, e meus olhos estarão bem acordados. Eles dizem que eu não me encaixo, dizem que eu deveria recuar, que eu estou marchando ao ritmo de uma derrota solitária. Mas o som da sua voz coloca a dor no sentido inverso, sem rendição, sem ilusões, e para melhor ou pior quando eles desligarem as luzes... Se eu cair, for derrubado, me tire do chão. Não desista, Chanyeol, eu estarei lá, não importa o que aconteça."

Chanyeol apertou o papel entre os dedos e se deixou abandonar uma lágrima silenciosa. Junmyeon ao seu lado engolia seco, havia lido por cima as palavras de Baekhyun, e sabia que agora mais do que nunca o Park faria de tudo para dar um fim naquilo, ele mataria Minseok.

[...]

E lá estavam mais uma vez no grande FLUSH, tudo havia começado ali, e iria morrer ali. Eles não tinham certeza nem ideia de como as coisas acabariam, mas elas acabariam. Eles talvez cairiam, mas não sem primeiro levar alguns junto. Estavam dispostos a isso.

Os grandes orbes negras de Chanyeol carregavam o céu noturno consigo, e dessa vez a luz não estava cheia sob o céu, seu brilho estava encoberto pelas nuvens densas que cercavam todo o céu da grande Seoul naquela noite. Estava com as letras de Baekhyun guardadas no bolso da calça, levaria aquelas palavras consigo e não pararia por nada, não pararia até Minseok estar debaixo da terra.

Depois de ter a certeza de que aquela corja suja por um dinheiro mais sujo ainda estava ali, entraram sem cerimônias,  derrubando as portas frontais com um belo par de C4 feitos por Sehun, e caminharam rumo as escadas em posição de ataque.

Tiros eram ouvidos ao longe, ensurdecendo e clareando todo o ambiente. Tinha mais alguém ali.

Caminharam sorrateiramente, derrubando quem quer que estivesse no caminho. Kyungsoo e Jongin caminhavam na frente, comandando a equipe. Eram os mais calmos e centrados por ali, estavam abalados assim como todos os outros, mas não se deixavam fraquejar de forma alguma. Chanyeol seguia atrás, apertando sua Wingshooter até os nós dos dedos doerem pela força incontrolada.

Entraram por uma grande porta de madeira que ligava o hall do primeiro andar ao grande salão com grandes caça-níquéis e mesas de Poker. Tudo estava completamente no lugar, completamente limpo, ninguém diria que haviam lutado quase até a morte naquele ambiente menos de vinte e quatro horas atrás, seja quem for que estava por trás de tudo, o trabalho era minucioso, não era por menos que Minseok havia sujado suas mãos por poder.

Derrubaram alguns caras sem nem mesmo pensar, os tiros eram certeiros, headshots* um atrás do outro, como os profissionais que eram. Não estavam hesitando naquela noite. Estavam vestidos e equipados para matar.

Estavam todos vestidos de preto e vermelho, ainda com hematomas e cortes frescos da noite anterior, acabariam com quem estivesse por ali, reuniriam todas as evidencias que conseguissem para chegar ao próximo local de ataque e acabariam com quem quer que fosse o líder de tudo. Sabiam não ser Minseok, o Kim era apenas mais uma peça do tabuleiro.

Chanyeol se afastou por um momento da equipe sem nem mesmo se dar conta disso, sua cabeça estava em outro lugar, ou melhor, estava em outra pessoa. A forma de Baekhyun relampeava a todo momento em sua mente, lembrando-o da maldita cena na noite anterior. Podia ver o corpo menor caindo e sacolejando contra o piso da grande sacada a todo momento, eram como flashs que agonizava mais sua mente. Precisava voltar lá e saber o que de fato aconteceu, precisava saber que Baekhyun não estava morto. Era tudo o que precisava.

Nem todos os ferimentos doíam quando imaginar viver sem Baekhyun, seu melhor amigo, seu pilar, seu tudo. Baekhyun era tudo para Chanyeol, e não sabia como viveria dali pra frente, não sabia se viveria.

CONTINUA...

FLUSH | CHANBAEKOnde histórias criam vida. Descubra agora