Há dez anos, se encerrava a Guerra da Coreia.
Após vivenciar pouco sobre o ocorrido e perder muito e muitos, posso lhe afirmar, as coisas mudaram. Mas parece que os Estados Unidos da América e a União Soviética estão querendo guerrear mais uma vez.
O mundo está ficando, cada vez, mais cético e caótico.
O lado bom disso tudo é que Elvis saiu do exército e, agora, está construindo sua carreira de ator renomado. E, em muitas entrevistas, lamenta a morte de sua antiga amiga-colorida, Marilyn Monroe. Muitos jornais e estações de rádio dizem que 1953 foi o ano da mesma, que ela realmente brilhou no cinema, porém não posso concluir nada pelo fato de não ter visto muitos de seus filmes nesse ano, estávamos passando por dificuldades militares por todo o país.
Mas, agora, minha mais nova paixão-cineasta é Audrey Hepburn pois ela representa tudo que eu mais gosto, garotas.
Meu irmão mais novo, Bohyuk, diz que eu não posso estar com uma garota na segunda e outra completamente diferente na sexta, também diz que é errado tratá-las dessa forma, mas fazer-o-quê se elas amam o meu vasto conhecimento de música e filmes? E talvez seja apenas mais uma desculpa para falar sobre meus assuntos preferidos sem ter que escutar meus amigos questionando que horas eu irei acabar.
- Wonwoo - chama Seungkwan, um colega de classe do meu irmão que acha que é meu amigo, sentando-se ao meu lado no gramado do campus escolar. -, você viu o aluno novo?! Lindo, com todas as letras em maiúsculo! - à três anos, Seungkwan pediu para que eu guardasse o segredo sobre a sexualidade dele de todos, eu não dei a mínima e segui a minha vida sem falar de Seungkwan, como sempre, porém ele começou a achar que somos amigos.
Eu abro um sorriso amarelo:
- Pouco me importo, Seungkwan. - volto os meus olhos para o livro que estava lendo.
- Pouco se importa... - disse, rindo. - Quando vê-lo até as suas pernas de hétero-robusto irão bambear.
- Não sei se compreendo as coisas que você diz... - coloco os olhos no menino que fazia bico.
- Sem falar que... - ele me ignorou completamente. - Eu o acompanhei em algumas muitas aulas... Ele é incrível em tudo!
- Você não estava gostando do garoto que foi transferido dos Estados Unidos? - meu cenho se franze quase que automaticamente.
- Jisso?! - pergunta, assustado como se eu tivesse falado algo proibido.
- O outro... - me esforço para tentar lembrar o nome dele e me concentro estalando os dedos. - Hansol?
- Ah, sim... Sim! Estou quase descobrindo qual é a dele... - Seungkwan sorri, orgulhoso. - Mas o ponto é que... Achei Mingyu perfeito para você! - ele levanta as sobrancelhas.
- Eu não era hétero-robusto ou coisa parecida?
- Sim, e Mingyu é também! - começa Seungkwan. - Deveria ter visto o tamanho de seu bulge enquanto olhava para as cheerleaders...!
- Bulge? - questiono, baixinho.
- Não me faça mudar de assunto! - ele desmancha seu sorriso malicioso. - Sinto que você e Mingyu deveriam ser amigos! Ele está sem amigos, vagando pela escola, feito você!
- Demorou quase três minutos para dizer que deveríamos ser amigos?
- Apesar de que - continua, ignorando-me. - eu o vi conversando com o transferido da China, Minghao; eles são da mesma classe e parece que se deram bem...
- Você pode... Ir embora? - não queria parecer grosso mas era o único modo que eu tinha para fazer a pergunta.
Seungkwan revira os olhos.
- Hoje terá uma festa na minha casa...
- Você muda de assunto muito rápido, Seungkwan.
- ...E você está muito mais que convidado para ir e fazer amigos como Mingyu! - ele sorri.
- Hoje é quarta-feira.
- Não importa se hoje é quarta-feira, segunda ou aniversário de Jesus Cristo... Vá, ok? - ele se levanta.
- Está tramando alguma coisa? - questiono, antes de Seungkwan virar as costas e seguir se caminho.
Eu não consigo nem colocar os olhos novamente no livro então Hansol se senta ao meu lado, com as bochechas coradas e fica em silêncio:
- Boa tarde? - pergunto, franzindo a testa.
- Sou Hansol! - ele exibe seu sorriso branco e perfeito.
- Sou Wonwoo... O quê faz aqui?
- Sei quem você é; eu... Você é amigo de Seungkwan?
- "Amigo" é um termo muito forte, não acha? - ele ri como se eu estivesse brincando. - Não saberia lhe dizer o sobrenome de Seungkwan...
- É Boo... - disse, baixinho. - Posso lhe garantir que pareciam próximos.
- Seungkwan se sente em casa em todos os lugares que vai...
- Você... Hum... É um assunto delicado. Sabe me dizer se ele gosta de mim?
- Você é gay? - pergunto, rapidinho.
- Não! - ele parecia nervoso. - Eu só quero saber... - Hansol coloca a sua mão esquerda na nuca.
- Ele está te seguindo?
- Ele está me seguindo?
- Se você diz que não está, então não está, né?
- Não consigo entender...
- Seunkwan...? - mudo de assunto para que Hansol não descubra que está num dos novos filmes do 007 com Seungkwan que está o espionando. - Ele... Tem gostos peculiares... É difícil de explicar. Portanto, ele, realmente, simpatizou com você! - sorrio amarelo. - Mas não diga isso à ele!
- Por que não?
- Pois Seungkwan é exibido e se souber que gosta dele...
- Não gosto dele! Não sou gay!
- Você vai para à festa de Seungkwan? - mudo de assunto pois Hansol parecia tenso. - Parece que metade da escola vai! Seria uma péssima oportunidade para conversar com ele... Eu, se fosse você, não iria...
- Então não é para eu ir à festa? - ele franze o cenho. - Como ele irá saber que eu gosto dele?
- Você gosta dele?
- Eu não... Sei... - ele começa a murmurar. - Olha, guarde esse segredo, Wonwoo; não é nada legal ser gay, as pessoas batem em você! Sai dos EUA por causa disso...
- Não conte a Seungkwan sobre isso? Ele vai até fazer uma dança do acasalamento para você, se descobrir... - eu rio. - Sugiro que se faça de difícil.
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Nowhere Boy
Teen FictionEm pleno anos 1963, Jeon Wonwoo, um amante de música, filmes e garotas, tem que lidar com a paixão-platônica-inexplicável de seu amigo homossexual, que esconde esse segredo de todos, e os problemas em casa, como o excesso de bebida que seu irmão mai...