Cap 5: Mais próximos

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Leonardo

Já se passou dois meses, exatamente dois meses desde que Mel veio morar em minha casa, nossa convivência tem sido melhor esses dias. Hoje não a vi o dia inteiro, Marcel meu segurança, falou que ela havia saído para comprar alguns produtos de higiene pra ela, então não me preocupei, além disso todos os carros tem um localizador sei exatamente onde ela está. Está tudo calmo até que recebo uma ligação, Marcel me diz que o segurança que dirigia o carro onde Mel estava sumiu e o localizador não dava sinal, desespero, corro escada a abaixo e chamo todos os seguranças da casa, o que não é pouco. Em menos de 5 minutos estão todos na minha frente com uma postura rígida mas eu sei que estão com medo.
Andei de um lado pra o outro e depois comecei a gritar com cada um.

_ IDIOTAS! COMO NÃO ACHAM O CARRO DELA?! PRA QUE PAGO VOCÊS SE SÃO TODOS INCOMPETENTES E NÃO CONSEGUEM DAR CONTA DE UMA GAROTA, EU QUERO QUE A ENCONTREM, AGORA!- eu estava muito puto e aqueles idiotas não me falavam nada.

De repente a porta se abre e vejo passar por ela a minha noiva, eu vou até ela e puxo seu braço fazendo ela me olhar, ao que indica ela não tem um arranhão, e parece que está tudo bem com ela, menos mal, logo atrás dela eu vejo o Giovanni um de meus seguranças, o mesmo abaixa a cabeça e não olha nos meus olhos, o que houve? Tenho a impressão que hoje eu vou ter alguém pra toturar.

_O que significa isso?- Eu pergunto sério mas acho que minha raiva está bem evidente.

_Bom eu notei que a srta. Mel havia sumido e fui atrás dela, procurei em alguns lugares e a encontrei conversando com um homem desconhecido, ela afirmou que ele era amigo dela mas creio que não seja.- Giovanni explicou e eu olhei Mel, agora sim eu puto, quem será esse bastardo?

_Posso saber quem era esse bastardo com quem você falava?!- eu pergunto auterado.

_Era um amigo meu!- ela respondeu temerosa.

_Acho que hoje eu vou ter o prazer de matar alguém estourando os miolos desse desgraçado, mandem alguém atrás desse cara, e eu quero isso pra ontem!- eu digo sem olhar pra ela

_Não faça isso, por favor ele é só meu amigo, Leonardo por favor!- ela implora e de alguma forma isso me incomoda saber que ela está assim por aquele desgraçado.

_Calada! Vai pro seu quarto, depois converso com você, por agora vou mandar pegarem seu amiguinho pra termos uma pequena conversa.- eu digo sério mas o tom de irritação estava muito evidente na minha voz.

Mel não diz nada só sai correndo pro quarto, eu sei que ela pode ficar chateada comigo pelo o que farei com seu amiguinho, e que posso estar errado, mas só de imaginar ela com outro me dá uma vontade de cortar as mãos do infeliz que se quer olhar pra ela.
Depois de pensar bastando decidi só dar um susto no garoto. Os meus homens já pegaram ele é o trouxeram pra cá, eu já estava no galpão olhando aquele imbecil todo se cagando de medo, é um marica mesmo.
Eu posso não conhecer tanto a Mel mas sei que homens frouxos não são a praia dela, mulheres tão delicadas e inocentes como ela na sua maioria gostam de homens que sabem se impor, mas esse ai não honra nem o que tem entre as pernas.

_Tirem o saco da cabeça dele.- mandei e meus homens o fizeram, eu olhei bem para a cara daquele bastardo e logo o reconheci.- Só pode ser palhaçada, mando você ficar longe da minha prima e você vai atrás da minha mulher? Você desesperado pra morrer não é o infeliz?- falei pra ele irônico.

_Ma quale cazzo è questo?- Ele perguntou assustado.

_Ei! quem faz pergunta sou eu. Agora... o que você queria com a minha mulher hein!?- falei bem alto pra ele ouvir.

_Ela foi me pedir pra parar de ficar seguindo ela, porque com um babaca como você, fala sério, eu sou muito mais homem que você, mas aposto que ela só foi pedir isso por que você paga ela né? Admite, quanto aquela puta cobra?- ele sorrio cínicamente pra mim e eu dei um soco na cara dele.

_Olha como fala da minha mulher seu filho da puta, como se um merdinha como você, fosse ter peito pra ficar com uma deusa como aquela.- digo e dou um sorriso maldoso.- Joguem de comida pros cachorros, não alimentei eles hoje.- eu disse com um sorriso cruel, e sai de ouvindo os gritos do miserável.

Saí de lá e fui ao quarto da Mel, queria ver se ela estava bem, ou se precisava de alguma coisa, ela parecia bem abatida quando chegou aqui. Quando entrei no seu quarto ela me olhou e veio correndo até mim me abraçando bem forte, eu não tive reação. Eu não entendi o porque disso só correspondi, ela parecia precisar muito daquilo.
Ficamos assim por um longo tempo como ela parecia frágil, eu me senti como o seu porto seguro, e admito que gostei da sensação.

_O que fez com ele?- ela perguntou.

_Dei de comida pros cachorros.- digo direto, eu espera que ela fosse surtar mas ela só ficou me abraçando, até que sinto suas lágrimas me molharem.- Eih! O que houve? Por que assim?- perguntei preocupado.

_Ele tentou me estuprar, por sorte o Giovanni apareceu, ele me tirou de lá e me trouxe pra no caminho pedi pra não te falar dessa parte e ele só concordou comigo.- ela diz e eu fico com raiva por ter deixado de torturar esse filho da puta.

_Ele te machucou muito?- eu pergunto apertando ela contra mim.

Ela me olhou com aqueles olhos castanhos e eu fiquei perdido naquele orbes lindos que ela tinha, eu me aproximei mais dela, e a beijei na testa e puxei mais pra mim, ela se aconchegou no meu peito e parecia relaxar, afago os seus cabelos e a deixo repousar a cabeça no meu ombro.

_Prometi pro seu irmão que iria cuidar de você e é isso que vou fazer, Tu sei la mia ragazza, solo la mia.- eu digo e sinto um sorriso se formar em sua boca encostada em meu peito.

Fiquei assim com ela até que dormisse, coloquei ela na cama e cobri a mesma com um edredom, eu ia me retirar mas sinto ela segurando minha mão e quando olho ela estava me olhando constrangida, ela parecia uma criança, sempre com vergonha de me pedir algo, e eu confesso qur toda essa sua pureza me faz sentir como se eu fosse o pior dos demônios, esse jeito doce e caloroso dela me deixa desarmado, sinto que ela pode acabar sendo a minha morte.

_Dormi aqui, por favor.- ela pediu tão tímida e parecia tão inocente que eu acabei aceitando.

Me deitei e a puxei pra mim, fiz carinho em seus cabelos e sem perceber eu acabei dormindo junto com ela abraçada em mim.
Era estranho, mas uma sensação tão boa e tão gostosa de se sentir que eu nem me importei em estar assim com ela, colado nela, sentindo o calor dela, o perfume dela, a maciez dela, enfim, eu estava satisfeito em sentir ela.

¿Contínua?

Dom Fontenelle - Série Coração Mafioso - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora