Capítulo 11: Nada é o que parece

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Leonardo

Pois bem, depois de passar uma semana em Portugal com a família da Mel, enfim voltamos pra casa, tinhamos as coisas do casamento pra fazer e eu ainda tenho uma reunião com Marconi.
Como a Mel tava cansada, eu deixei ela dormindo e fui pra reunião.
Assim que cheguei no meu escritório meu consigliere me entregou tudo que eu precisava fazer que deixei de lado para ir conhecer a família da minha noiva, que aliás, estava muito fofa dormindo agarrada no meu travesseiro.
Sorrio lembrando da cena dela toda enroladinha no edredom abraçando meu travesseiro, me arrependo de não ter tirado uma foto, estava tão bonita.
Enfim, a reunião com Marconi séria em vinte minutos e eu aproveitei para ler o que tinha para fazer depois.
Após me organizar ouvi umas batidas na porta e vejo entrar por ela Marconi e sua filha Pietra, porra, se a Mel ver ela amanhãn será meu enterro.

_Marconi que eu saiba sua filha não tem nada haver com a nossa reunião, e tão por que trouxe ela?

_Ora Leonardo, a Pietra estava com saudades de você e eu achei não ter problema trazer-la.

_Marconi você é mais velho e já está à muito tempo na máfia e sabe que mulheres não tem permissão pra ouvir sobre negócio da máfia a menos que sejam chefes ou sub-chefes.

_Ahr certo, certo. Leonardo eu venho aqui pra te pedir algo muito importante.

_O que séria?

_Casar com a minha filha.

_Fora de questão, eu já sou comprometido e mesmo que não estivesse a resposta ainda seria não, ou você se esqueceu da vergonha que Pietra me fez passar quando todos souberam que ela dormia com os seguranças de toda a minha máfia?

_Leonardo releve isso, você e Pietra eram jovens na época... - eu o interrompo.

_Eu nunca traí ela nesmo tendo muitas oportunidades, Marconi pela amizade que temos a muito tempo eu irei esquecer dessa proposta absurda. Por favor, saíam.

Eu não deixei brechas para que falassem, e logo os dois saíram, eu notei que Pietra estava furiosa com isso, ela certamente acho que se Marconi pedisse para me casar com ela, eu acertaria, mas eu não sou idiota de cair nessa. Ahr! não sou mesmo.
Depois dessa reunião ridícula eu segui para meus outros afazeres.
Quando finalmente terminei vou no quarto da minha Mel ver se ela acordou.
Chegando lá vejo ela se espreguiçando e coçando os olhos, fico igual um bobo olhando para ela até a mesma nota minha presença enquanto lhe admiro.
Eu nunca vou trocar a Mel por ninguém, eu sei que ela é a mulher da minha vida.

_Leonardo? - ela me chama.

_Oi meu anjo.

_Você parecia pensativo, o que foi? Aconteceu alguma coisa?

_Não meu anjo, nada aconteceu, só recebi uma proposta absurda.

_De que? E de quem?

_Pietra e Marconi, ele tentou me fazer reatar meu noivado com a Pietra.

_Você... vai aceitar? - ela pergunta.

Olho para ela e vejo que está irritada e triste. Me aproximei dela e a beijei com vontade mostrando meu amor por ela.

_Eu já tenho a mia donna.

_Mio amore.

Mel me abraço e sinto um sorriso se formar em seus lábios, eu amo ver ela feliz assim, nos soltamos e eu vejo na porta Pietra a encarando com ódio, Mel a olhou da cabeça aos pés com um olhar de desprezo, eu imagino que nesse momento a idéia de matar a Pietra seja o que se passa em sua mente, conheço a mulher que eu tenho.

_Pietra, por favor, vá embora, eu não quero ter que ser rude com uma mulher, especialmente a filha de um amigo.

_Você vai ver Leonardo, eu te garanto que a sua garotinha não vai ser capaz de te satisfazer, pode acreditar nisso, você precisa de uma mulher e não de uma menininha.

_Você está certa, o Leonardo precisa de uma mulher, e não uma prostituta que deu pra toda a máfia, porque uma lady mafiosa tem classe e tem respeito pelo homem ao seu lado, coisa que você quando noiva do Leonardo não teve. - falou Mel sorrindo debochosamente.

_Você vai me pagar sua putinha portuguesa. - rosna Pietra.

_Pode vim cadela. - rebateu Mel.

_Já chega. - eu digo. - Pietra vai embora daqui, seu pai é bem-vindo mas você não é, saía da minha casa agora mesmo.

_Você ainda volta pra mim Leonardo, isso eu te asseguro.

Pietra bateu a porta, deixando eu e Mel sozinhos no meu escritório, vejo que ela está bem séria, enquanto me segura de uma forma um pouco possessiva, eu admito que sempre gostei de uma mulher meio mandona, eu sempre mando nas pessoas, é bom as vezes ser mandado por alguém, especialmente se você ama essa pessoa e ela te ama na mesma intensidade.

_Está com ciúmes. - afirmei.

_Eu não gosto de dividir o que é meu. - falou ela sem olhando meu peitoral.

_Eu sou seu? - perguntei brincando.

_É sim, não é? - ela pergunta insegura.

_Todo seu, mio amore.

_Io te amo.

_Te amo anch'io.

Eu acho que nunca vou conseguir deixar a Mel, vou preferir morrer a deixar ela para outro, ou talvez, perder ela para a morte, eu nunca vou conseguir deixar-la ir, nunca. Podem me chamar de possessivo maluco, mas eu não vou permitir a minha mulher ser tirada de mim, nunca.

¿Contínua?

Dom Fontenelle - Série Coração Mafioso - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora