이십칠 - easy desire

522 36 4
                                    

InHa poderia não ter perdoado. Ou poderia ter perdoado e terminado pelo simples fato de que estava com medo e insegura. Mas decidiu que perdoaria e ficaria.

InHa perdoaria Park JiMin e veria até onde iriam e como chegariam. Ela não tinha ideia da loucura que estava a vida dele, mas pensou na vez que o JiMin ficou ao lado dela. Ou melhor, em todas as vezes.

Eles entraram para a casa dela. Ela o levou até seu quarto. Ainda era decorado como o de uma criança pois fora ali onde cresceu. O restaurante teria sido construído na frente. Uma foto da SeRi e dela juntas estava exposta sobre a mesa. InHa tinha uma deles. Dela e do JiMin, revelada. Que nunca exporia. O entregou.

— Tiramos assim que o JungKi foi embora do apartamento. — InHa disse.
— Eu lembro. — JiMin apreciou aquela foto.
— Lembra? — Isso era uma surpresa para a InHa. Ela não tinha boas recordações de seus relacionamentos passados.
— Claro que lembro. Como não lembraria? — Ele abriu um sorriso e logo gemeu de dor, levando a mão até a sobrancelha.
— Aish, JiMin... — InHa soprou o local, o fazendo sorrir discretamente.

Nem doera tanto assim. Jimin estava fazendo charme para ter a garota perto dele.

— Eu não quero te perder. — JiMin soltou, enquanto a InHa soprava. Que logo parou e o encarou.
— Como?
— Eu fui contra o conselho que me deu e me fodi, isso eu reconheço. Mas eu não me arrependo, porque eu precisava descobrir sobre o hyung e, a partir disso, eu e o JungKook descobrimos muitos mais. Mas eu não quero te perder por isso, porque não segui seu conselho.
— Você não vai me perder por isso. — InHa foi sincera. — Contanto que ninguém o machuque...
— Então eu te perderia se me machucassem? — JiMin bufou. — Terminaria de me machucar por inteiro.
— Chegou aonde eu queria chegar. — Ela disse, arqueando uma sobrancelha e o dando as costas.

Antes que chegasse à porta da cozinha, sentiu as mãos do garoto abraçar seu corpo na altura da cintura.

— JiMin... — InHa segurou em seus braços para que se afastasse.
— Qual o problema? — JiMin perguntou, em seu ouvido. — Eu paro, se me pedir.

InHa não queria que ele parasse, mas não era como se ele não a tivesse machucado.

— Eu te amo, InHa. — JiMin sussurrou em seu ouvido. — Senti sua falta mais que tudo.

As mãos da InHa apertou um tanto mais os braços dele. Os lábios do JiMin atingiram o pescoço da InHa. E logo os corpos deles estavam totalmente colados. Ela sentiu falta dele todos os dias, todas as noites, a todo momento. Virou-se para ele e selou seus lábios rapidamente. Eles esbarraram no balcão, JiMin a colocou sobre ele.

— Não ache que nosso sexo vai se reduzir a um pedido de desculpas sempre que brigarmos, Park Jimin. — Jimin parou e analisou seu semblante, confuso.

InHa voltou a beija-lo.

— Isso é um "não?" — JiMi perguntou, enquanto a InHa beijava seu pescoço.
— Park JiMin... — Dizia.

Isso fazia o JiMin perder a cabeça. Quanto mais tempo ficava longe da InHa, mais louco por ela ficava. Num momento, tudo estava muito intenso, quente. Num outro, uma paixão os envolveu.

Foi como se estivessem num tornado e, de repente, se encontrassem no meio dele. Uma quietude súbita, onde apenas eles dois sentiam o perfume do outro, a presença do outro. Onde os troncos de cada um se tornaram lugar para o tato. Onde cada toque era uma explosão de sentidos. Onde o coração de cada um batia fortemente contra a mão do outro e batia em outras múltiplas partes de seu corpo.

Era no meio daquele tornado, que podia devastar tudo menos seu centro, que eles se encontravam. E o caminho da extensão de seus braços se tornava a jornada favorita deles. O entrelaçar de dedos era como se fechassem um vínculo. Era mais forte que uma aliança, pois ficaria preso na memória para sempre.

Dedos entrelaçados, corpos colados, a respiração do outro no pescoço de seu parceiro, e movimentos prazerosos. O quarto da InHa, onde ela crescia, agora dava boas vindas a primeira vez que ela se sentira amada. Não necessariamente era a primeira vez, mas o cômodo conheceu quem carregou sua primeira vez. Quem carregou seu real amor. O cômodo conheceu quem incomodava seu coração, e as paredes, que a viram chorar diversas vezes, apenas os assistiam se amarem.

InHa não se importou com o que viria pela frente. Não se importou se no outro dia alguém tentaria se impôr contra o amor da sua vida. Ela lutaria por ele. Ela lutaria por ela.

Em meio a discursos de poucas palavras, InHa e JiMin chegaram ao seu ápice e imploraram que nada mais acabasse por ali. Que a história deles não acabasse por ali.

Foram naqueles minutos poucos, onde ambos estavam quietos, trabalhando e almejando um só ponto, que ambos percebiam que eles eram muito mais que as brigas que enfrentaram, que os medos que os assolavam. Não era sobre sexo ser um pedido de desculpas, inúmeros problemas não se resolveriam por medo disso. Mas era sobre o ponto de encontro no tornado deles. Aquele ponto onde a calmaria era presente. Não tinha nada a ver com hormônios, nem com desejos carnais, pois ambos eram experientes. Tinha a ver com força de vontade.

— Inha. — JiMin a chamou, ofegante ainda. Caído ao seu lado. — Quer casar comigo?

Tinha a ver com amor puro e unificação.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 07, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

DESIRE | *• PJM •*Onde histórias criam vida. Descubra agora