이십오 - staying desire

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Não passou-se muito tempo até que chegasse o dia que o JiMin e o JungKook viajariam até Nova York atrás de respostas para todo o seu passado. Já InHa, dormiu toda a noite agarrada com o JiMin, chorando. Assim que InHa adormeceu, foi a vez do JiMin de chorar. InHa acordou pela manhã com vozes soando por toda a casa. Olhou ao redor e o JiMin não estava no quarto. Enrolou-se num cobertor e saiu da cama. Deixou o quarto rapidamente, o coração a mil.

— Eu não vou permitir que vá! — Uma voz grossa e masculina soou.

Os dois pararam ao ver Inha chegando na sala. Kim TaeHyung estava na casa. A encarou. Ele sabia o que a InHa e o JiMin tinham. Naquele momento, viu o motivo de o JiMin estar sempre hesitante.

— Ya, eu... — JiMin começou.
— E ainda tem motivos para se arriscar assim... — TaeHyung disse, voltando os olhos para ele. — O que acha da ideia InHa? Do JiMin sair do país quando está sendo perseguido? Quando ele pode morrer a qualquer momento. O que acha dessa incrível ideia, hum?

InHa não sabia do que ele falava.

— Vai se foder, TaeHyung! — JiMin o empurrou com as duas mãos. — Não tinha nada que se meter em minha vida!
— Pergunte a InHa, se ela soubesse o que está acontecendo, se ela gostaria que você fosse embora.
— Você não sabe nada sobre nós!
— Ah, claro... eu não te conheço por mais de 20 anos para saber quando alguém é importante para você. Diga a ela! Diga a ela que você e o JungKook estão indo atrás de quem atirou nele. Diga a ela que nós recebemos ameaças de morte todo santo dia. Que está sendo roubado em anonimato!

JiMin o empurrou novamente, lágrimas nos olhos. TaeHyung jamais tocaria num fio de cabelo do JiMin. Nunca conseguiria machucar o melhor amigo.

— Você sabe que estou certo. Mas mesmo assim, mesmo com tantas pessoas que o amam ao seu redor, prefere fazer tudo do seu jeito! — TaeHyung enfiava o dedo no peito do garoto. — Prefere se colocar em perigo porque acha que é melhor para todos e...
— Faço isso porque devo isso ao JungKook! — JiMin dizia. — Porque eu o abandonei quando ele mais precisou. Estou fazendo isso pelo meu irmão, porque eu o abandonei quando ele mais precisou.
— Está achando que merece esse sofrimento?! Pelo amor de Deus, JiYoung está morto, JiMin! — TaeHyung gritou.
— Ele não está porque ele quem atirou no JungKook! — JiMin gritou.

Tudo ficou em silêncio. Nada se mexia. Nem mesmo o coração da Inha batendo forte em seus ouvidos conseguia faze-la esquecer do silêncio ensurdecedor que abraçou a casa.

— Ele atirou no JungKook. Ele estava em BuSan no dia do incêndio. — JiMin falava mais baixo, derrotado. — Disseram que foi eu, somos quase idênticos. Sempre disseram isso, não foi? Eu quero saber o motivo dele ter feito isso.
— JungKook ao menos sabe disso? — TaeHyung juntou as sobrancelhas.
— Ele disse que o viu. Mas quem acreditaria que foi baleado por um morto? — JiMin soluçou. — JungKook é tudo, menos louco. E ele sabe o que viu. Lá no fundo, ele sabe o que viu...
— Tudo menos louco? — TaeHyung bufou. — Ele está deixando o JungKi para trás sem a SeRi saber. Está a deixando para trás sua família para correr atrás da morte. Para mim, ele é louco o suficiente.

TaeHyung assentiu, logo encarou a InHa.

— Sinto muito, InHa. — Ele disse, a reverenciou e se foi, aborrecido.

TaeHyung estava com raiva, queria fazer algo e não podia. Claro que não podia, resolver o problema de um casal quando estava tendo problemas parecidos? Resolvendo um problema com um amigo, quando traiu todos eles? Ele se foi, batendo a porta com força ao sair. JiMin encarou a InHa.

— InHa... — Começou, mas ela o deu as costas e voltou ao quarto.

A garota, engolindo um nó na garganta, apressou a vestir suas roupas. Ele correu ao quarto.

— InHa, posso me explicar?
— Explicar o motivo de estar abandonando nossa história para... para morrer?! Explicar o motivo de ter mentido para mim? — Ela bufou. — Quer saber, JiMin? Minha opinião é a seguinte: você é um idiota, ingênuo, que acha que tudo e todos são bons ainda, mas deixa eu te dizer uma coisa: isso é uma mentira! Se você sabe que seu irmão tentou matar seu melhor amigo, o pai do nosso JungKi, por que ele não faria o mesmo com você?
— Porque ele é meu irmão!
— Porque ele é seu irm... Ai, Jimin... — InHa bufou em sua cara. — Você já não é mais uma criança, sim? O que mais está escondendo de mim? Está mentindo sobre todo o resto? Tudo o que vivemos?
— Não diga isso! — Ele andava atrás dela.
— Tudo o que me disse? É mentira?
— Eu já falei, não diga isso! — Ele aumentou o tom.
— Eu não ligo se você vai foder com toda a parte boa que restou de sua vida, JiMin. Mas se era para me incluir nisso, se era para fazer eu me apaixonar por você e depois ir embora existindo a possibilidade de você morrer, então não deveria ter feito isso. Deveria ter ficado na porcaria de sua vida medíocre de riquinho mimado saindo com quantas putas achasse necessário e ter me deixado cuidar do JungKi sozinha!
— É isso que acha? Que eu tenho uma vida medíocre de riquinho? Sabe o que o TaeHyung, que você acha que é o maior exemplo de bondade da história, fez? Ele drogava meu pai porque o pai dele mandava. Ele tentou matar sua melhor amiga, a Seri, com as próprias mãos. Sabe o que o pai do nosso JungKi fez? Ele deixava a namorada dele na porra de um hospital todos os dias dizendo ser o namorado atensioso e apoiador e ia atrás de gente perigosa porque tinha medo do próprio filho, escondido. E sabe o que eu fiz? Eu dei as costas para minha família para proteger todos esses filhos da puta e eu sou o riquinho mimado? Se achava isso de mim, por que continuou em minha vida? Por que quis me amar?
— Eu não quis te amar. Nunca pedi para te amar. — InHa o gritou. — Mas eu te amo! Me apaixonei porque... Porque eu achei que você fosse inteligente o suficiente para perceber que todo mundo te ama do jeito que é, não pelo que tem, e que não precisava provar nada para ninguém! Não precisa carregar o mundo nas costas por erros do passado, não precisa.
— InHa... — JiMin levou sua mão aos cabelos, seu rosto molhado.
— Eu te amo e sabe disso. Mesmo assim mentiu. Mesmo assim está tentando provar algo para alguém. E para quem? Para mim? Não pode ser para mim.

JiMin a abraçou.

— InHa...
— Eu... preciso pegar o JungKi. — Ela disse, o afastando.
— Vai me deixar ir assim? Passarei duas semanas fora e vai se despedir assim?
— Então, não vá! — Ela retrucou.

Parou por um momento. Eles se encarando. Esperava que JiMin fosse dizer "tudo bem, estou caindo fora e ficarei com você". Mas essa seria a maior ilusão de sua vida.

InHa foi embora. JiMin deixou o país. Tudo virou uma bagunça para os dois.

N/A: eu acho interessante que, sempre que to lendo um livro, minha escrita acaba ficando parecida com a escrita do autor que to lendo. É interessante...

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