DOIS: "Irritantemente educado"

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Por favor, me digam o que estão achando! A opinião de vocês é muito importante e me dá inspiração para continuar. Boa leitura 😘

Valentina se arrependeu assim que se acomodou no assento acolchoado daquela luxuosa carruagem, com o robe do rapaz ainda ao redor de seus ombros, aquecendo–a

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Valentina se arrependeu assim que se acomodou no assento acolchoado daquela luxuosa carruagem, com o robe do rapaz ainda ao redor de seus ombros, aquecendo–a. Não deveria aceitar carona de rapazes desconhecidos, afinal. Ela encarou o homem à sua frente. Por mais lindo que eles fossem. Ela olhou para a porta fechada da carruagem com o coração acelerado, pensando em pular dali e sair correndo novamente. Mas e se ele a impedisse? O veículo ainda estava parado, ela tinha uma chance. Ela respirou fundo para fazer o que estava pensando quando a voz grave e sensual do rapaz a interrompeu:

– Senhorita, se não me disser para onde devo levá–la, creio que ficaremos parados aqui para sempre.

Valentina o fitou nos olhos, e se arrependeu novamente. Os olhos dele – de um leve azul–esverdeado – brilhava enquanto a fitava, e um sorrisinho que ela não sabia identificar se negava a sair dos lábios dele. Ela cerrou os olhos, desconfiada demais, então perguntou:

– Seja sincero, rapaz. O que quer de mim? Eu realmente duvido que o senhor esteja somente sendo cavalheiro. Ninguém é tão educado assim nos dias de hoje. – Sua voz era dura.

O rapaz se encolheu e colocou a mão no coração em um gesto dramático demais.

– Magoou. – Ele disse. – Pois saiba, senhorita, de que eu só a quero levar para um local seguro. A senhorita estava correndo debaixo de uma tempestade! – Ele suspirou. – E eu sou cavalheiro demais para deixá–la naquela situação. Por isso a carona.

– O senhor é narcisista demais para o meu gosto. – Ela soltou.

Ele sorriu e ajeitou a gravata.

– Eu sei, obrigado.

Mas que sem noção! Ele era bonito e sabia disso! Por isso se achava tanto! E homens como ele a irritavam tanto... Um dos motivos de ter fugido foi por causa de um homem como ele, e lembrar–se disso a fez querer ainda mais sair daquele veículo o mais rápido possível. Conhecia bem demais homens como aquele. Eram verdadeiros canalhas.

Valentina sentia seus cabelos grudados no rosto como teias de aranha por causa da tempestade que enfrentou, e respingos ainda caminhavam por suas bochechas. Ela enxugou o rosto com o robe do rapaz, mas ele pareceu não perceber. Estava concentrado demais fitando–a tão intensamente. Mas ela não se sentia nem um pouco desconfortável ou intimidada, se esse era o objetivo dele. Estava mais do que acostumada com olhares como aquele. Piores, até.

– Qual o seu nome? – Ele perguntou de repente.

– O senhor acha mesmo que eu revelarei minha identidade para um desconhecido? – Ela riu. – Está enganado.

– Estava fugindo, senhorita? – Ele desviou o olhar para o assento ao lado dela, onde sua mala repousava.

Seu coração acelerou.

O Poder da Sedução [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora