SEIS: "Única esperança"

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Valentina não estava conseguindo tirar aquelas cenas da cabeça

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Valentina não estava conseguindo tirar aquelas cenas da cabeça. Mas que estúpida ela fora! Ela resmungou, com raiva de si mesma por ter acreditado em Thomaz, achando mesmo que ele era diferente, que ele estava mesmo tentando ajudá–la, quando na verdade, todos os homens eram iguais.

Aquele homem tentou deflorá–la à força! Sem falar que o que ele fizera, colocando–a sobre o ombro e levando–a para dentro do quarto, segurando seus braços e tentando tirar sua roupa à força; tudo isso contribuiu para que as cenas que queria tanto esquecer voltassem à sua mente, assombrando–a. E Valentina não dizia que os homens eram todos iguais da boca para fora. O que o filho do duque fez foi realmente parecido com o que viu Alessandro fazer.

Então um pensamento a recorreu: será que tinha sido mesmo uma boa ideia ter ido para a Inglaterra? Fugiu de sua casa por medo do que Alessandro pudesse lhe fazer, mas acabou vivenciado tudo ali. QUE DIABOS!

Nunca deveria ter partido.

A sua sorte foi que o homem a prensou em uma cômoda no canto do quarto do Castelo, e quando colocou suas mãos na superfície para tentar se apoiar, sentiu a porcelana. Estava tão amedrontada que não pensou duas vezes antes de pegar aquele vaso e acertá–lo na cabeça. Ele gritou e se afastou, e sangue começou a escorrer pela face dele. Ele rugiu e partiu para cima dela novamente, mas havia um outro vaso bem ali. Então ela o pegou e tacou, acertando–o em cheio. O homem caiu duro como uma pedra.

Naquele instante, vendo–o caído como estava, Valentina realmente achou que o tinha matado. Ele não mexia um músculo sequer. Ela olhou desesperada para os lados com o coração quase saindo pela boca, tentando pensar no que deveria fazer. Porém, aquele canalha não estava morto – ainda, porque ele começou a pronunciar murmúrios inaudíveis, até que uma única palavra foi interpretada: prostituta.

Aquilo foi o suficiente para que o medo de Valentina fosse substituído por raiva. Ela cerrou as mãos em punhos, as unhas furando as palmas das mãos. Caminhou até ele e, com muito custo, o ergueu e o arrastou até uma poltrona perto da cama. Retirou os lençóis e começou a amarrá–lo ali, então fugiu, deixando aquele rapaz amarrado como um lembrete para Thomaz do que ela era capaz caso ele fosse atrás dela. Do lado de fora, ela desatou com facilidade um dos cavalos e o montou, partindo em direção à cidade, sem nem mesmo saber para onde estava indo. Mas quando chegou lá, o desmontou e continuou a jornada a pé, pois ficou com medo de que alguém pudesse reconhecer o cavalo tão caro do duque de Norfolk.

Ela abraçou o próprio corpo quando uma única lágrima escorreu pela sua bochecha enquanto descia a rua de paralelepípedos em direção ao porto. O vento estava frio e batia em sua face sem piedade. O céu acima continuava cinzento, alertando–a de que outra tempestade viria em breve, e era melhor que arrumasse um abrigo logo. Mas onde? Não tinha dinheiro. E... Ah, que inferno! Esquecera sua mala com as únicas 20 libras que tinha no Castelo. Agora ela não tinha dinheiro nem para comer. Que ótimo!

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