CINCO: "O pior dos canalhas"

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Thomaz apenas observou enquanto a Srta

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Thomaz apenas observou enquanto a Srta. Belinda sumia atrás da porta junto com a criada. Ele sorriu, apenas por imaginar o quão orgulhosa e durona aquela mulher era. Ela tinha o poder de tonar a coisa mais simples na tarefa mais difícil. E só assim, assentado e aquecido ali na sala do jeito que estava, que Thomaz se lembrou do quão cansado estava. Suas pálpebras começaram a pesar como chumbo, e ele piscava para afastar o sono. Tinha dito à Belinda que a esperaria afinal.

Mas não aguentou. Seus olhos se fecharam no mesmo instante que sua cabeça pendeu de lado, e o sono o tomou profundamente.

Thomaz sonhou com a cena de horas atrás, quando estava na carruagem junto de Belinda, e ela olhava para todos os detalhes do transporte. Ele olhava para o pescoço levemente levantado da moça, e sem perder mais tempo, avançou feito um vampiro dos livros de ficção que ele tanto gostava. Mas algo estranho aconteceu. A carruagem capotou.

Ele acordou em um pulo, assustado com o barulho de algo sendo espatifado. Thomaz olhou para os lados na tentativa de se lembrar onde estava. Santo Deus! Ele tinha pegado no sono. Quanto tempo havia se passado? Será que a Srta. Belina ainda estava tomando banho?

Thomaz se levantou da poltrona em um movimento rápido ao ouvir o barulho novamente. Ele olhou para o teto. O barulho tinha vindo do andar de cima. Sem perder tempo, Thomaz correu até lá, subindo a escadaria e atravessando corredores até parar de frente à porta aberta do quarto de Henry. Antes mesmo de entrar, Thomaz conseguia ouvir murmúrios inaudíveis, como se alguém tivesse com um pano amarrado ao redor da boca.

Ele entrou, e a cena que viu o deixou chocado. Seus olhos percorreram os pedaços de um vaso de porcelana espalhados pelo tapete persa até encontrar...

– Mas que diabos...! – Ele parou de falar quando viu Henry assentado em uma poltrona, com lençóis amarrando seus tornozelos e braços ao redor do encosto. Como Thomaz havia imaginado, um pano estava firmemente tapando a boca de seu amigo com um nó em sua nuca.

Henry Fitzalan–Howard se debatia sob as amarravas na tentativa de tentar se livrar delas. Ele grunhia palavras que não podiam ser interpretadas por causa do pano.

– Jesus... O que houve aqui? – Thomaz perguntou, se aproximando do amigo. Ele fez uma careta. – Você está sangrando!

Realmente. A lateral esquerda da cabeça de Henry tinha uma linha fina de sangue já seco que descia até a base do queixo.

– Quem fez isso?

Ao invés de responder, Henry revirou os olhos, como se chamando Thomaz de idiota ou coisa do tipo. E foi só assim que percebeu que o amigo não podia lhe responder porque estava com amarras ao redor da boca – e do corpo. Ele quase riu, mas abaixou o pano para baixo da mandíbula do amigo mesmo assim.

– O que diabos aconteceu aqui, Henry? – Perguntou novamente, olhando a bagunça que tinha acontecido ali.

– Que droga, Thomaz! De onde você tirou aquela prostituta? Do inferno? Você poderia pelo menos ter me dito que ela estava aceitando só você, poxa!

O Poder da Sedução [PAUSADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora