Capítulo 20 - Luzes

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Meus olhos estavam atraídos pela enorme quantidade de luzes brilhosas. Todas cores possíveis eram visíveis. As mais chamativas eram o branco, vermelho, verde e azul.

Talvez eu tenha parado no tempo admirando toda aquela beleza externa ali.

— Você vem? — Ele estendeu a mão em minha direção, estava um pouco à frente esperando para atravessar a catraca.

Assenti e segurei sua mão caminhando ao seu lado.

— Acho que não existe outro lugar que gostaria de estar agora. — Afirmei animada.

— Fico feliz que tenha gostado. — Sorriu, apertando firme a minha mão.

Meu estômago estava revirado. Esse seria o grande momento de sentir as borboletas. Eu estava com vontade de beija-lo, muita vontade.

O primeiro lugar que ele me levou fora em uma barraca para acertar o alvo. Eram pequenos palhaços espalhados por uma grande prateleira.

— Você tem três chances. — Afirmou, mostrando como deveria atirar.

Errei as três. Eu era péssima com mira. Estava nitidamente emburrada. Eu queria um panda. Um enorme panda.

— Ei, não fique assim. — Pediu, passando o polegar pela minha bochecha.

Por alguns segundos considerei que fosse acontecer um beijo ali.

— Minha vez agora. — Avisou, pegando a arma da minha mão.

Eu nunca havia pegado uma arma em mãos. Nem mesmo uma de mentira.

E ele era bom. Claramente bom. Bom em qualquer coisa que fazia. Acertou rapidamente os três palhaços seguidamente. Erguendo a arma como comemoração.

Sorri empolgada com a sua felicidade.

— Escolha um urso, por favor. — A moça que estava atrás do balcão pediu.

— Qual você quer? — Perguntou.

Apontei sem jeito para o panda, e logo a moça veio até nós com a pelúcia. Austin o abraçou por alguns segundos e logo em seguida me entregou.

— Para ficar com o meu cheiro. — Explicou o ato anterior.

Deus, ele precisaria derramar um frasco inteiro do seu perfume para que eu cheirasse pelo resto da minha vida.

Antes de seguirmos a jornada para outro brinquedo, que no caso era uma montanha russa mediana que estava com uma fila enorme. Resolvemos parar na barraca do cachorro quente e irmos comendo.

Eu amava cachorro quente. Nós ríamos da gritaria que era cada vez que o carrinho da montanha russa era ligado e se movia com rapidez dando voltas insanas. Eu amava aquela adrenalina. E agora amava compartilhar tudo aquilo com ele.

— Está sujo aqui. — Ele falou aproximando-se com a boca, e passando generosamente sua língua no canto da minha boca.

Meu coração acelerou. Perdi o fôlego diante de sua atitude. Eu esperava um beijo que não veio. Em vez disso encarei seus olhos com dúvida.

Sorri sem graça ao vê-lo notar meu nervosismo e precisei mudar a direção do olhar para não me sentir ainda mais constrangida.

As vantagens de não se APAIXONAROnde histórias criam vida. Descubra agora