Capítulo 16

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    Depois de tomarmos banho juntos, descemos as pressas por que estávamos super atrasados e para ajudar Alex não parava de pedir desculpas para Elina que dizia o ditado de meu pai

--A primeira impressão é a que fica.

--Elina me perdoe eu não quis. Foi culpa da Angel! - eu com um pedaço de bolo na boca tratei de engolir rapidamente para começar minha auto defesa.

--Eu? Não é eu que tenho um pênis entre as pernas Alex. - Elina arregalou os olhos assustada.

--Mas não foi eu que sair nua pela casa. E fique você sabendo que o que eu tenho entre a pernas se chama joelhos. - eu ri e bebi um pouco do meu suco.

--Elina me desculpe pela situação constrangedora e...

--A primeira impressão é a que fica. - eu sorri beijando as mãos  dela.

--Vamos Alex.

--Foi um prazer em conhecê-la.

--Eu que o diga. - dei uma piscadela para ele que pendurava a toalha de volta na barra ao lado da pia.

--Já vou indo Elina me desculpe. - generosamente Elina me deu um abraço e sussurrou:

--Eu gostei dele. - sorri fechando os olhos em seus ombros, depois dei-lhe um beijo em suas bochechas.

  E saímos na manhã úmida e fresca. Um vapor escapava pelo gramado escurecido de Janie a minha vizinha, as flores dela tinham murchado por causa da seca e pela proibição de aguar. Alex estendeu o braço para segurar minha mão, nos últimos passos de chegarmos ao seu carro. Ele abriu a porta, se abaixando para entrar no carro e sorrindo para mim:

--Eu também gostei dela- ele falou.
Abri minha boca para responder, mas a porta já estava fechada e o motor ligado. Nossa conversa claramente teria uma continuação.

***
Eu ainda não tinha ouvido a expressão "calçada da vergonha" , só fui aprender o que era quando cheguei a Columbia, mas senti uma ponta dela ali, torcendo para que nenhum professor não saísse naquele momento para chamar minha atenção em relação a ética da universidade.
Quando chegamos até o portão, ele disse:

--Gostaria de lhe dar um beijo de despedida, mas tenho certeza que meu hálito não deve estar muito agradável.
Dei uma risada e disse que com certeza o meu também não estava quando subi aquelas escadas. Ergui meu queixo em sua direção, esperando que ele fosse me beijar apesar de tudo. Ele percebeu a deixa, nossas línguas se encontraram por alguns segundos,quando descobrir que ele havia usado meu enxaguador bucal.

--Você sai quantas horas? - ele me perguntou.

--17:00 por que? - repliquei passando meus braços em volta de seu pescoço.

--Estarei te esperando aqui. - senti um sorriso se espalhar no meu rosto, enquanto perguntava tranqüilamente:

--Nos falamos mais tarde, então?

--Pode apostar que sim. - ele roubou mais cinco beijos sempre que eu me aproximava da entrada até finalmente eu dizer que ele também estava atrasado.
    Me espantei pela cor das paredes que estavam perfeitas hoje e mais ainda por estar curtindo o professor mais irritante de letras. Olhava  incansávelmente para o meu relógio de pulso frustrada pelas horas passarem tão devagar, cogitei dormir já que sempre funciona mas acho que não ficaria legal eu dormir em uma aula "importante" a única opção que restava era esperar. 
 
Como prometido Alex estava lá. Usava  calça jeans preta,  blusa social branca sem gravata desabotoada três botões, ostentando seu peitoral bem definido e mangas arregaçadas, seus cabelos desalinhados estavam molhados e em seu rosto continha uma linha de divertimento. Estava  simplesmente encantador. 
Aproxima-se, me beija. Parece que o mundo parou. Sinto os seus lábios, sua língua e me perco em seu sabor mágico. E quase tenho medo de abrir os olhos... Me digam que não estou sonhando... Me digam que não é mais uma história de amor que Larissa inventa pra mim A história de Angel e seu Anjo por favor me digam! Meu coração bate forte quando abro os  olhos, ele ainda está lá, na minha frente.Sorri, e me puxa para um abraço especial.

Nada é por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora