Capítulo 18

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  Mais tarde naquela mesma noite,  nós dois estávamos molhados quando ele tirou meu vestido e transamos no banco de trás do seu SUV parado no estacionamento vazio da igreja a poucos metros da minha casa. Assim como carros esportivos e ocasionalmente estacionamentos de igreja.

--Olhe pra gente. - ele falou aquela noite, enquanto eu estava por cima dele, olhando para ver se a polícia estava por perto, pelo vidro de trás do carro dele.

--É a primeira vez que eu fico feliz de ser um clichê. - eu disse entre risos completando: --Um sacrilégio de clichê.

--Sim. Estamos indo... Direto.. Para.. o inferno - ele falou a cada movimento de seu corpo, seus olhos fixos nos meus com um sorriso encantador.
   Depois ele me deixou em casa. Fui imediatamente tomar um banho. Enquanto vestia meu pijama me lembrei da carta. Pegando a caneta e papéis da impressora eu comecei a escrever tudo o que meu coração gritava.

E no meio de tanta gente eu encontrei você. Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio... E eu que pensava que não ia me apaixonar na vida. Eu podia ficar feia, só perdida, mas com você eu fico muito mais bonita, mais esperta.E podia estar tudo agora dando errado pra mim, mas com você dá certo. Por isso não vá embora, por isso não me deixe, nunca. Com você eu me sinto muito mais feliz, mais desperta. Eu podia estar agora sem você, mas eu não quero.
Quando vejo seu sorriso, não há preocupação, não há dor, não há problema algum que seja capaz de prevalecer. Seu sorriso tem o poder de fazer qualquer mal ir embora. Ele me trás uma paz, uma calmaria, que nestas palavras tão singelas, fica impossível de se descrever... Pois eu sei, meu amor, que enquanto eu puder ver o seu sorriso, a minha vida há de valer a pena.E a minha vida mudou por completo depois que você apareceu nela, eu me tornei uma pessoa feliz e apaixonada... Obrigada  por todos os sorrisos bobos e sinceros que eu dei com você.
P.S sua Angel

    Sorri enquanto adormecia com meus últimos pensamentos nele. Na manhã seguinte trancei o cabelo e o prendi com uma fita vermelha para combinar com a saia também vermelha. Tinha acabado de calçar as sapatilhas quando o Sr.Caldwell bateu à porta. Impressionada eu desci apressada.

--Bom dia, senhorita Rose. - seu tom de voz era autoritário, mas percebi, que ele tinha a expressão cansada e o olhar estava abatido, com sinais de olheiras e grandes anéis escurecidos ao redor dos olhos iguais aos de Alex.

--Bom dia. O senhor quer entrar? - abri a porta o convidando.

--Não obrigada. Essa noite gostaria que você jantasse comigo. Preciso conversar com você. - senti meu estômago tremer.

--Ah seria adorável. - eu encolhi nervosa. Ele sorriu satisfeito.

--Ótimo te pego às 20:00. Não comente nada com Alex. - e se retirou. Fiquei por um tempo parada na porta me certificando se o que acabou de acontecer era realmente realidade.
Sentei no sofá com o telefone a fio na orelha.

--Larissa?

--Oi, como você está? - ela ri.

--Bem. O sr.Caldwell acabou de me convidar para um jantar hoje a noite. - ela pareceu pensar.

--Ele disse do que se tratava?

--Não. Eu tô uma pilha de nervos. - confessei.

--Fique calma Angel. Não deve ser nada demais.

--Eu espero. Alex até agora não me mandou um torpedo.

--Ah , hoje é sábado, ele deve estar dormindo. - tremi.

--Hoje é sábado?! Peraí. Que dia é hoje Larissa?

--26 de setembro de 2009 . - estremeci da cabeça aos pés.

Nada é por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora